Isto não é um fotolog...
...mas não dá para resistir à tentação de seguir comemorando o tri mundial!
Até o prefeito palmeirense se rendeu!
O Tricolor é o mais querido e o dono do mundo!
E se bobear, no ano que vem estamos aí de novo para brigar pelo Tetra!
terça-feira, dezembro 20, 2005
segunda-feira, dezembro 19, 2005
No topo do mundo
Agora não dá mais para se considerar "o único campeão mundial da Fifa".
Agora já dá para dizer que nenhum outro clube brasileiro ganhou tanto.
Agora já dá para dominar o mundo.
E que o próximo europeu que cruzar o caminho do tricolor pense um pouco melhor antes de considerar "imbatível".
São Paulo tricampeão mundial interclubes!
E tenho dito!
Agora não dá mais para se considerar "o único campeão mundial da Fifa".
Agora já dá para dizer que nenhum outro clube brasileiro ganhou tanto.
Agora já dá para dominar o mundo.
E que o próximo europeu que cruzar o caminho do tricolor pense um pouco melhor antes de considerar "imbatível".
São Paulo tricampeão mundial interclubes!
E tenho dito!
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Acerto de contas
Eu gosto do Cameron Crowe e não abro. E isso não tem muito a ver com o passado dele na Rolling Stone e na vida do Led Zeppelin. Gosto do cara por que ele conta estórias que consigo entender. Ele conta estórias de caras miseravelmente comuns, assim como eu.
Não gosto da Rolling Stone pela falta de fotos e acho que o Led já fez a sua parte, por isso me resta lembrar de “Singles”, “Quase famosos” e da Nancy Wilson, a esposa do cara, guitarrista da minha bem amada banda Heart”.
Minha última aquisição na coleção Crowe foi “Tudo acontece em Elisabethtown”.
Um cara comum, uma menina incomum e um problema afetivo.
Poderia ser a minha vida, mas não era e fico aliviado com isso. Não estou preparado para ser um “blockbuster”. Ainda não dá para abrir minha vida desse jeito.
O cara tem saudade do que não viveu com o pai e se lamenta por não ter mais chances de tirar o atraso. A partida do velho matou uma parte do futuro, mas acabou abrindo outra porta, que ele reluta em entrar, até que....
Não sou (tão) safado a ponto de contar o filme inteiro aqui, mas digo que para mim valeu a pena ver aquilo tudo e sentir um pouco mais de certeza que estou no caminho certo.
O cara comum do filme é o Legolas, ops, o Orlando Bloom e só isso bastaria para que os críticos caíssem de pau questionando a validade da estória.
Como é que um cara como o Orlando Bloom pode ser comum?
Mas tirando esse detalhe impertinente, até que a estória cola. Ou não cola, mas quem se importa?
Eu não, já que não vou ao cinema para ver a realidade. Prefiro me divertir, ou quem sabe sonhar.
Nesse filme fiquei com a parte da diversão, mas me identifiquei e saí mais feliz.
A música ajudou, a minha mineira ajudou e a Kirsten Dunst e seus dentes tortos também ajudaram.
E a vida segue seu curso, miseravelmente comum como tem que ser. Ao menos a minha é assim e não adianta a Miss K me chamar de complexo.
Sou comum e pronto!
Jamais fiz uma viagem com o meu velho, mas ainda há tempo. Espero que haja mesmo, mas por via das dúvidas, vou providenciar algo temporário até que possa levá-lo até a Cidade Luz. Esse sempre foi o sonho de consumo dele, desde a bagunça de 1968 e as primaveras no Leste e vou ficar muito feliz se conseguir dar esse presente ao Velho Pezo.
Talvez ele gostasse mais de conseguir voltar para a terra natal, mas aí a coisa fica maior do que eu.
Melhor pensar só em Paris mesmo e continuar focando nos números.
E que Ele diga quando é a data do embarque.
Eu gosto do Cameron Crowe e não abro. E isso não tem muito a ver com o passado dele na Rolling Stone e na vida do Led Zeppelin. Gosto do cara por que ele conta estórias que consigo entender. Ele conta estórias de caras miseravelmente comuns, assim como eu.
Não gosto da Rolling Stone pela falta de fotos e acho que o Led já fez a sua parte, por isso me resta lembrar de “Singles”, “Quase famosos” e da Nancy Wilson, a esposa do cara, guitarrista da minha bem amada banda Heart”.
Minha última aquisição na coleção Crowe foi “Tudo acontece em Elisabethtown”.
Um cara comum, uma menina incomum e um problema afetivo.
Poderia ser a minha vida, mas não era e fico aliviado com isso. Não estou preparado para ser um “blockbuster”. Ainda não dá para abrir minha vida desse jeito.
O cara tem saudade do que não viveu com o pai e se lamenta por não ter mais chances de tirar o atraso. A partida do velho matou uma parte do futuro, mas acabou abrindo outra porta, que ele reluta em entrar, até que....
Não sou (tão) safado a ponto de contar o filme inteiro aqui, mas digo que para mim valeu a pena ver aquilo tudo e sentir um pouco mais de certeza que estou no caminho certo.
O cara comum do filme é o Legolas, ops, o Orlando Bloom e só isso bastaria para que os críticos caíssem de pau questionando a validade da estória.
Como é que um cara como o Orlando Bloom pode ser comum?
Mas tirando esse detalhe impertinente, até que a estória cola. Ou não cola, mas quem se importa?
Eu não, já que não vou ao cinema para ver a realidade. Prefiro me divertir, ou quem sabe sonhar.
Nesse filme fiquei com a parte da diversão, mas me identifiquei e saí mais feliz.
A música ajudou, a minha mineira ajudou e a Kirsten Dunst e seus dentes tortos também ajudaram.
E a vida segue seu curso, miseravelmente comum como tem que ser. Ao menos a minha é assim e não adianta a Miss K me chamar de complexo.
Sou comum e pronto!
Jamais fiz uma viagem com o meu velho, mas ainda há tempo. Espero que haja mesmo, mas por via das dúvidas, vou providenciar algo temporário até que possa levá-lo até a Cidade Luz. Esse sempre foi o sonho de consumo dele, desde a bagunça de 1968 e as primaveras no Leste e vou ficar muito feliz se conseguir dar esse presente ao Velho Pezo.
Talvez ele gostasse mais de conseguir voltar para a terra natal, mas aí a coisa fica maior do que eu.
Melhor pensar só em Paris mesmo e continuar focando nos números.
E que Ele diga quando é a data do embarque.
domingo, novembro 20, 2005
Por la unidad?
Até nisso os brasileiros acabam não sendo latinos.
Enquanto meu povo lamenta mais um fracasso e os quase vizinhos uruguaios perdem nos pênaltis para a Austrália, o País do Futebol se dá ao luxo de jogar com preguiça e meter 8 a 0 em um time de amadores.
Não me admira que (nós) os brazucas adorem(os) falar de música latina e só pensar nos “hispanohablantes”.
Para que se misturar com perdedores?
Até nisso os brasileiros acabam não sendo latinos.
Enquanto meu povo lamenta mais um fracasso e os quase vizinhos uruguaios perdem nos pênaltis para a Austrália, o País do Futebol se dá ao luxo de jogar com preguiça e meter 8 a 0 em um time de amadores.
Não me admira que (nós) os brazucas adorem(os) falar de música latina e só pensar nos “hispanohablantes”.
Para que se misturar com perdedores?
sábado, novembro 12, 2005
Nós, os loosers
Estou terminando de ler um livro do Jabor.
Nunca tinha me interessado em ler coisas dele por achá-lo ranzinza demais, mas como foi um presente de aniversário do Gerson e da Sô e me sinto sensivelmente próximo e meio responsável por esse casal, achei que valia a pena dar um chance ao cara.
Continuo achando que o cara é ranzinza demais, mas descobri um lado looser que me deixou agradavelmente identificado. E os momentos loosers da infância dele no Rio são bastante numerosos no tal "Amor é prosa, sexo é poesia".
Assim com ele, eu também vivi dezenas de amores imaginários e paixões platônicas.
Eu frequentemente me "apaixonava" pela menina mais popular da sala de aula ou ficava babando pela vizinha que me dava carona para a escola.
Invariavelmente a situação acabava em nada e eu seguia meu caminho de colecionador de fracassos.
Acho que o Jabor entende muito bem o que é começar bem mais tarde do que os amigos e sempre ser taxado como lento e até "caso perdido". Esse era ele e esse era eu.
Uso o verbo no passado por que agora eu estou um pouco diferente.
Não digo isso só pelo fato de estar casado com uma bela mulher, mais bela aliás do que a quase totalidade das minhas "companheiras" anteriores. Reforço o passado por que me lembro da minha irregular vida de conquistador que sempre alternou momento da mais deslavada putaria com meses e meses de secura, timidez e solidão.
Usando a linguagem mais popular que me permito colocar aqui, eu não pegava nem resfriado.
Mas tudo muda.
Até minha intolerância pelo Jabor mudou. Hoje até posso dizer que gosto do jeito rebuscado que ele tem.
Mas continuo achando que ele é bem chato quando quer mudar o mundo e criticar a tudo e todos.
Não digo que ele não tenha razão em tentar e espernear, mas como leitor, tenho o direito de dizer que tem outras pessoas fazendo isso melhor e que desejo sinceramente que ele só deixe seu lado looser escrever daqui para a frente.
Tem muito mais a ver comigo.
Estou terminando de ler um livro do Jabor.
Nunca tinha me interessado em ler coisas dele por achá-lo ranzinza demais, mas como foi um presente de aniversário do Gerson e da Sô e me sinto sensivelmente próximo e meio responsável por esse casal, achei que valia a pena dar um chance ao cara.
Continuo achando que o cara é ranzinza demais, mas descobri um lado looser que me deixou agradavelmente identificado. E os momentos loosers da infância dele no Rio são bastante numerosos no tal "Amor é prosa, sexo é poesia".
Assim com ele, eu também vivi dezenas de amores imaginários e paixões platônicas.
Eu frequentemente me "apaixonava" pela menina mais popular da sala de aula ou ficava babando pela vizinha que me dava carona para a escola.
Invariavelmente a situação acabava em nada e eu seguia meu caminho de colecionador de fracassos.
Acho que o Jabor entende muito bem o que é começar bem mais tarde do que os amigos e sempre ser taxado como lento e até "caso perdido". Esse era ele e esse era eu.
Uso o verbo no passado por que agora eu estou um pouco diferente.
Não digo isso só pelo fato de estar casado com uma bela mulher, mais bela aliás do que a quase totalidade das minhas "companheiras" anteriores. Reforço o passado por que me lembro da minha irregular vida de conquistador que sempre alternou momento da mais deslavada putaria com meses e meses de secura, timidez e solidão.
Usando a linguagem mais popular que me permito colocar aqui, eu não pegava nem resfriado.
Mas tudo muda.
Até minha intolerância pelo Jabor mudou. Hoje até posso dizer que gosto do jeito rebuscado que ele tem.
Mas continuo achando que ele é bem chato quando quer mudar o mundo e criticar a tudo e todos.
Não digo que ele não tenha razão em tentar e espernear, mas como leitor, tenho o direito de dizer que tem outras pessoas fazendo isso melhor e que desejo sinceramente que ele só deixe seu lado looser escrever daqui para a frente.
Tem muito mais a ver comigo.
terça-feira, outubro 25, 2005
Álbuns
Dia desses eu estava revendo meus antigos álbuns de fotografias.
Deve ter algo a ver com a mudança de vida e com o novo capítulo que estou experimentando.
Nas fotos eu vi a vida de gente que não sei mais onde está, mas que me deixou fazer parte da sua vida durante algum tempo e com mais ou menos profundidade.
Fazer parte da vida de alguém significa bem mais do que ser apenas amigo. Significa algo esdrúxulo como ser representado por aquela ruga no canto do olho ou o cabelo branco na têmpora. É algo que fica, apesar das tinturas e cremes milagrosos da Avon.
Minha vida em fotos passou meio em branco até 87, quando comecei o colegial.
Quase não tenho imagens daquela época e a maioria é de eventos familiares. Acho que é assim mesmo que tem que ser. Afinal de contas, fazer parte da vida da família é algo quase que obrigatório, apesar da encheção que rola em 100% delas.
O Orkut também tem ajudado a aumentar essa sensação com a aproximação de gente que conheci antes de entender o que era a fotografia. O povo da Escola Paulista é o melhor exemplo disso. Talvez até isso renda um encontro para o ano que vem, mas vamos deixar as coisas acontecerem devagar.
Nos álbuns eu vi a vida de gente que se afastou há tempos e que deixou pouca coisa além da imagem e de alguma (muita?) lembrança infantilmente gostosa.
Lembrei do povo do PV, do Sul, do Albino, do Italiano e do Eurocentre.
