segunda-feira, julho 14, 2003

Adjetivos

Ultimamente tenho pensado no que o homem deve ter para agradar uma mulher.
Esse tema sempre está presente nas conversas da Diretoria e dificilmente a gente chega a um consenso.
Uma das únicas coisas com que todos concordam é sobre um tipo de homem que atrai muitas amizades femininas mas espanta qualquer vontade de romance, amor ou sexo. Todos nós temos convicção de que bonzinho não é um elogio para homem nenhum.

O bonzinho não é só aquele cara que é agradável, que não incomoda e que sempre respeita a opinião e as vontades dos demais.
Ele é também aquele que não oferece diálogo à parceira. Ele sempe acata aquilo que ela disser.
Ele não possui traços próprios de personalidade, mas segue qualquer característica que agrade a quem estiver ao seu lado.
Ele pode ser bonito, interessante e ter bom porte físico, mas se esconde de tal forma do resto do mundo que a parceira não consegue sentir ciúme nem por um milésimo de segundo.
Com ele não há desafio, não há descoberta, não há evolução. É tudo muito quadradinho, certinho, limpinho e perfumadinho.

Por mais que algumas mulheres queiram me convencer de que isso é o ideal em um parceiro, tenho certeza de que nenhuma delas consegue passar a vida inteira ao lado de um bonzinho. Não dá para imaginar alguém que só receba sua influência, que não tenha nada para oferecer, que seja um espelho daquilo que a mulher é.
Duvido que relacionamentos assim funcionem. Não vejo evolução no casal. Não há troca.
E, certamente, é essa troca que faz com que um casal funcione e fique junto.

É por isso que eu e meus amigos rejeitamos e nos estressamos quando alguém ensaia nos chamar de bonzinhos. Legal, agradável e boa gente, tudo bem. Bonzinho, nunca!!!

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