quinta-feira, abril 12, 2012

Pais

Embalado pela recente entrada de uma amiga querida na blogosfera, resolvi olhar novamente para meus queridos muros de lamentações e registrar uma coisinha que está permanentemente martelando dentro da minha cabeça nos últimos tempos.

Tenho lido alguns livros que contam histórias bastante pessoais, todas elas com uma ênfase na relação de pais e filhos. Ou melhor, na relação do pai com seus filhos, o que se tornou um assunto obviamente caro para mim depois da chegada do Tonico.
Toda vez que leio algo relacionado ao amor do pai pela sua prole (e vice-versa), me sinto especialmente tocado e com uma quase irresistível vontade de chorar, o que nem sempre pega bem quando se está em um vagão do metrô voltando para casa.

Me lembro do sorriso de dentes ainda irregulares e espeçados, do cabelinho encaracolado e comprido e do pedido para deixá-lo no banho "só mais um pouquinho", mesmo que a água escoada desde a entrada dele no box já desse para encher uma piscina olímpica.

Me lembro de coisas e penso que precisei ser pai para entender um pouco melhor o meu velho, suas limitações e seu amor pela família.
Ele nos ama do jeito dele, meio inábil, meio distante, mas nos ama. Disso eu tenho certeza, assim como tenho certeza que amarei o pequeno Tonico para sempre.

Mas voltando aos livros, desde a biografia do Jobs (e seus contra-exemplos de como expressar amor) até o relato da viagem do Bourdain atrás das cozinhas do mundo, passando pelo aprendizado do Agassi e a dor do Keith pela perda de um filho, todos os relatos me disseram alguma coisa e me fizeram reafirmar o compromisso de fazer o que é certo e de priorizar a felicidade do Tonico.




















Não me importa o tipo de escolhas que ele vai fazer para a vida dele.
Me importa que eu lhe dê amor e suporte suficiente para que essas decisões sejam conscientes e para que elas o façam feliz.
É basicamente para isso que eu dedico boa parte da minha vida hoje e é isso o que tenho absorvido dos livros.

Tenho certeza que é uma "conspiração" e que alguém está tentando me dizer alguma coisa.

Ok, Chefe. Fique à vontade pois eu continuo ouvindo. E lendo!