Lembrei também do povo do Mack e da Diretoria, mas esses ainda trocam participações nas vidas comigo e por isso não foram arquivados como lembranças. Esses são realidade.
E por fala em realidade, chego finalmente ao álbum que estou construindo com a minha mineira. Já são dezenas de fotos desde que tropeçamos um no outro. Devemos chegar perto das centenas e não parece que estamos cansados delas.
Nosso álbum diz que fazemos parte da vida um do outro e que ainda há espaço para muito filme e muita memória de máquina digital.
Fico pensando em como será nosso álbum daqui há alguns anos.
Será a pequena Julia, sobrinha do Presidente, vai estar em muitas fotos?
Será que a minha amada Letícia vai dar as caras?
Será que nós vamos dar a nossa contribuição com algum Labrador ou Golden Retrivier?
Não dá para saber. Apenas dá para querer e fazer acontecer. Conforme a vontade D´Ele, claro, mas a nossa parte a gente faz.
E que os ventos do futuro tragam para perto mais vidas das quais fiz parte nos meus álbuns.
Quero que elas me contem para onde as vidas deles andaram e o que ficou do álbum que compartilhamos.
Tenho certeza de que vai ser divertido.
Dia desses eu estava revendo meus antigos álbuns de fotografias.
Deve ter algo a ver com a mudança de vida e com o novo capítulo que estou experimentando.
Nas fotos eu vi a vida de gente que não sei mais onde está, mas que me deixou fazer parte da sua vida durante algum tempo e com mais ou menos profundidade.
Fazer parte da vida de alguém significa bem mais do que ser apenas amigo. Significa algo esdrúxulo como ser representado por aquela ruga no canto do olho ou o cabelo branco na têmpora. É algo que fica, apesar das tinturas e cremes milagrosos da Avon.
Minha vida em fotos passou meio em branco até 87, quando comecei o colegial.
Quase não tenho imagens daquela época e a maioria é de eventos familiares. Acho que é assim mesmo que tem que ser. Afinal de contas, fazer parte da vida da família é algo quase que obrigatório, apesar da encheção que rola em 100% delas.
O Orkut também tem ajudado a aumentar essa sensação com a aproximação de gente que conheci antes de entender o que era a fotografia. O povo da Escola Paulista é o melhor exemplo disso. Talvez até isso renda um encontro para o ano que vem, mas vamos deixar as coisas acontecerem devagar.
Nos álbuns eu vi a vida de gente que se afastou há tempos e que deixou pouca coisa além da imagem e de alguma (muita?) lembrança infantilmente gostosa.
Lembrei do povo do PV, do Sul, do Albino, do Italiano e do Eurocentre.
Lembrei também do povo do Mack e da Diretoria, mas esses ainda trocam participações nas vidas comigo e por isso não foram arquivados como lembranças. Esses são realidade.
E por fala em realidade, chego finalmente ao álbum que estou construindo com a minha mineira. Já são dezenas de fotos desde que tropeçamos um no outro. Devemos chegar perto das centenas e não parece que estamos cansados delas.
Nosso álbum diz que fazemos parte da vida um do outro e que ainda há espaço para muito filme e muita memória de máquina digital.
Fico pensando em como será nosso álbum daqui há alguns anos.
Será a pequena Julia, sobrinha do Presidente, vai estar em muitas fotos?
Será que a minha amada Letícia vai dar as caras?
Será que nós vamos dar a nossa contribuição com algum Labrador ou Golden Retrivier?
Não dá para saber. Apenas dá para querer e fazer acontecer. Conforme a vontade D´Ele, claro, mas a nossa parte a gente faz.
E que os ventos do futuro tragam para perto mais vidas das quais fiz parte nos meus álbuns.
Quero que elas me contem para onde as vidas deles andaram e o que ficou do álbum que compartilhamos.
Tenho certeza de que vai ser divertido.
Como era antes
Demorou, mas eu voltei.
Quase dois meses depois de viver o primeiro dia do resto da minha vida (salve John Hughes!) e mais de um mês depois de escrever meu último post, voltei a relatar algumas impressões que ficam das coisas que acontecem na minha vida.
Deveria ter me esforçado mais para compartilhar os primeiros movimentos da vida a dois com meus amigos-leitores, mas não rolou. Como disse o Professor, eu mal tive tempo para "dar uma de Rei" quanto mais para manter meus blogs atualizados.
Estou voltando aos poucos e não dá para prometer que a frequência vai voltar ao que era antes.
Acho que nada vai ser como era antes, mas vamos ver que dá.
Demorou, mas eu voltei.
Quase dois meses depois de viver o primeiro dia do resto da minha vida (salve John Hughes!) e mais de um mês depois de escrever meu último post, voltei a relatar algumas impressões que ficam das coisas que acontecem na minha vida.
Deveria ter me esforçado mais para compartilhar os primeiros movimentos da vida a dois com meus amigos-leitores, mas não rolou. Como disse o Professor, eu mal tive tempo para "dar uma de Rei" quanto mais para manter meus blogs atualizados.
Estou voltando aos poucos e não dá para prometer que a frequência vai voltar ao que era antes.
Acho que nada vai ser como era antes, mas vamos ver que dá.
quinta-feira, setembro 15, 2005
Mistura sentimental
Não senti quase nada do que me disseram que sentiria.
Não vi um corredor infinito, não olhava para as pessoas e via através delas, não tremi como adolescente quando o padre me fez a grande pergunta.
Me casei e passei por tudo como um lorde. Um lorde chorão, diga-se de passagem.
Não sei bem o que desencadeou tudo. Não sei se foi o almoço que foi até as cinco da tarde (o casório foi as seis), o fato de ter visto Fama pouco antes da cerimônia ou a emoção de me casar com a mulher da minha vida propriamente dita.
Provavelmente foi uma mistura de tudo isso. O fato é que comecei a chorar ainda no hotel quando meu grande Galahad foi me ajudar a dar o nó da gravata e só parei quando fiquei liberado de tirar tantas fotos.
Para se ter uma idéia de quão importante isso é, eu me gabo de dar o nó de uma gravata sem olhar e sem tê-la no pescoço. Ainda bem que os amigos estavam mais em cima dos cascos do que eu.
Antes que me condenem, acho necessário registrar que o almoço não durou demais à toa.
Eu estava ao lado do meu velho, de dois tios queridos do Chile e de dois dos irmãos que eu não tive. Todos felizes, todos comemorando e quase todos passados na bebida.
Poderia ter acontecido um desastre, mas Ele não quis e não deixou. Ele sabia que era tudo por uma boa causa e que aquele era um momento único.
Afinal de contas, minha Lelê estava lá, meus tios estavam lá, minha família estava lá e meus amigos e irmãos também.
Todos estavam lá por nós. Todos queriam nos ver felizes. Todos esperavam nos ver satisfeitos. Todos se espantaram com o tamanho da nossa felicidade.
E foi mais ou menos assim que deixei de ser solteiro.
Agora tenho que reorganizar minha vida para dividir quase tudo com a minha mineira.
Digo quase tudo por que ambos fazemos questão de constuir a vida a dois sem perder a individualidade.
Vai dar tudo certo por que é isso que queremos.
E sobre a lua de mel, eu falo lá no Seguindo Gulliver.
É bom estar de volta!
Não senti quase nada do que me disseram que sentiria.
Não vi um corredor infinito, não olhava para as pessoas e via através delas, não tremi como adolescente quando o padre me fez a grande pergunta.
Me casei e passei por tudo como um lorde. Um lorde chorão, diga-se de passagem.
Não sei bem o que desencadeou tudo. Não sei se foi o almoço que foi até as cinco da tarde (o casório foi as seis), o fato de ter visto Fama pouco antes da cerimônia ou a emoção de me casar com a mulher da minha vida propriamente dita.
Provavelmente foi uma mistura de tudo isso. O fato é que comecei a chorar ainda no hotel quando meu grande Galahad foi me ajudar a dar o nó da gravata e só parei quando fiquei liberado de tirar tantas fotos.
Para se ter uma idéia de quão importante isso é, eu me gabo de dar o nó de uma gravata sem olhar e sem tê-la no pescoço. Ainda bem que os amigos estavam mais em cima dos cascos do que eu.
Antes que me condenem, acho necessário registrar que o almoço não durou demais à toa.
Eu estava ao lado do meu velho, de dois tios queridos do Chile e de dois dos irmãos que eu não tive. Todos felizes, todos comemorando e quase todos passados na bebida.
Poderia ter acontecido um desastre, mas Ele não quis e não deixou. Ele sabia que era tudo por uma boa causa e que aquele era um momento único.
Afinal de contas, minha Lelê estava lá, meus tios estavam lá, minha família estava lá e meus amigos e irmãos também.
Todos estavam lá por nós. Todos queriam nos ver felizes. Todos esperavam nos ver satisfeitos. Todos se espantaram com o tamanho da nossa felicidade.
E foi mais ou menos assim que deixei de ser solteiro.
Agora tenho que reorganizar minha vida para dividir quase tudo com a minha mineira.
Digo quase tudo por que ambos fazemos questão de constuir a vida a dois sem perder a individualidade.
Vai dar tudo certo por que é isso que queremos.
E sobre a lua de mel, eu falo lá no Seguindo Gulliver.
É bom estar de volta!
sexta-feira, setembro 02, 2005
Novo começo
Este é meu último post solteiro.
Daqui a poucas horas serei um (quase) respeitável homem (bem) casado e minha vida vai mudar. Se tudo seguir a minha expectativa (e meu esforço), vai mudar para melhor, cada vez melhor a cada dia.
A vida com a minha mineira vai trazer muitas das coisas que busquei durante todas as minhas mais de 33 primaveras.
Vai ser uma descoberta diária, mas me sinto muito confortável com tudo.
Por mais que digam que o casamento só serve para resolver os problemas que não se tinha quando se era solteiro, vou encarar.
Corrigindo! Vou encarar e me dar bem!
Por que é assim que ambos queremos que seja.
Por conta do casório, vou interromper os posts por um período.
Na verdade, só vou voltar a escrever depois de voltar da lua de mel em terras argentinas e de instalar meu micro novo, na casa nova, da vida nova.
Na volta, conto as aventuras no Seguindo Gulliver e na sequência retomo as tagalerices deste blog.
Até o outro lado!
Este é meu último post solteiro.
Daqui a poucas horas serei um (quase) respeitável homem (bem) casado e minha vida vai mudar. Se tudo seguir a minha expectativa (e meu esforço), vai mudar para melhor, cada vez melhor a cada dia.
A vida com a minha mineira vai trazer muitas das coisas que busquei durante todas as minhas mais de 33 primaveras.
Vai ser uma descoberta diária, mas me sinto muito confortável com tudo.
Por mais que digam que o casamento só serve para resolver os problemas que não se tinha quando se era solteiro, vou encarar.
Corrigindo! Vou encarar e me dar bem!
Por que é assim que ambos queremos que seja.
Por conta do casório, vou interromper os posts por um período.
Na verdade, só vou voltar a escrever depois de voltar da lua de mel em terras argentinas e de instalar meu micro novo, na casa nova, da vida nova.
Na volta, conto as aventuras no Seguindo Gulliver e na sequência retomo as tagalerices deste blog.
Até o outro lado!
sábado, agosto 27, 2005
Começou
Estou vivendo meu segundo final de semana fora da casa dos meus pais.
Foram 33 anos e pouco sem sair de baixa da proteção deles e apenas 10 dias me virando mais ou menos sozinho.
O mais ou menos se deve a algumas visitas estratégicas para pegar algumas coisas que ficaram para trás e para filar alguma bóia.
Além disso, tive que recorrer ao abrigo deles quando esqueci minha chave em Uberlândia e não tinha como entrar em casa. Coisas de quem não está acostumado a ser adulto.
Mas a experiência de morar sozinho vai durar pouco.
Daqui há alguns dias a minha mineira vai assumir o seu devido lugar no castelo e tudo vai entrar nos eixos. Vai ficar mais complicado comer às custas dos pais, mas tudo bem. A gente ser vira em casa mesmo.
Já abasteci um pouco a geladeira e daqui a pouco vou repor algumas coisinhas que já acabaram.
As duas latas de cerveja que comprei ainda estão intocadas, fruto do absurdo conflito de agendas que meus amigos me brindaram. Mas ainda resta esperança.
Apesar de faltar muito pouco tempo para o casório, parece que na próxima terça vai rolar mesmo a tal despedida de solteiro. Pelo menos foi isso que me garantiram hoje.
O Presidente até comprou um mega-whisky especialmente para o evento. Tudo em minha homenagem. Vou ter que recebê-los à altura, varrer a casa e comprar alguns quitutes para comer. Uns dois quilos de salame devem resolver a parada.
