Levantando o astral
Tenho a tendência de me considerar um otimista.
Ao menos tenho estado bem otimista ultimamente, irritantemente otimista. Por mais casca-grossa que seja a situação, é bem difícil que eu abandone a idéia de que as coisas vão funcionar e vou me dar bem no final.
Isso acaba sendo até meio utópico neste mundo onde pouca gente controla as coisas da sua vida, mas não estou nem um pouco preocupado com o que consideram como regras de comportamento. Vou na minha onda otimista e “vamo que vamo”!!
O lado bom de estar em uma fase otimista é que as coisas sempre podem melhorar.
Não tem nada de errado nessa frase. É isso mesmo que eu quis dizer: por melhores que estejam, as coisas sempre podem melhorar.
Fui estapeado por essa máxima pouco antes de deixar a academia um pouco de lado por conta de uma lesão complicada na mão.
Como era de se esperar, o terceiro problema seguido na mão da caneta, do garfo e do sexo me deixou bem pra baixo e de poucas palavras. O olhar estava meio torto pra baixo e nem a habitual “zoação” com o Nélson, o japonês de Assunção, estava rolando direito. Nessa situação, meu habitual otimismo não estava adiantando muito.
Não demorou muito para que aquela professora baixa, magrinha e descendente de portugueses me desse uma chamada e quase me desse um tapa na orelha.
Ela ficou uma arara ao me ver daquele jeito e não me deixou terminar nenhuma frase que não tivesse algo a ver com recuperação e volta por cima.
Não consigo medir o quanto isso fez diferença na situação, mas sei que o simples medo de ser estapeado fez com que eu pensasse muito bem antes de abrir a boca.
Acho que parei de sentir auto-piedade e resolvi aceitar que só havia uma coisa a fazer: esperar o diabo do osso colar de novo!!
Devo boa parte disso à minha professora de natação, de sobrenome português e corpo sarado.
Ainda não estou 100%, mas já dá para contar com todos os dedos novamente. A utilidade que darei a esses dedos é totalmente da minha conta, mas a idéia de pensar em coisas úteis pode até ser exportada para quem estiver a fim.
Afinal de contas, otimismo demais deve ser chato. Para os outros, claro.
Mas como diria um grande amigo meu: ema, ema, ema, cada um com os seus “pobrema”.
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