segunda-feira, julho 21, 2003

Amor piegas

Ontem eu estava brincando de passar músicas para o computador quando tropecei no Rei.
Nunca fui muito fã do Roberto, mas o disco da MTV me chamou a atenção e o comprei sem medo de me arrepender.
Fazia algum tempo que eu não escutava o CD e resolvi dar uma passada em cada música para saber se valia a pena gravá-la ou não. Eu já tinha ouvido todas essas músicas bem mais do que uma vez mas fiquei meio passado quando avancei uma faixa e peguei o discurso onde o Betão junta sua pouca habilidade ao piano ao enorme amor que ele (ainda) sente pela falecida esposa.

PQP!!! Mas que diabo de amor é esse?????
Que tipo de mulher era a Maria Rita para fazer com que um cara que tem tudo, ficar tão de quatro e triste depois da sua partida??
Que tipo de homem sobra depois da perda de um amor desse tamanho??
Por que eu nunca vivi nem sofri por causa de algo assim???

Essas perguntas foram apenas retóricas mas me deixam meio derretido. Não chego a chorar quando ouço aquela faixa de novo, mas chego perto.
Me acho sumamente piegas por me deixar afetar desse jeito mas não posso fazer nada. Gosto de amores grandes assim, mesmo que não me lembre de tê-los vivido. Minha história é mais povoada por amores tranqüilos, serenos e menos ardentes.
Nunca tive uma Maria Rita e não sei se tenho coragem de desejar isso. Sou meio covarde para esse tipo de ousadia. Sou meio covarde para amar alguém mais do que a minha vida.

Talvez seja melhor assim.

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