Agora estou novamente na casa dos velhos para mexer um pouco no micro.
A casa nova ainda não está conectada, mas isso dura pouco. Vamos ver se resolvo isso logo na segunda.
Gostaria de contar mais coisas sobre a vida nova, mas tenho que voltar para casa para guardar algumas coisas da mudança que ainda estão encaixotadas.
Se eu soubesse que ser dono do nariz era tão trabalhoso, tinha ecomizado mais e contratado um personal mover: aí era só pagar e chegar quando tudo estivesse mudado e arrumado.
Boa idéia para um negócio futuro!
Estou vivendo meu segundo final de semana fora da casa dos meus pais.
Foram 33 anos e pouco sem sair de baixa da proteção deles e apenas 10 dias me virando mais ou menos sozinho.
O mais ou menos se deve a algumas visitas estratégicas para pegar algumas coisas que ficaram para trás e para filar alguma bóia.
Além disso, tive que recorrer ao abrigo deles quando esqueci minha chave em Uberlândia e não tinha como entrar em casa. Coisas de quem não está acostumado a ser adulto.
Mas a experiência de morar sozinho vai durar pouco.
Daqui há alguns dias a minha mineira vai assumir o seu devido lugar no castelo e tudo vai entrar nos eixos. Vai ficar mais complicado comer às custas dos pais, mas tudo bem. A gente ser vira em casa mesmo.
Já abasteci um pouco a geladeira e daqui a pouco vou repor algumas coisinhas que já acabaram.
As duas latas de cerveja que comprei ainda estão intocadas, fruto do absurdo conflito de agendas que meus amigos me brindaram. Mas ainda resta esperança.
Apesar de faltar muito pouco tempo para o casório, parece que na próxima terça vai rolar mesmo a tal despedida de solteiro. Pelo menos foi isso que me garantiram hoje.
O Presidente até comprou um mega-whisky especialmente para o evento. Tudo em minha homenagem. Vou ter que recebê-los à altura, varrer a casa e comprar alguns quitutes para comer. Uns dois quilos de salame devem resolver a parada.
Agora estou novamente na casa dos velhos para mexer um pouco no micro.
A casa nova ainda não está conectada, mas isso dura pouco. Vamos ver se resolvo isso logo na segunda.
Gostaria de contar mais coisas sobre a vida nova, mas tenho que voltar para casa para guardar algumas coisas da mudança que ainda estão encaixotadas.
Se eu soubesse que ser dono do nariz era tão trabalhoso, tinha ecomizado mais e contratado um personal mover: aí era só pagar e chegar quando tudo estivesse mudado e arrumado.
Boa idéia para um negócio futuro!
sexta-feira, agosto 19, 2005
Me chamam de Hitch
Funciona mais ou menos assim: eu pergunto como a pessoa está e não deixo passar nada que não aponte para um "sim" conclusivo e crível. Se sentir um fio de dúvida ou de tristeza, já vou logo perguntando o que acontece e o que posso fazer para ajudar.
Na grande maioria dos casos, trata-se de um problema do coração e, como a relação de confiança já existe, acabo explorando bastante o problema e fazendo a minha parte para ajudar a pessoa a identificar a melhor solução.
É mais ou menos como o trabalho do Hitch, só que sem o glamour novaiorquino, o charme do Will Smith e aquele apartamento "sonho de consumo".
É tudo em escala menor, mais intimista e menos comercial. Mas que funciona, funciona.
O conselheiro yankee
Minha "cliente" atual é a Dri, uma ex-estudante de moda que pegou suas trouxinhas e voltou para a casa dos pais lá no Planalto Central.
Ela anda as voltas com um namoro que nasceu morno e que vai esfriando ainda mais a cada dia que passa. Não bastasse essa coisa gélida, ainda surgiu um outro rapaz que não fez nada físico, mas abalou as estruturas dessa minha pobre amiga.
Normalmente eu tenderia a partir para a defesa do relacionamento e para ajudá-la a descobrir motivos para seguir com o namorado, mas neste caso achei melhor focar naquilo que pode fazê-la mais feliz, mesmo que fosse moralmente menos aceitável.
Pois é, estou mesmo incentivando o chifre, mas de uma forma bem menos sexual do que possa parecer: quero que ela descubra as razões que a fazem estar com o namorado e por que esse outro rapaz a abalou tanto sem nem mesmo ter lhe dado um beijo.
Deve ter sido forte e não acho que ela deva ignorar o que houve.
Afinal de contas o que importa é ser feliz e esse namoro atual definitivamente não a completa.
Quando paro para pensar que os papéis poderiam estar invertidos, me sinto meio mal por incentivar algo que não seja a fidelidade, a concessão e o entendimento, mas acredito que no caminho atual ela vai esbarrar no erro inútil.
Errar e aprender ajuda a pessoa a crescer, mas neste caso acho que ela precisa ter mais informações sobre as opções que existem.
Adoraria dizer que ela deve mesmo insistir no namoro atual para encontrar alguma forma de ser feliz, mas não é o que vejo, não é no que acredito, ao menos para ela.
Eu acho que ela está acomodada e pedindo por ajuda.
Não sou nenhum cavaleiro andante, mas vou ajudá-la.
Tenho que ajudá-la a entender o que é bom e o que é ruim no relacionamento atual e ajudá-la também a entender por que ela deveria descobrir o que há dou outro lado.
Não se trata de sair por sair, mas sim de pesar os prós e contras de ambas as saídas.
Se eu for tão bem sucedido quanto o Will Smith, minha maior recompensa será a felicidade dela.
Se não, ao menos eu tentei e fica tudo bem do mesmo jeito.
É o tipo de jogo que eu mais gosto: onde todo mundo ganha.
Funciona mais ou menos assim: eu pergunto como a pessoa está e não deixo passar nada que não aponte para um "sim" conclusivo e crível. Se sentir um fio de dúvida ou de tristeza, já vou logo perguntando o que acontece e o que posso fazer para ajudar.
Na grande maioria dos casos, trata-se de um problema do coração e, como a relação de confiança já existe, acabo explorando bastante o problema e fazendo a minha parte para ajudar a pessoa a identificar a melhor solução.
É mais ou menos como o trabalho do Hitch, só que sem o glamour novaiorquino, o charme do Will Smith e aquele apartamento "sonho de consumo".
É tudo em escala menor, mais intimista e menos comercial. Mas que funciona, funciona.
O conselheiro yankee
Minha "cliente" atual é a Dri, uma ex-estudante de moda que pegou suas trouxinhas e voltou para a casa dos pais lá no Planalto Central.
Ela anda as voltas com um namoro que nasceu morno e que vai esfriando ainda mais a cada dia que passa. Não bastasse essa coisa gélida, ainda surgiu um outro rapaz que não fez nada físico, mas abalou as estruturas dessa minha pobre amiga.
Normalmente eu tenderia a partir para a defesa do relacionamento e para ajudá-la a descobrir motivos para seguir com o namorado, mas neste caso achei melhor focar naquilo que pode fazê-la mais feliz, mesmo que fosse moralmente menos aceitável.
Pois é, estou mesmo incentivando o chifre, mas de uma forma bem menos sexual do que possa parecer: quero que ela descubra as razões que a fazem estar com o namorado e por que esse outro rapaz a abalou tanto sem nem mesmo ter lhe dado um beijo.
Deve ter sido forte e não acho que ela deva ignorar o que houve.
Afinal de contas o que importa é ser feliz e esse namoro atual definitivamente não a completa.
Quando paro para pensar que os papéis poderiam estar invertidos, me sinto meio mal por incentivar algo que não seja a fidelidade, a concessão e o entendimento, mas acredito que no caminho atual ela vai esbarrar no erro inútil.
Errar e aprender ajuda a pessoa a crescer, mas neste caso acho que ela precisa ter mais informações sobre as opções que existem.
Adoraria dizer que ela deve mesmo insistir no namoro atual para encontrar alguma forma de ser feliz, mas não é o que vejo, não é no que acredito, ao menos para ela.
Eu acho que ela está acomodada e pedindo por ajuda.
Não sou nenhum cavaleiro andante, mas vou ajudá-la.
Tenho que ajudá-la a entender o que é bom e o que é ruim no relacionamento atual e ajudá-la também a entender por que ela deveria descobrir o que há dou outro lado.
Não se trata de sair por sair, mas sim de pesar os prós e contras de ambas as saídas.
Se eu for tão bem sucedido quanto o Will Smith, minha maior recompensa será a felicidade dela.
Se não, ao menos eu tentei e fica tudo bem do mesmo jeito.
É o tipo de jogo que eu mais gosto: onde todo mundo ganha.
sábado, agosto 13, 2005
Homem não chora
Não sei bem o que acontece.
É assim desde o primeiro programa: basta a Angelita aparecer para cantar no Fama que eu já fico com os olhos cheios de água e o bico começa a tremer.
E aí é um tal de esconder o rosto, pensar no trabalho (ou em qualquer outra broxante o bastante) e fingir que não é comigo.
Parando para pensar nas razões desse derretimento, não consigo chegar a conclusão alguma. Pensei que pudesse ter algum tipo de solidariedade com o grande Erich e suas estórias de Piracicaba (a Angelita é de lá), mas achei gay demais e abortei a idéia.
Depois fiquei com a impressão que tivesse algo a ver com a forma doce como ela canta. Novamente achei melhor não evoluir muito a idéia sob risco de arrumar confusão com a minha mineira e seu jeito cool de sentir ciúme.
Acabei desistindo de arrumar razões e resolvi assumir que sou um pseudo-bronco que adora segurar as emoções, mas que está enfrentando cada mais dificuldades para fazer isso.
Deve ser a proximidade do casório.
Algo me diz que vou chorar como criança e que vou gerar infinitas interpretações por parte dos convidados. De felicidade pela nova vida até tristeza pelas coisas que vão ficar só na memória, todo mundo vai tentar adivinhar e até acho que muitos vão acertar.
Mas só eu e ela vamos saber.
E vou voltar ao site da Globo para votar e tentar manter a minha geradora de lágrimas ao menos mais uma semana no programa.
Não sei bem o que acontece.
É assim desde o primeiro programa: basta a Angelita aparecer para cantar no Fama que eu já fico com os olhos cheios de água e o bico começa a tremer.
E aí é um tal de esconder o rosto, pensar no trabalho (ou em qualquer outra broxante o bastante) e fingir que não é comigo.
Parando para pensar nas razões desse derretimento, não consigo chegar a conclusão alguma. Pensei que pudesse ter algum tipo de solidariedade com o grande Erich e suas estórias de Piracicaba (a Angelita é de lá), mas achei gay demais e abortei a idéia.
Depois fiquei com a impressão que tivesse algo a ver com a forma doce como ela canta. Novamente achei melhor não evoluir muito a idéia sob risco de arrumar confusão com a minha mineira e seu jeito cool de sentir ciúme.
Acabei desistindo de arrumar razões e resolvi assumir que sou um pseudo-bronco que adora segurar as emoções, mas que está enfrentando cada mais dificuldades para fazer isso.
Deve ser a proximidade do casório.
Algo me diz que vou chorar como criança e que vou gerar infinitas interpretações por parte dos convidados. De felicidade pela nova vida até tristeza pelas coisas que vão ficar só na memória, todo mundo vai tentar adivinhar e até acho que muitos vão acertar.
Mas só eu e ela vamos saber.
E vou voltar ao site da Globo para votar e tentar manter a minha geradora de lágrimas ao menos mais uma semana no programa.
domingo, agosto 07, 2005
Quase lá
O castelo está quase pronto.
Entre pó, stress, arranhões e bicos, os muros já estão de pé, o fosso já está cheio de jacarés e agora só falta a mudança do Rei e da Rainha.
O reino está em festa e os súditos participam da boda como se fosse a de seus filhos.
Todos estão felizes, mesmo que a Rainha ainda esteja longe, reinando lá no Cerrado.
Tudo está preparado e todo mundo cumpre seu papel a contento.
Do marceneiro ao carteiro, do entregador de pizza ao povo das Casas Bahia, todo mundo faz sua parte para que a inauguração do castelo aconteça no melhor estilo romântico e medieval.
Depois da inauguração, não será mais necessário inventar viagens a Campinas ou coisa que o valha para ficar o dia inteiro na cama, fazendo amor e planos, como nos convêm.
Não vamos mais ter que pegar o carro para deixar alguém em casa por que já está tarde.
Acabou-se a necessidade de maquiar a verdade para não complicar algo tão bom quanto a vontade de estar junto.
O castelo vai significar a liberdade e o início.
O castelo vai abrigar um lar e falta pouco para isso.
O castelo será a casca da nossa felicidade, mas não vai nos limitar. Pelo contrário, ele vai ficar tão aconchegante e caloroso, que nossas viagens vão ser tão gostosas no antes e durante quanto no depois.
