quinta-feira, setembro 15, 2005

Mistura sentimental

Não senti quase nada do que me disseram que sentiria.
Não vi um corredor infinito, não olhava para as pessoas e via através delas, não tremi como adolescente quando o padre me fez a grande pergunta.
Me casei e passei por tudo como um lorde. Um lorde chorão, diga-se de passagem.

Não sei bem o que desencadeou tudo. Não sei se foi o almoço que foi até as cinco da tarde (o casório foi as seis), o fato de ter visto Fama pouco antes da cerimônia ou a emoção de me casar com a mulher da minha vida propriamente dita.
Provavelmente foi uma mistura de tudo isso. O fato é que comecei a chorar ainda no hotel quando meu grande Galahad foi me ajudar a dar o nó da gravata e só parei quando fiquei liberado de tirar tantas fotos.
Para se ter uma idéia de quão importante isso é, eu me gabo de dar o nó de uma gravata sem olhar e sem tê-la no pescoço. Ainda bem que os amigos estavam mais em cima dos cascos do que eu.

Antes que me condenem, acho necessário registrar que o almoço não durou demais à toa.
Eu estava ao lado do meu velho, de dois tios queridos do Chile e de dois dos irmãos que eu não tive. Todos felizes, todos comemorando e quase todos passados na bebida.
Poderia ter acontecido um desastre, mas Ele não quis e não deixou. Ele sabia que era tudo por uma boa causa e que aquele era um momento único.
Afinal de contas, minha Lelê estava lá, meus tios estavam lá, minha família estava lá e meus amigos e irmãos também.
Todos estavam lá por nós. Todos queriam nos ver felizes. Todos esperavam nos ver satisfeitos. Todos se espantaram com o tamanho da nossa felicidade.

E foi mais ou menos assim que deixei de ser solteiro.
Agora tenho que reorganizar minha vida para dividir quase tudo com a minha mineira.
Digo quase tudo por que ambos fazemos questão de constuir a vida a dois sem perder a individualidade.
Vai dar tudo certo por que é isso que queremos.

E sobre a lua de mel, eu falo lá no Seguindo Gulliver.
É bom estar de volta!

sexta-feira, setembro 02, 2005

Novo começo

Este é meu último post solteiro.
Daqui a poucas horas serei um (quase) respeitável homem (bem) casado e minha vida vai mudar. Se tudo seguir a minha expectativa (e meu esforço), vai mudar para melhor, cada vez melhor a cada dia.
A vida com a minha mineira vai trazer muitas das coisas que busquei durante todas as minhas mais de 33 primaveras.
Vai ser uma descoberta diária, mas me sinto muito confortável com tudo.
Por mais que digam que o casamento só serve para resolver os problemas que não se tinha quando se era solteiro, vou encarar.
Corrigindo! Vou encarar e me dar bem!
Por que é assim que ambos queremos que seja.

Por conta do casório, vou interromper os posts por um período.
Na verdade, só vou voltar a escrever depois de voltar da lua de mel em terras argentinas e de instalar meu micro novo, na casa nova, da vida nova.
Na volta, conto as aventuras no Seguindo Gulliver e na sequência retomo as tagalerices deste blog.
Até o outro lado!