Vamos ficar indecisos se queremos ficar tanto tempo longe de casa e isso é o segredo do reino.
Que assim seja e que não seja necessária magia para encantar o nosso lar.
O nosso é quase tão lindo quanto este
O castelo está quase pronto.
Entre pó, stress, arranhões e bicos, os muros já estão de pé, o fosso já está cheio de jacarés e agora só falta a mudança do Rei e da Rainha.
O reino está em festa e os súditos participam da boda como se fosse a de seus filhos.
Todos estão felizes, mesmo que a Rainha ainda esteja longe, reinando lá no Cerrado.
Tudo está preparado e todo mundo cumpre seu papel a contento.
Do marceneiro ao carteiro, do entregador de pizza ao povo das Casas Bahia, todo mundo faz sua parte para que a inauguração do castelo aconteça no melhor estilo romântico e medieval.
Depois da inauguração, não será mais necessário inventar viagens a Campinas ou coisa que o valha para ficar o dia inteiro na cama, fazendo amor e planos, como nos convêm.
Não vamos mais ter que pegar o carro para deixar alguém em casa por que já está tarde.
Acabou-se a necessidade de maquiar a verdade para não complicar algo tão bom quanto a vontade de estar junto.
O castelo vai significar a liberdade e o início.
O castelo vai abrigar um lar e falta pouco para isso.
O castelo será a casca da nossa felicidade, mas não vai nos limitar. Pelo contrário, ele vai ficar tão aconchegante e caloroso, que nossas viagens vão ser tão gostosas no antes e durante quanto no depois.
Vamos ficar indecisos se queremos ficar tanto tempo longe de casa e isso é o segredo do reino.
Que assim seja e que não seja necessária magia para encantar o nosso lar.
O nosso é quase tão lindo quanto este
quarta-feira, agosto 03, 2005
O tempo certo
Sempre achei que publicar o convite de casamento no quadro de avisos da empresa fosse uma prática comum e nunca pensei nas consequências que isso poderia trazer.
Só recentemente, quando coloquei no papel todos os dinheiros que estavam envolvidos na festa, na cerimônia e tudo mais é que entendi o receio dos noivos em ter a celebração prejudicada pelo excesso de pessoas.
Além de caro, isso significa mau atendimento e reclamações certas.
Como a brincadeira vai acontecer toda à segura distância de 600km daqui, achei que não havia problemas e publiquei mesmo o convite.
Agora ele está lá, lindão e aberto para quem quiser ver.
O engraçado foi lidar com a diversidade de reações que o tal convite causou.
O que mais ouvi dos homens foram comentários referentes à minha sanidade mental e das mulheres à proximidade de me tornar um homem sério.
Felizmente também pintaram desejos sinceros de felicidade e algumas lições.
Uma delas partiu da secretária da área, que me contou toda a estória do casamento anterior do seu atual marido.
Segundo ele, o sujeito namorava com uma moça bastante desequilibrada que chegou inclusive a tentar o suicídio quando eles terminaram pela primeira vez.
Por pressão das famílias ele voltou atrás e acabou sendo enrolado por uma gravidez pouco honesta: mesmo garantindo que a deixaria se ela engravidasse, a moça insisti, não se preveniu e a encomenda foi feita.
Esse foi um exemplo perfeito de razões para não casar já que o rapaz assumiu o filho, fez seu papel afetivo como se deve, mas não ficou com a menina.
Na minha opinião, bem feito para ela.
Outra experiência válida foi a de uma colega que se casou depois dos 30 e não se arrepende.
Segundo ela, havia a possibilidade de se casar com vinte e poucos, mas eles preferiram seguir vivendo e tomar a decisão como adultos.
Parece que foi a melhor coisa que poderia acontecer já que ambos já estavam em um momento da vida onde o casamento era a coisa mais desejada e a paz a dois, um prêmio bastante visado.
Dos dois relatos eu posso tirar algumas coisas boas da minha situação:
1 - Me caso com a minha mineira pelas razões certas e com um diálogo muito honesto e aberto. Isso deve garantir uma vida boa para ambos e um volume de realizações, conquistas e felicidade bastante grande.
2 - Ambos já vivemos muitas coisas e experimentamos diversos sabores, o que nos dá muita certeza de que é isso mesmo que queremos fazer. Não há dúvidas ou inseguranças. Vai dar certo por que faremos dar certo.
Resta agora um mê exato para o grande dia.
Tudo está certo e ajeitado. Até o castelo já pode nos receber de braços abertos.
Só temos uma tarefa agora: ser extremamente felizes e viver ainda mais a vida!
Para nós, isso é fichinha, afinal de contas, escolhemos o casamento e não fomos escolhidos por ele.
E isso faz toda a diferença!
Sempre achei que publicar o convite de casamento no quadro de avisos da empresa fosse uma prática comum e nunca pensei nas consequências que isso poderia trazer.
Só recentemente, quando coloquei no papel todos os dinheiros que estavam envolvidos na festa, na cerimônia e tudo mais é que entendi o receio dos noivos em ter a celebração prejudicada pelo excesso de pessoas.
Além de caro, isso significa mau atendimento e reclamações certas.
Como a brincadeira vai acontecer toda à segura distância de 600km daqui, achei que não havia problemas e publiquei mesmo o convite.
Agora ele está lá, lindão e aberto para quem quiser ver.
O engraçado foi lidar com a diversidade de reações que o tal convite causou.
O que mais ouvi dos homens foram comentários referentes à minha sanidade mental e das mulheres à proximidade de me tornar um homem sério.
Felizmente também pintaram desejos sinceros de felicidade e algumas lições.
Uma delas partiu da secretária da área, que me contou toda a estória do casamento anterior do seu atual marido.
Segundo ele, o sujeito namorava com uma moça bastante desequilibrada que chegou inclusive a tentar o suicídio quando eles terminaram pela primeira vez.
Por pressão das famílias ele voltou atrás e acabou sendo enrolado por uma gravidez pouco honesta: mesmo garantindo que a deixaria se ela engravidasse, a moça insisti, não se preveniu e a encomenda foi feita.
Esse foi um exemplo perfeito de razões para não casar já que o rapaz assumiu o filho, fez seu papel afetivo como se deve, mas não ficou com a menina.
Na minha opinião, bem feito para ela.
Outra experiência válida foi a de uma colega que se casou depois dos 30 e não se arrepende.
Segundo ela, havia a possibilidade de se casar com vinte e poucos, mas eles preferiram seguir vivendo e tomar a decisão como adultos.
Parece que foi a melhor coisa que poderia acontecer já que ambos já estavam em um momento da vida onde o casamento era a coisa mais desejada e a paz a dois, um prêmio bastante visado.
Dos dois relatos eu posso tirar algumas coisas boas da minha situação:
1 - Me caso com a minha mineira pelas razões certas e com um diálogo muito honesto e aberto. Isso deve garantir uma vida boa para ambos e um volume de realizações, conquistas e felicidade bastante grande.
2 - Ambos já vivemos muitas coisas e experimentamos diversos sabores, o que nos dá muita certeza de que é isso mesmo que queremos fazer. Não há dúvidas ou inseguranças. Vai dar certo por que faremos dar certo.
Resta agora um mê exato para o grande dia.
Tudo está certo e ajeitado. Até o castelo já pode nos receber de braços abertos.
Só temos uma tarefa agora: ser extremamente felizes e viver ainda mais a vida!
Para nós, isso é fichinha, afinal de contas, escolhemos o casamento e não fomos escolhidos por ele.
E isso faz toda a diferença!
quarta-feira, julho 27, 2005
Compartilhar é bom
O Dia D está chegando e as coisas vão andando como devem.
Diferente do que eu havia pensado, a tradicional entrega de convites não está sendo uma simples convocação das pessoas queridas para dividir os momentos de felicidade.
Nada mais longe disso. Estamos lidando com uma verdadeira operação de guerra, com táticas, estratégias e contagem de baixas.
Então vejamos: que tipo de atividade mediria tanto as consequências quanto o pensamento de convidar um parente e ter que enviar três ou quatro convites adicionais para que alguns agregados não fiquem melindrados e saiam falando mal da família e dos noivos?
Quer dizer, falar mal muitos vão, mas pelo menos queremos adiar isso até o dia da festa. Ou os dias posteriores onde o assunto da vez será o porre do noivo, a falta de educação do povo de São Paulo ou a audácia do DJ que fazia propostas indecorosas a todas as mulheres que se atreviam a pedir alguma música.
Mas como eu não sofro muito desse mal de agregados, todas as entregas de convites estão sendo acompanhadas de muito carinho e insistência para que o povo encare a estrada e se embrenhe no Triângulo.
Mesmo que a maioria das entregas esteja a cargo dos Correios (e do dinheiro do Marcos Valério), acho que o sentimento está chegando ao destinatário e as pessoas estão se sentindo valorizadas e incluídas.
Esse era o objetivo e fico feliz pelo nosso sucesso.
Falta pouco mais de um mês para segurar a tensão, ajeitar toda a nossa nova vida e ver no que vai dar essa coisa de dividir teto, vida, escovas de dente e felicidades.
Na volta de Buenos Aires eu conto o que aconteceu, tá?
O Dia D está chegando e as coisas vão andando como devem.
Diferente do que eu havia pensado, a tradicional entrega de convites não está sendo uma simples convocação das pessoas queridas para dividir os momentos de felicidade.
Nada mais longe disso. Estamos lidando com uma verdadeira operação de guerra, com táticas, estratégias e contagem de baixas.
Então vejamos: que tipo de atividade mediria tanto as consequências quanto o pensamento de convidar um parente e ter que enviar três ou quatro convites adicionais para que alguns agregados não fiquem melindrados e saiam falando mal da família e dos noivos?
Quer dizer, falar mal muitos vão, mas pelo menos queremos adiar isso até o dia da festa. Ou os dias posteriores onde o assunto da vez será o porre do noivo, a falta de educação do povo de São Paulo ou a audácia do DJ que fazia propostas indecorosas a todas as mulheres que se atreviam a pedir alguma música.
Mas como eu não sofro muito desse mal de agregados, todas as entregas de convites estão sendo acompanhadas de muito carinho e insistência para que o povo encare a estrada e se embrenhe no Triângulo.
Mesmo que a maioria das entregas esteja a cargo dos Correios (e do dinheiro do Marcos Valério), acho que o sentimento está chegando ao destinatário e as pessoas estão se sentindo valorizadas e incluídas.
Esse era o objetivo e fico feliz pelo nosso sucesso.
Falta pouco mais de um mês para segurar a tensão, ajeitar toda a nossa nova vida e ver no que vai dar essa coisa de dividir teto, vida, escovas de dente e felicidades.
Na volta de Buenos Aires eu conto o que aconteceu, tá?
sexta-feira, julho 15, 2005
MorumTRI
Pausa para um pouco de auto-elogio: o Tricolor é campeão da Libertadores!
Campeão, não. Tricampeão, o que não é para qualquer um!
Em uma prévia do que vai ser a Copa da Alemanha, nos reunimos na casa do Presidente e bebemoramos cada gol do São Paulo.
Foi uma festa entre amigos e tudo correu como se esperava.
Pena que os vagabundos aproveitaram para bagunçar as coisas na Paulista, mas isso acontece nas melhores torcidas.
Apesar do tom fascista, acredito que só a farta distribuição de borrachadas pelo Choque pode resolver esse tipo de situação.
Mas voltando à festa!
Foi lindo ver 70 mil gargantas gritando juntas e ovacionando Rogério Ceni, Luizão, Cicinho e companhia.
Valeu a tensão e a ressaca de hoje: é Campeão!
E agora, o Brasileiro!
Tricolor tricampeão
Pausa para um pouco de auto-elogio: o Tricolor é campeão da Libertadores!
Campeão, não. Tricampeão, o que não é para qualquer um!
Em uma prévia do que vai ser a Copa da Alemanha, nos reunimos na casa do Presidente e bebemoramos cada gol do São Paulo.
Foi uma festa entre amigos e tudo correu como se esperava.
Pena que os vagabundos aproveitaram para bagunçar as coisas na Paulista, mas isso acontece nas melhores torcidas.
Apesar do tom fascista, acredito que só a farta distribuição de borrachadas pelo Choque pode resolver esse tipo de situação.
Mas voltando à festa!
Foi lindo ver 70 mil gargantas gritando juntas e ovacionando Rogério Ceni, Luizão, Cicinho e companhia.
Valeu a tensão e a ressaca de hoje: é Campeão!
E agora, o Brasileiro!
Tricolor tricampeão
quinta-feira, julho 14, 2005
Inesperado
Acabei de deixar de ser pai.
Passei a noite em claro depois de receber a notícia de que a visita da minha mineira estava algumas semanas atrasada e fiquei morrendo de medo do resultado do exame que saiu agora há pouco.
Não dormi e coloquei o resultado na mão de Deus. Fosse qual fosse o resultado, decidi tratá-lo só depois da confirmação.
Não que adiantasse fazer algo diferente, mas é que precisei organizar as idéias para segurar a barra dela. O diabo é que não havia ninguém disponível para segurar a minha barra.
No caminho para o trabalho imaginei milhares de cenários da família aumentada.
Imaginei noites sem sono, olheiras abissais, escolha de padrinhos, aulas de natação e coisas afins.
Imaginei a minha mineira barriguda, com o air bag ainda maior e com desejos de comer mamão com feijão às 3 da manhã.
De tanto imaginar esqueci de verificar o resultado do exame.
A notícia no negativo veio para deixar as coisas claras e para adiar os exercícios de imaginação.
Agora teremos tempo para fazer as coisas no tempo certo e sem pressa. Não vamos precisar eliminar o computador e a cômoda de CDs para acomodar o berço e as fraldas.
Tudo voltou aos eixos e ela pode parar de chorar e de temer a reação dos pais.
Mas se tudo voltou a ser como era antes, por que fiquei com uma certa sensação de decepção na cabeça?
Será que a minha vontade de ter um labrador ao invés de um filho faz parte da minha fachada de mau?
Está aí uma coisa para se pensar. Mas só daqui a alguns anos.
Graças a Deus.
Acabei de deixar de ser pai.
Passei a noite em claro depois de receber a notícia de que a visita da minha mineira estava algumas semanas atrasada e fiquei morrendo de medo do resultado do exame que saiu agora há pouco.
Não dormi e coloquei o resultado na mão de Deus. Fosse qual fosse o resultado, decidi tratá-lo só depois da confirmação.
Não que adiantasse fazer algo diferente, mas é que precisei organizar as idéias para segurar a barra dela. O diabo é que não havia ninguém disponível para segurar a minha barra.
No caminho para o trabalho imaginei milhares de cenários da família aumentada.
Imaginei noites sem sono, olheiras abissais, escolha de padrinhos, aulas de natação e coisas afins.
Imaginei a minha mineira barriguda, com o air bag ainda maior e com desejos de comer mamão com feijão às 3 da manhã.
De tanto imaginar esqueci de verificar o resultado do exame.
A notícia no negativo veio para deixar as coisas claras e para adiar os exercícios de imaginação.
Agora teremos tempo para fazer as coisas no tempo certo e sem pressa. Não vamos precisar eliminar o computador e a cômoda de CDs para acomodar o berço e as fraldas.
Tudo voltou aos eixos e ela pode parar de chorar e de temer a reação dos pais.
Mas se tudo voltou a ser como era antes, por que fiquei com uma certa sensação de decepção na cabeça?
Será que a minha vontade de ter um labrador ao invés de um filho faz parte da minha fachada de mau?
Está aí uma coisa para se pensar. Mas só daqui a alguns anos.
Graças a Deus.
segunda-feira, julho 11, 2005
Ainda mais coisas
Faltou falar do final de temporada do CSI escrito e dirigido pelo Tarantino!
Apesar de engenhoso e chocante, sempre achei que o seriado era meio devagar ao mostrar os peritos como deuses intocáveis e praticamente infalíveis. Era legal mas deixa uma sensação de "é só isso?" típica de beijos de baile de Carnaval e transas de uma só noite.
Os CSI
O doidão
Colocar o Grissom e a turma toda na mão do nerd mor quase causou a ruína do seriado, não no sentido de falta de qualidade (muito pelo contrário), mas sim pela falta de personagens vivos.
Por pouco o Nick não vai para o saco e o Grissom também.
Mas no final, depois de muito sangue, coisas escabrosas e tensão, o Grissom tirou um camelo da cartola e todo mundo ficou feliz. Quer dizer, o Nick ficou meio abobado, mas isso passa até a próxima temporada.
E finalmente comecei a ler o tal "Código Da Vinci".
A badalação em volta do livro já me deixava meio desconfiado, mas como foi um presente do meu velho, resolvi dar uma chance ao gênero.
O dito cujo
Por enquanto está sendo uma árdua tarefa enfrentar os clichês e driblar as frases já usadas antes. O tema até que é interessante, mas eu me acostumei tanto com as escritas pop do Takeda, da Clarah e do Hornby, que é difícil engolir certas formas de escrever. Mas em nome do agrado ao meu pai, vou chegar ao fim da tortura, mesmo que demore e doa.
E deixa eu terminar o post logo por que tenho algumas coisas para fazer antes que o "Life as we know it" comece.
Faltou falar do final de temporada do CSI escrito e dirigido pelo Tarantino!
Apesar de engenhoso e chocante, sempre achei que o seriado era meio devagar ao mostrar os peritos como deuses intocáveis e praticamente infalíveis. Era legal mas deixa uma sensação de "é só isso?" típica de beijos de baile de Carnaval e transas de uma só noite.
Os CSI
O doidão
Colocar o Grissom e a turma toda na mão do nerd mor quase causou a ruína do seriado, não no sentido de falta de qualidade (muito pelo contrário), mas sim pela falta de personagens vivos.
Por pouco o Nick não vai para o saco e o Grissom também.
Mas no final, depois de muito sangue, coisas escabrosas e tensão, o Grissom tirou um camelo da cartola e todo mundo ficou feliz. Quer dizer, o Nick ficou meio abobado, mas isso passa até a próxima temporada.
E finalmente comecei a ler o tal "Código Da Vinci".
A badalação em volta do livro já me deixava meio desconfiado, mas como foi um presente do meu velho, resolvi dar uma chance ao gênero.
O dito cujo
Por enquanto está sendo uma árdua tarefa enfrentar os clichês e driblar as frases já usadas antes. O tema até que é interessante, mas eu me acostumei tanto com as escritas pop do Takeda, da Clarah e do Hornby, que é difícil engolir certas formas de escrever. Mas em nome do agrado ao meu pai, vou chegar ao fim da tortura, mesmo que demore e doa.
E deixa eu terminar o post logo por que tenho algumas coisas para fazer antes que o "Life as we know it" comece.
terça-feira, julho 05, 2005
O que mais existe
Acho que chegou a hora de dar um tempo nas coisas do casório e de falar um pouco mais sobre o que tem rolado nesta minha vida (de vez em quando besta).
Não que eu não sinta vontade de descrever até as minúcias do processo de mudança de posição do varal suspenso, mas é que as coisas podem acabar meio sem sentido para quem não as está vivendo. É uma pequena mas necessária concessão, por isso vamos aos fatos.
Seguindo as recomendações da Ginger, comecei a assistir ao seriado "Life as we know it" na Sony.
A estória parece mais uma versão de Barrados no Baile, só que desta vez rola muito mais sexo e revolução. Mas as músicas....
A Ginger tinha razão: parece uma reunião de classe do alternativo americano (seria mundial??). Para o meu gosto, uma delícia.
E ainda tem aquela professora que encanou com o Ben!! Como diria um certo apresentador narigudo: loucura, loucura, loucura!!
Marguerite Moreau, a professora
Em outra área da cultura, esgotei a bibliografia da Clarah Averbuck.
Li o "Vida de gato" e "Das coisas esquecidas atrás da estante" enquanto mofava na sala de espera de Congonhas e sou obrigado a confessar uma coisa: gostei mais do primeiro.
Espero que a Clarah tenha algum intervalo na sua atual carreira musical para publicar um bom livro novo. Parece que ele já está terminado e só falta arrumar uma editora. "Haja o que hajar" vou aguardar, comprar e devorar, afinal de contas, a Clarah é sempre uma delícia, mesmo que me pareça pessimista demais de vez em quando.
O segundo
Jazzie e os Vendidos: Clarah e sua música
O terceiro e mais recente
Uma outra coisa que merece registro é o tratamento VIP que eu e meus amigos voltamos a ter no Tranvia.
É certo que conhecemos o dono, que ele costumava jogar na piscina um dos meus amigos quando ele era criança, que sempre deixamos contas astromômicas no lugar e coisa e tal, mas não precisava ter nos presenteado com uma garrafa inteira de grappa mel!
A coitadinha da garrafa quase não sobreviveu ao almoço e nós também fomos na onda.
Não é a toa que o sábado quase terminou no hospital por conta de um acidente intestinal.
Bom, como achei que este intervalo ficou meio sem graça e desinteressante, no próximo post volto a falar de alguma coisa do casório ou do apê.
Soory folks!
Acho que chegou a hora de dar um tempo nas coisas do casório e de falar um pouco mais sobre o que tem rolado nesta minha vida (de vez em quando besta).
Não que eu não sinta vontade de descrever até as minúcias do processo de mudança de posição do varal suspenso, mas é que as coisas podem acabar meio sem sentido para quem não as está vivendo. É uma pequena mas necessária concessão, por isso vamos aos fatos.
Seguindo as recomendações da Ginger, comecei a assistir ao seriado "Life as we know it" na Sony.
A estória parece mais uma versão de Barrados no Baile, só que desta vez rola muito mais sexo e revolução. Mas as músicas....
A Ginger tinha razão: parece uma reunião de classe do alternativo americano (seria mundial??). Para o meu gosto, uma delícia.
E ainda tem aquela professora que encanou com o Ben!! Como diria um certo apresentador narigudo: loucura, loucura, loucura!!
Marguerite Moreau, a professora
Em outra área da cultura, esgotei a bibliografia da Clarah Averbuck.
Li o "Vida de gato" e "Das coisas esquecidas atrás da estante" enquanto mofava na sala de espera de Congonhas e sou obrigado a confessar uma coisa: gostei mais do primeiro.
Espero que a Clarah tenha algum intervalo na sua atual carreira musical para publicar um bom livro novo. Parece que ele já está terminado e só falta arrumar uma editora. "Haja o que hajar" vou aguardar, comprar e devorar, afinal de contas, a Clarah é sempre uma delícia, mesmo que me pareça pessimista demais de vez em quando.
O segundo
Jazzie e os Vendidos: Clarah e sua música
O terceiro e mais recente
Uma outra coisa que merece registro é o tratamento VIP que eu e meus amigos voltamos a ter no Tranvia.
É certo que conhecemos o dono, que ele costumava jogar na piscina um dos meus amigos quando ele era criança, que sempre deixamos contas astromômicas no lugar e coisa e tal, mas não precisava ter nos presenteado com uma garrafa inteira de grappa mel!
A coitadinha da garrafa quase não sobreviveu ao almoço e nós também fomos na onda.
Não é a toa que o sábado quase terminou no hospital por conta de um acidente intestinal.
Bom, como achei que este intervalo ficou meio sem graça e desinteressante, no próximo post volto a falar de alguma coisa do casório ou do apê.
Soory folks!
terça-feira, junho 28, 2005
Tudo pronto
Me disseram que não daria para começar com a casa toda montada.
Tentaram me convencer de que todo mundo agia assim e que era besteira remar contra a maré.
Foram muito eficientes ao apresentar a idéia de que viver no cheque especial era normal e que não adiantava se estressar por conta disso.
Falaram um monte de coisas, mas se esqueceram de incluir a minha mineira na lavagem cerebral.
Como ela não sabia que não era possível, foi lá e fez. E muito bem feito por sinal.
Isso significa que vamos nos mudar com a casa toda montada e mobiliada e com os bolsos praticamente vazios. Sem grana mas sem dívidas e é isso que a gente queria.
Vamos voltar de viagem para organizar as coisas da casa e não para correr atrás delas.
Se não der vontade de fazer nada, vamos nos sentar no sofá e ver um DVD. O melhor disso é que teremos um sofá. E um DVD.
Teremos uma casa como manda o figurino e eu poderei conservar meus rins e meus outros órgãos para outra ocasião em que tenhamos que levantar uma grana.
Cada vez temos mais certeza de que vamos começar com o pé direito.
Até alguns centímetros quadrados para decoração nós teremos!
Como diria o SS: isto é incrível, principalmente se pensarmos que alguns meses atrás não sabíamos nem por onde começar a procurar.
Não sabíamos nem brincar de casinha, quanto mais organizar as coisas que uma casa decente tem que ter.
O máximo de organização doméstica que eu conhecia era arrumar a mesa para o almoço de domingo.
Estamos indo bem e temos a impressão de que vai ficar melhor ainda.
Só espero que não sigamos as tradições familiares de ambos e acabemos sucumbindo às lembrancinhas das viagens. Por que de tranqueira naquele apêzinho, já basta eu.
Me disseram que não daria para começar com a casa toda montada.
Tentaram me convencer de que todo mundo agia assim e que era besteira remar contra a maré.
Foram muito eficientes ao apresentar a idéia de que viver no cheque especial era normal e que não adiantava se estressar por conta disso.
Falaram um monte de coisas, mas se esqueceram de incluir a minha mineira na lavagem cerebral.
Como ela não sabia que não era possível, foi lá e fez. E muito bem feito por sinal.
Isso significa que vamos nos mudar com a casa toda montada e mobiliada e com os bolsos praticamente vazios. Sem grana mas sem dívidas e é isso que a gente queria.
Vamos voltar de viagem para organizar as coisas da casa e não para correr atrás delas.
Se não der vontade de fazer nada, vamos nos sentar no sofá e ver um DVD. O melhor disso é que teremos um sofá. E um DVD.
Teremos uma casa como manda o figurino e eu poderei conservar meus rins e meus outros órgãos para outra ocasião em que tenhamos que levantar uma grana.
Cada vez temos mais certeza de que vamos começar com o pé direito.
Até alguns centímetros quadrados para decoração nós teremos!
Como diria o SS: isto é incrível, principalmente se pensarmos que alguns meses atrás não sabíamos nem por onde começar a procurar.
Não sabíamos nem brincar de casinha, quanto mais organizar as coisas que uma casa decente tem que ter.
O máximo de organização doméstica que eu conhecia era arrumar a mesa para o almoço de domingo.
Estamos indo bem e temos a impressão de que vai ficar melhor ainda.
Só espero que não sigamos as tradições familiares de ambos e acabemos sucumbindo às lembrancinhas das viagens. Por que de tranqueira naquele apêzinho, já basta eu.
segunda-feira, junho 20, 2005
Contando nos dedos
Faltam cerca de 75 dias para o grande dia.
Dois meses e meio para revolucionar minha vida e virar de cabeça para baixo tudo aquilo que eu vi, fiz e conheci.
Provavelmente o tempo de gestação de sagüi equatorial até que eu vire um novo e feliz encoleirado.
Ou será que não?
Não gosto dessa visão restritiva, revolucionária e Shivatorial das coisas.
O neologismo aqui significaria a destruição e reconstrução da realidade por parte de Shiva, o deus purificador dos hindus.
Shiva, o destruidor
Pensando bem, não creio em nada tão definitivo.
Vai ser duro, eu sei, mas não vai ser a morte conviver 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, sabe Deus quantos anos, tudo com uma mesma pessoa.
Tenho certeza que teremos nossos arranca-rabos, nossas tensões, nossas brigas homéricas, mas tudo deve ter um caráter de compartilhamento, de parceria.
Não vai dar mais para dizer que vai para casa e deixar o outro plantado no bar ou na fila do cinema.
Se bem que nossa realidade de 600km de problemas nunca nos permitiu esse tipo de explosão, mas acho que deu para entender o sentido da frase.
A paciência terá que ser maior, a compreensão terá que existir, a concessão vai ter que dar as caras. Tudo em nome de um treco que estamos a fim de construir.
Não seremos mais dois namorados. À partir do começo de Setembro seremos um casal e teremos que encarar isso como se deve.
Ou então nem começamos. Se não vamos brincar direito, melhor nem começar.
Mas acho que estamos indo no caminho certo.
Gosto de contar nosso relacionamento em quilômetros, não em dias. Por que se balizarmos da forma tradicional, chegaremos à conclusão que não nos conhecemos e que é loucura casar.
Ao invés disso digo que já rodamos muitos milhares de quilômetros juntos e que isso não dá nem para a saída.
Ainda temos muito o que rodar e vamos fazer isso juntos.
E que venham Shiva, Kali, Ganesh e Vishnu. A gente mata no peito (nisso ela tem nítida vantagem sobre mim) e manda a bola para o mato.
Por casório é mais importante do que campeonato.
Vishnu, o mais fodão
Kali, fazendo o seu melhor
Ganesh, o mais popular
Faltam cerca de 75 dias para o grande dia.
Dois meses e meio para revolucionar minha vida e virar de cabeça para baixo tudo aquilo que eu vi, fiz e conheci.
Provavelmente o tempo de gestação de sagüi equatorial até que eu vire um novo e feliz encoleirado.
Ou será que não?
Não gosto dessa visão restritiva, revolucionária e Shivatorial das coisas.
O neologismo aqui significaria a destruição e reconstrução da realidade por parte de Shiva, o deus purificador dos hindus.
Shiva, o destruidor
Pensando bem, não creio em nada tão definitivo.
Vai ser duro, eu sei, mas não vai ser a morte conviver 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, sabe Deus quantos anos, tudo com uma mesma pessoa.
Tenho certeza que teremos nossos arranca-rabos, nossas tensões, nossas brigas homéricas, mas tudo deve ter um caráter de compartilhamento, de parceria.
Não vai dar mais para dizer que vai para casa e deixar o outro plantado no bar ou na fila do cinema.
Se bem que nossa realidade de 600km de problemas nunca nos permitiu esse tipo de explosão, mas acho que deu para entender o sentido da frase.
A paciência terá que ser maior, a compreensão terá que existir, a concessão vai ter que dar as caras. Tudo em nome de um treco que estamos a fim de construir.
Não seremos mais dois namorados. À partir do começo de Setembro seremos um casal e teremos que encarar isso como se deve.
Ou então nem começamos. Se não vamos brincar direito, melhor nem começar.
Mas acho que estamos indo no caminho certo.
Gosto de contar nosso relacionamento em quilômetros, não em dias. Por que se balizarmos da forma tradicional, chegaremos à conclusão que não nos conhecemos e que é loucura casar.
Ao invés disso digo que já rodamos muitos milhares de quilômetros juntos e que isso não dá nem para a saída.
Ainda temos muito o que rodar e vamos fazer isso juntos.
E que venham Shiva, Kali, Ganesh e Vishnu. A gente mata no peito (nisso ela tem nítida vantagem sobre mim) e manda a bola para o mato.
Por casório é mais importante do que campeonato.
Vishnu, o mais fodão
Kali, fazendo o seu melhor
Ganesh, o mais popular
sábado, junho 11, 2005
Début
Em alguns rituais humanos, a primeira vez tem um significado todo especial, uma magia que não se repete depois, uma expectativa que não encontra similar.
Foi assim na experiência do beijo, na descoberta do sexo e na primeira vez que quase me matei em uma batida de carro.
Foi assim também na primeira vez que fiz amor com a minha mineira dentro da nossa casa. Mesmo que ainda seja só o piso e as paredes, aquela será a nossa casa e hoje foi a nossa primeira vez.
Mesmo que eu não prime por uma imaginação privilegiada, até que a produção que fiz surtiu o efeito desejado. E como ela está a 600km de conseguir acompanhar minhas maquinações para datas especiais, ficou mais tranquilo preparar tudo com calma.
Aproveitei que hoje era véspera do Dia dos Namorados e que completávamos 3 anos e cinco meses juntos para fazer uma pequena supresa: correndo o risco de ser atropelado pela lista de presentes, comprei uma TV e um DVD para a nossa casa.
Comprei também um celular para que a gente possa conversar evitando o miserento do interurbano.
Antes de montar os apetrechos, levei minha mãe até lá e demos um tapa na sujeira mais pesada da sala e do banheiro. A cozinha ficou para uma próxima.
Depois ajeitei a TV, o DVD e o celular de um jeito que ela precisasse estar dentro da sala para ver toda a montagem. Levei também um colchão, duas garrafas de vinho (tinto) e duas taças. Os apetrechos para banho e higiene pessoal ficaram no outro quarto só para complementar os acertos.
A idéia era que ela visse o apê pronto (pós-pintura e colocação do piso) pela primeira vez e já encontrasse os presentes de namorado.
Depois de uma manhã cheia de compromissos pré-casório, fomos até o apê com o pretexto de visitá-lo. Até então ela apenas desconfiava do que eu havia preparado.
O resultado não poderia ter sido melhor. Aliás, poderia ter melhorado sim, se não estivéssemos novamente pressionados pelo tempo.
Mas como isso é inevitável a esta altura do campeonato, curtimos um monte e o sorriso não deixou o rosto da minha mineira até o momento em que a deixei na casa da tia.
Tudo funcionou bem, como espero que nossa vida seja.
A produção, apesar de simples, deu resultado. Ela gostou, eu gostei, fizemos amor e planos. E amor e planos é o que mais precisamos neste momento.
Por que do resto a gente corre atrás.
Em alguns rituais humanos, a primeira vez tem um significado todo especial, uma magia que não se repete depois, uma expectativa que não encontra similar.
Foi assim na experiência do beijo, na descoberta do sexo e na primeira vez que quase me matei em uma batida de carro.
Foi assim também na primeira vez que fiz amor com a minha mineira dentro da nossa casa. Mesmo que ainda seja só o piso e as paredes, aquela será a nossa casa e hoje foi a nossa primeira vez.
Mesmo que eu não prime por uma imaginação privilegiada, até que a produção que fiz surtiu o efeito desejado. E como ela está a 600km de conseguir acompanhar minhas maquinações para datas especiais, ficou mais tranquilo preparar tudo com calma.
Aproveitei que hoje era véspera do Dia dos Namorados e que completávamos 3 anos e cinco meses juntos para fazer uma pequena supresa: correndo o risco de ser atropelado pela lista de presentes, comprei uma TV e um DVD para a nossa casa.
Comprei também um celular para que a gente possa conversar evitando o miserento do interurbano.
Antes de montar os apetrechos, levei minha mãe até lá e demos um tapa na sujeira mais pesada da sala e do banheiro. A cozinha ficou para uma próxima.
Depois ajeitei a TV, o DVD e o celular de um jeito que ela precisasse estar dentro da sala para ver toda a montagem. Levei também um colchão, duas garrafas de vinho (tinto) e duas taças. Os apetrechos para banho e higiene pessoal ficaram no outro quarto só para complementar os acertos.
A idéia era que ela visse o apê pronto (pós-pintura e colocação do piso) pela primeira vez e já encontrasse os presentes de namorado.
Depois de uma manhã cheia de compromissos pré-casório, fomos até o apê com o pretexto de visitá-lo. Até então ela apenas desconfiava do que eu havia preparado.
O resultado não poderia ter sido melhor. Aliás, poderia ter melhorado sim, se não estivéssemos novamente pressionados pelo tempo.
Mas como isso é inevitável a esta altura do campeonato, curtimos um monte e o sorriso não deixou o rosto da minha mineira até o momento em que a deixei na casa da tia.
Tudo funcionou bem, como espero que nossa vida seja.
A produção, apesar de simples, deu resultado. Ela gostou, eu gostei, fizemos amor e planos. E amor e planos é o que mais precisamos neste momento.
Por que do resto a gente corre atrás.
sábado, junho 04, 2005
A geladeira
Sempre quis começar uma estória da maneira clássica, portanto lá vai...
Era uma vez uma geladeira.
Uma geladeira classuda, de estirpe e de boa formação.
E era uma vez um apartamento. Pequeno, proletário, mas valente.
Sem muita contribuição do acaso, um dia as vidas deles se cruzaram e o resultado quase acabou em tragédia: ela era grande demais e achava que ele não daria conta.
Tiros foram disparados, dentes foram cuspidos e noites de amor foram prejudicadas pelo simples fato dela ter chegado primeiro e do melindre que causaria a sua troca por duas de 220 (litros).
Felizmente, quando já não havia esperança, surgiu a salvadora da pátria, a fada-madrinha, a mais sábia de todas, a infalível trena e sua intervenção mágica que provou que eles eram compatíveis.
E tudo acabou bem. Com a geladeira, com o apartamento e com os pobres futuros moradores que quase se pegaram de tapa, em nome do amor por cada um dos seus protegidos.
E foram felizes para sempre.
Esta foi a forma que encontrei de atender ao pedido da Sylvia e falar um pouco da minha futura cozinha.
Espero que agora você fique mais feliz ao ler os posts, Sylvia.
Sempre quis começar uma estória da maneira clássica, portanto lá vai...
Era uma vez uma geladeira.
Uma geladeira classuda, de estirpe e de boa formação.
E era uma vez um apartamento. Pequeno, proletário, mas valente.
Sem muita contribuição do acaso, um dia as vidas deles se cruzaram e o resultado quase acabou em tragédia: ela era grande demais e achava que ele não daria conta.
Tiros foram disparados, dentes foram cuspidos e noites de amor foram prejudicadas pelo simples fato dela ter chegado primeiro e do melindre que causaria a sua troca por duas de 220 (litros).
Felizmente, quando já não havia esperança, surgiu a salvadora da pátria, a fada-madrinha, a mais sábia de todas, a infalível trena e sua intervenção mágica que provou que eles eram compatíveis.
E tudo acabou bem. Com a geladeira, com o apartamento e com os pobres futuros moradores que quase se pegaram de tapa, em nome do amor por cada um dos seus protegidos.
E foram felizes para sempre.
Esta foi a forma que encontrei de atender ao pedido da Sylvia e falar um pouco da minha futura cozinha.
Espero que agora você fique mais feliz ao ler os posts, Sylvia.
segunda-feira, maio 30, 2005
Corações grandes
Era uma casa comum na Vila Maria, lá nos confins da ZN.
É fácil falar em distâncias agora que moro perto de tudo, mas na época da faculdade, aquela casa era o destino de quase todos nós. Apenas algumas ovelhas desgarradas não gostavam de ficar por lá, mas isso tem a ver com gostos e personalidades e não vem ao caso neste momento.
A casa do pequeno Zé era nossa base, nosso ponto de lançamento, nossa origem.
E tinha mesmo que ser assim. Afinal de contas, dezenas de pessoas gravitavam em torno daquela travessa da Guilherme Cotching.
Analisando as coisas com calma, acho que foi o mais próximo que cheguei de ter uma família numerosa.
E que família era aquela!
Além dos quatro ou cinco futuros engenheiros, a casa do pequeno Zé contava com uma infinidade de irmãos, parentes e agregados, bem ao estilo fértil da terra de origem de alguns deles. Afinal de contas, na Bahia ter família pequena não tem graça.
Nossos encontros eram típicos de moleques de classe média que chegavam lá de ônibus e que almoçavam esfihas enquanto tentavam estudar para as intermináveis provas.
A menção à tentativa é obrigatória já que alguns de nós adoravam abandonar a mesa de estudos e brigar contra o Koppa no bendito Super Mario Bros 4. Nunca consegui ir muito longe naquele jogo e acho que foi por isso que consegui passar pela Engenharia sem nenhuma DP.
Super Mario Bros. 4
Na verdade, até os jogadores contumazes sobreviveram ao curso, não sem cicatrizes, é verdade, mas o importante foi terminar e se livrar daquilo.
Mas o ponto aqui não é falar dos desesperos, das colas, das esfihas e das intermináveis risadas que inevitavelmente surgiam em meio ao stress.
Quero falar do pequeno Zé e do seu grande coração.
Quero falar do pequeno Zé que serviu de cupido para o meu primeiro grande amor.
Que serviu de irmão quando a barra estava pesada.
Que serviu de professor quando não havia mais para onde ir.
Que errou quase tanto quanto eu em relacionamentos, até encontrar a porta certa e entrar com convicção.
Que assombrava a todos com os vôos na quadra de vôlei.
Que não me socou quando o chamei de Incrível Hulk no primeiro dia que o vi de lentes de contato verdes.
Que não anotava uma linha sequer durante as aulas, mas conseguia nos explicar detalhes da matéria que nem sabíamos que existiam.
Que nos emprestou a casa e os recursos para o medíocre TCC que deveria ter nos reprovado, mas milagrosamente não o fez.
Que sempre gostou de famílias grandes e vai ter que me inspirar na minha nova vida.
Esse é o pequeno Zé. Esse é o nosso Zé. Esse vai ser sempre o grande Zé.
Espero que suas intermináveis viagens te levem para o caminho da felicidade, já que não há como dizer que você merece menos do que isso.
E se houver algum tropeço, basta assoviar e todos nós estaremos lá para te ajudar a levantar. É o mínimo que podemos fazer para agradecer.
Era uma casa comum na Vila Maria, lá nos confins da ZN.
É fácil falar em distâncias agora que moro perto de tudo, mas na época da faculdade, aquela casa era o destino de quase todos nós. Apenas algumas ovelhas desgarradas não gostavam de ficar por lá, mas isso tem a ver com gostos e personalidades e não vem ao caso neste momento.
A casa do pequeno Zé era nossa base, nosso ponto de lançamento, nossa origem.
E tinha mesmo que ser assim. Afinal de contas, dezenas de pessoas gravitavam em torno daquela travessa da Guilherme Cotching.
Analisando as coisas com calma, acho que foi o mais próximo que cheguei de ter uma família numerosa.
E que família era aquela!
Além dos quatro ou cinco futuros engenheiros, a casa do pequeno Zé contava com uma infinidade de irmãos, parentes e agregados, bem ao estilo fértil da terra de origem de alguns deles. Afinal de contas, na Bahia ter família pequena não tem graça.
Nossos encontros eram típicos de moleques de classe média que chegavam lá de ônibus e que almoçavam esfihas enquanto tentavam estudar para as intermináveis provas.
A menção à tentativa é obrigatória já que alguns de nós adoravam abandonar a mesa de estudos e brigar contra o Koppa no bendito Super Mario Bros 4. Nunca consegui ir muito longe naquele jogo e acho que foi por isso que consegui passar pela Engenharia sem nenhuma DP.
Super Mario Bros. 4
Na verdade, até os jogadores contumazes sobreviveram ao curso, não sem cicatrizes, é verdade, mas o importante foi terminar e se livrar daquilo.
Mas o ponto aqui não é falar dos desesperos, das colas, das esfihas e das intermináveis risadas que inevitavelmente surgiam em meio ao stress.
Quero falar do pequeno Zé e do seu grande coração.
Quero falar do pequeno Zé que serviu de cupido para o meu primeiro grande amor.
Que serviu de irmão quando a barra estava pesada.
Que serviu de professor quando não havia mais para onde ir.
Que errou quase tanto quanto eu em relacionamentos, até encontrar a porta certa e entrar com convicção.
Que assombrava a todos com os vôos na quadra de vôlei.
Que não me socou quando o chamei de Incrível Hulk no primeiro dia que o vi de lentes de contato verdes.
Que não anotava uma linha sequer durante as aulas, mas conseguia nos explicar detalhes da matéria que nem sabíamos que existiam.
Que nos emprestou a casa e os recursos para o medíocre TCC que deveria ter nos reprovado, mas milagrosamente não o fez.
Que sempre gostou de famílias grandes e vai ter que me inspirar na minha nova vida.
Esse é o pequeno Zé. Esse é o nosso Zé. Esse vai ser sempre o grande Zé.
Espero que suas intermináveis viagens te levem para o caminho da felicidade, já que não há como dizer que você merece menos do que isso.
E se houver algum tropeço, basta assoviar e todos nós estaremos lá para te ajudar a levantar. É o mínimo que podemos fazer para agradecer.
segunda-feira, maio 23, 2005
Fluxo de caixa
Nova fase da vida de adulto!
Agora que tenho as chaves do castelo, passo a precisar adaptá-lo aos meus desejos e deixá-lo com a minha cara. Ou melhor, com a cara da minha mineira, já que quem manda é ela e quem paga sou eu. Uma verdadeira samambaia proletária, usando os termos que aprendi recentemente para definir a participação decorativa do noivo.
Posso entrar livremente no apê há umas 48 horas e tenho exercido meu direito plenamente.
Já levei o pintor e o "cara dos pisos" para saber o tamanho da facada que vou levar. Já levei uma escada que fez o meu "DIStruído" parecer um carro de bombeiros.
Já gastei os olhos da cara com tintas, torneiras e chuveiro, coisas que o antigo proprietário faz questão de levar com ele. Não sei se eu teria esse apego às coisas, mas ele está no seu direito. Que leve!
Se ele pudesse levar a cortina da sala, eu agradeceria.
Aos poucos o castelo vai ficando habitável.
Daqui a pouco chega o colchão, o armário e a cama. Depois temos que correr atrás das coisas da sala e finalmente aproveitar a casinha nova.
Sim, por que aquele lugar só vai se transformar em lar quando Setembro chegar.
Aí seremos só nós três: eu, a minha mineira e o castelo.
Pensando bem: salve-se quem puder!
Nova fase da vida de adulto!
Agora que tenho as chaves do castelo, passo a precisar adaptá-lo aos meus desejos e deixá-lo com a minha cara. Ou melhor, com a cara da minha mineira, já que quem manda é ela e quem paga sou eu. Uma verdadeira samambaia proletária, usando os termos que aprendi recentemente para definir a participação decorativa do noivo.
Posso entrar livremente no apê há umas 48 horas e tenho exercido meu direito plenamente.
Já levei o pintor e o "cara dos pisos" para saber o tamanho da facada que vou levar. Já levei uma escada que fez o meu "DIStruído" parecer um carro de bombeiros.
Já gastei os olhos da cara com tintas, torneiras e chuveiro, coisas que o antigo proprietário faz questão de levar com ele. Não sei se eu teria esse apego às coisas, mas ele está no seu direito. Que leve!
Se ele pudesse levar a cortina da sala, eu agradeceria.
Aos poucos o castelo vai ficando habitável.
Daqui a pouco chega o colchão, o armário e a cama. Depois temos que correr atrás das coisas da sala e finalmente aproveitar a casinha nova.
Sim, por que aquele lugar só vai se transformar em lar quando Setembro chegar.
Aí seremos só nós três: eu, a minha mineira e o castelo.
Pensando bem: salve-se quem puder!
terça-feira, maio 17, 2005
Famílias?!?! Bah!!!
Sempre tive uma teoria acerca de famílias e a balbúrdia que rola quando ela se encontra. É claro que essa teoria está baseada inteiramente no fato das comemorações marcantes na minha casa contarem com, no máximo, cinco pessoas e meia, mas isso não vem (muito) ao caso.
O fato é que sempre fiquei meio incomodado com a gritaria e com a interferência associada à presença constante da família.
Infelizmente para os meus costumes, o relacionamento com a minha mineira é realmente o pesadelo dos sociopatas: família grande, unida e barulhenta!
Sempre acabo com dor de cabeça quando passo o Natal com eles e apesar do esforço supremo para controlar meus instintos, não consigo evitar a vontade de arrancar as unhas de uns dois ou três com um alicate de ponta.
Recentemente rolou um incidente que jogou por terra todo o esforço de meditação que andei fazendo para me acostumar com a presença da família. Bastou um quase-parente me atravessar a frente para que tudo fosse para o ralo.
Mas o que eu poderia esperar de um (con)cunhado.
Nunca foi tão verdadeira a sabedoria popular que diz que se fosse bom não começaria com "cu".
E olha que ele ainda nem fez nada de tão ruim.
Na verdade foi o contrário. Foi o que ele não fez e ameaçou fazer que entornou o caldo
Mas ainda há esperança. Infelizmente não participarei do próximo movimento, mas estou fazendo um trabalho intenso para treinar a minha mineira e passar ao menos um pouco da minha experiência em lidar com conflitos: basta pisar na cabeça e está tudo pronto.
Na real, espero que ela não me dê ouvidos e que resolva tudo com diálogo.
Afinal de contas, uma festa de casamento passa logo, mas uma família fica.
Feliz ou infelizmente, família a gente não escolhe, lamenta!
E tudo por que ele quer definir o horário de término da festa!
Ah, se eu pego o miserento!
Sempre tive uma teoria acerca de famílias e a balbúrdia que rola quando ela se encontra. É claro que essa teoria está baseada inteiramente no fato das comemorações marcantes na minha casa contarem com, no máximo, cinco pessoas e meia, mas isso não vem (muito) ao caso.
O fato é que sempre fiquei meio incomodado com a gritaria e com a interferência associada à presença constante da família.
Infelizmente para os meus costumes, o relacionamento com a minha mineira é realmente o pesadelo dos sociopatas: família grande, unida e barulhenta!
Sempre acabo com dor de cabeça quando passo o Natal com eles e apesar do esforço supremo para controlar meus instintos, não consigo evitar a vontade de arrancar as unhas de uns dois ou três com um alicate de ponta.
Recentemente rolou um incidente que jogou por terra todo o esforço de meditação que andei fazendo para me acostumar com a presença da família. Bastou um quase-parente me atravessar a frente para que tudo fosse para o ralo.
Mas o que eu poderia esperar de um (con)cunhado.
Nunca foi tão verdadeira a sabedoria popular que diz que se fosse bom não começaria com "cu".
E olha que ele ainda nem fez nada de tão ruim.
Na verdade foi o contrário. Foi o que ele não fez e ameaçou fazer que entornou o caldo
Mas ainda há esperança. Infelizmente não participarei do próximo movimento, mas estou fazendo um trabalho intenso para treinar a minha mineira e passar ao menos um pouco da minha experiência em lidar com conflitos: basta pisar na cabeça e está tudo pronto.
Na real, espero que ela não me dê ouvidos e que resolva tudo com diálogo.
Afinal de contas, uma festa de casamento passa logo, mas uma família fica.
Feliz ou infelizmente, família a gente não escolhe, lamenta!
E tudo por que ele quer definir o horário de término da festa!
Ah, se eu pego o miserento!
sexta-feira, maio 06, 2005
Construindo
Minha primeira experiência com reformas de casas aconteceu logo depois da minha mãe comprar o apê onde moramos hoje.
Não participei diretamente das escolhas ou pesquisas, mas pude sujar os pés no pó pré-pintura e entupir os brônquios com o cheiro do cascolac recém passado.
Minha velha deve ter batido tanta perna para achar as melhores ofertas de materiais para a reforma, que só isso já deve ter garantido uma forma digna de um maratonista amador.
Digo isso por que agora que chegou a minha vez de comprar um apê, não cabe mais a ela a responsabilidade de tornar o lugar habitável. Na verdade, é um pouco mais do que isso. A idéia é fazer daquele apartamento um lar.
Putz, parecee que foi ontem que a minha única preocupação em casa era deixar o futebol a tempo de tomar uma ducha e esperar o rango sair. Era simples demais ser dependente e não opinar.
Agora que estou virando gente grande, não dá mais para fugir da raia.
Ainda bem que a minha suprema nerdice me ajudou e eu acabei comprando um lugar que dispensa grandes mudanças. Eu e a minha mineira só temos que acertas umas coisinhas e já começar a montar aquela que será a nossa casa.
Na verdade, assim como acontece com as decisões da cerimônia, também no apê as escolhas ficam mais por conta dela. Basicamente as escolhas, diga-se de passagem, já que a ralação pela busca de fornecedores ficou toda na minha mão.
Não tinha como ser diferente já que ela está a mais km de distância do que seria recomendável para agendar uma reunião ou uma troca de informações.
Por conta de tudo isso, comecei a entender a diferença entre carpete de madeira e piso laminado, entre compensado e aglomerado e entre grifes e trabalhos quase artesanais.
Tenho conversado com tantos marceneiros, que daqui a pouco vou eu mesmo comprar umas tábuas e sair montando as gavetas e prateleiras que a minha mineira quer.
Até ajuda profissional nós recebemos já que a minha cunhada andou fazendo alguns desenhos para guiar nossas escolhas. Alguns desses desenhos são fisicamente impossíveis de realizar, mas o que vale a intenção.
Na balada atual, não termino a semana que vem sem os nomes definitivos dos fornecedores e tenho boas chances de ver Agosto chegar já com o apê prontinho da silva.
Vai ser legal e assustador ao mesmo tempo, mas cara feia para mim sempre foi sinal de fome.
Venha!!!!!
Minha primeira experiência com reformas de casas aconteceu logo depois da minha mãe comprar o apê onde moramos hoje.
Não participei diretamente das escolhas ou pesquisas, mas pude sujar os pés no pó pré-pintura e entupir os brônquios com o cheiro do cascolac recém passado.
Minha velha deve ter batido tanta perna para achar as melhores ofertas de materiais para a reforma, que só isso já deve ter garantido uma forma digna de um maratonista amador.
Digo isso por que agora que chegou a minha vez de comprar um apê, não cabe mais a ela a responsabilidade de tornar o lugar habitável. Na verdade, é um pouco mais do que isso. A idéia é fazer daquele apartamento um lar.
Putz, parecee que foi ontem que a minha única preocupação em casa era deixar o futebol a tempo de tomar uma ducha e esperar o rango sair. Era simples demais ser dependente e não opinar.
Agora que estou virando gente grande, não dá mais para fugir da raia.
Ainda bem que a minha suprema nerdice me ajudou e eu acabei comprando um lugar que dispensa grandes mudanças. Eu e a minha mineira só temos que acertas umas coisinhas e já começar a montar aquela que será a nossa casa.
Na verdade, assim como acontece com as decisões da cerimônia, também no apê as escolhas ficam mais por conta dela. Basicamente as escolhas, diga-se de passagem, já que a ralação pela busca de fornecedores ficou toda na minha mão.
Não tinha como ser diferente já que ela está a mais km de distância do que seria recomendável para agendar uma reunião ou uma troca de informações.
Por conta de tudo isso, comecei a entender a diferença entre carpete de madeira e piso laminado, entre compensado e aglomerado e entre grifes e trabalhos quase artesanais.
Tenho conversado com tantos marceneiros, que daqui a pouco vou eu mesmo comprar umas tábuas e sair montando as gavetas e prateleiras que a minha mineira quer.
Até ajuda profissional nós recebemos já que a minha cunhada andou fazendo alguns desenhos para guiar nossas escolhas. Alguns desses desenhos são fisicamente impossíveis de realizar, mas o que vale a intenção.
Na balada atual, não termino a semana que vem sem os nomes definitivos dos fornecedores e tenho boas chances de ver Agosto chegar já com o apê prontinho da silva.
Vai ser legal e assustador ao mesmo tempo, mas cara feia para mim sempre foi sinal de fome.
Venha!!!!!
domingo, maio 01, 2005
Realidade
Nunca acreditei que estórias de amor como a do filme "Antes do amanhecer" fossem de verdade.
A minha racionalidade sempre me fez pensar que não seria possível que duas pessoas se encontrassem por acaso em algum lugar longe de casa, se apaixonassem e se deixassem partir sem ao menos um forma de contato ou acesso.
Isso sempre foi surreal para mim até que a Nêga me contou a sua estória.
Antes do amanhecer
Antes de partir para os fatos, vale falar um pouco sobre a contadora de estórias.
Nêga é o termo carinhoso que ela usa com uma amiga e que tomo emprestado agora para falar dessa moça linda de morrer, loira, pele muito clara, olhos verde-acinzentados e uma alegria contagiante em quase todos os momentos do dia. Não sei como ela é ao acordar, por isso me contento com os fatos que conheço.
Pois bem. Essa bela moça decidiu um dia se aventurar do outro lado do mundo e viver um tempo na Austrália. Além da cara e da coragem, ela levou alguns trocados e um companheiro de cama: um amigo fiel, companheiro e gay até os ossos. Nada mais seguro para uma moça em uma terra estranha.
Depois de algum tempo na terra dos cangurus, ela resolveu tirar uns meses de férias e conhecer a Índia. Ainda hoje não entendo esse sistema laboral australiano que permite que a pessoa passeie mais do que trabalhe, mas deixa pra lá.
Foi exatamente nessa viagem que ela viveu algo parecido com o que o Ethan Hawke e a Julie Delpy passaram em Viena.
Apesar da diferença de paisagens, a motivação era basicamente a mesma.
Como não me lembro direito dos nomes dos locais onde se passou a estória, peço licença para inventar um pouco e manter o foco nos fatos, não na minha forma de escrever.
A coisa toda começou em um ônibus de turismo escalado para um passeio logo no início de uma quente manhã indiana.
Como era de se esperar, o tipo físico dela chamava muito a atenção dos locais e era muito difícil se livrar do assédio de vendedores e guias.
Para ter um pouco de paz, ela entrou no ônibus e buscou refúgio ao lado de um mal humorado loiro cabeludo que mal disse oi durante o passeio.
No final do dia o tal cabeludo resolveu se redimir e pediu desculpas pelo bode matinal. Conversa engatada, ela descobriu que ele era dinamarquês e que estava, assim como ela, viajando por todo o país.
Como ela estava de viagem marcada para outro canto naquela mesma noite, a estória teria tudo para ter terminado aí mesmo, mas o destino resolveu mexer os pauzinhos e bagunçar a coisa novamente.
O improvável reencontro aconteceu no Taj Mahal.
Ela chegou cedo, pagou entrada e visitou todos os monumentos antes da chegada do povo que não tem grana para pagar ou não tem vontade de acordar cedo.
Já saindo do palácio, passando pelo meio da multidão, ela reconheceu a cabeleira loira e falou com ele. Era o mesmo dinamarquês, mas o humor estava sensivelmente diferente. Mais uma vez ela estava de partida naquela noite, por isso ela decidiu visitar novamente o palácio e continuar na companhia dele.
Certamente já rolava algo diferente, mas ainda não havia iniciativas de nenhum dos lados.
O Taj
No final do dia eles resolveram fazer a parte que lhes cabia e marcaram um encontro em Varanasi.
Como ela chegaria antes, a idéia era se hospedar e encontrá-lo em um lugar determinado.
Para dar um pouco mais de molho à estória, ele não apareceu. Não se dando por satisfeita, a Nêga descobriu o local onde se hospedavam os turistas e saiu perguntando se o cabeludo estava em um deles.
Depois de muito bater perna, ela descobriu o hotel e foi procurá-lo mas spo encontrou um quarto vazio. Nesse momento ela se lembrou do combinado e voltou ao local marcado para o encontro.
Gostaria de ter estado lá para ver o tamanho do sorriso que ela deve ter aberto ao ver o cabeludo lá parado esperando.
Esclarecida a situação, eles visitaram a cidade, se divertiram um monte e viveram uma micro-estória de amor nas terras de Gandhi.
Foi algo inesperado, surpreendente, mas muito legal para ambos. Por menos romântico que fosse assistir ao banhos populares no Ganges, eles se curtiram mais do que se poderia imaginar.
Tão legal que nas despedida rolaram promessas de lado a lado e, óbvio, trocas de e-mail e telefones. Por que de boba essa Nêga não tem nem a cara.
Banhos no Ganges
Infelizmente havia uma nova bagunçada de vidas prevista naquela estória de amor.
Havia um outro amor que havia sido deixado em stand by e que tinha data certa para voltar. Havia um passado impedindo a entrada do futuro. Havia o Japão no caminho da Dinamarca.
E foi esse legado que impediu um novo capítulo neste conto de amor. O cabeludo não pôde ir atrás da Nêga na Austrália, eles não se reencontraram e não rolou a parte "Antes do pôr do sol" deste episódio.
Digo isso por que vi esse filme no último feriado e satisfiz a curiosidade sobre o que rolaria se o casal se reencontrasse.
Infelizmente isso não aconteceu com a Nêga e o seu cabeludo, mas acho que valeu a pena ter ao menos tentado.
Hoje ela pode contar essa estória com um sorriso nos lábios e certamente com muito carinho pelo cara era intratável ao acordar mas que a encheu de felicidade durante alguns dias no calor da Índia.
E é isso que faz esta vida valer a pena.
Antes do pôr do sol
Nunca acreditei que estórias de amor como a do filme "Antes do amanhecer" fossem de verdade.
A minha racionalidade sempre me fez pensar que não seria possível que duas pessoas se encontrassem por acaso em algum lugar longe de casa, se apaixonassem e se deixassem partir sem ao menos um forma de contato ou acesso.
Isso sempre foi surreal para mim até que a Nêga me contou a sua estória.
Antes do amanhecer
Antes de partir para os fatos, vale falar um pouco sobre a contadora de estórias.
Nêga é o termo carinhoso que ela usa com uma amiga e que tomo emprestado agora para falar dessa moça linda de morrer, loira, pele muito clara, olhos verde-acinzentados e uma alegria contagiante em quase todos os momentos do dia. Não sei como ela é ao acordar, por isso me contento com os fatos que conheço.
Pois bem. Essa bela moça decidiu um dia se aventurar do outro lado do mundo e viver um tempo na Austrália. Além da cara e da coragem, ela levou alguns trocados e um companheiro de cama: um amigo fiel, companheiro e gay até os ossos. Nada mais seguro para uma moça em uma terra estranha.
Depois de algum tempo na terra dos cangurus, ela resolveu tirar uns meses de férias e conhecer a Índia. Ainda hoje não entendo esse sistema laboral australiano que permite que a pessoa passeie mais do que trabalhe, mas deixa pra lá.
Foi exatamente nessa viagem que ela viveu algo parecido com o que o Ethan Hawke e a Julie Delpy passaram em Viena.
Apesar da diferença de paisagens, a motivação era basicamente a mesma.
Como não me lembro direito dos nomes dos locais onde se passou a estória, peço licença para inventar um pouco e manter o foco nos fatos, não na minha forma de escrever.
A coisa toda começou em um ônibus de turismo escalado para um passeio logo no início de uma quente manhã indiana.
Como era de se esperar, o tipo físico dela chamava muito a atenção dos locais e era muito difícil se livrar do assédio de vendedores e guias.
Para ter um pouco de paz, ela entrou no ônibus e buscou refúgio ao lado de um mal humorado loiro cabeludo que mal disse oi durante o passeio.
No final do dia o tal cabeludo resolveu se redimir e pediu desculpas pelo bode matinal. Conversa engatada, ela descobriu que ele era dinamarquês e que estava, assim como ela, viajando por todo o país.
Como ela estava de viagem marcada para outro canto naquela mesma noite, a estória teria tudo para ter terminado aí mesmo, mas o destino resolveu mexer os pauzinhos e bagunçar a coisa novamente.
O improvável reencontro aconteceu no Taj Mahal.
Ela chegou cedo, pagou entrada e visitou todos os monumentos antes da chegada do povo que não tem grana para pagar ou não tem vontade de acordar cedo.
Já saindo do palácio, passando pelo meio da multidão, ela reconheceu a cabeleira loira e falou com ele. Era o mesmo dinamarquês, mas o humor estava sensivelmente diferente. Mais uma vez ela estava de partida naquela noite, por isso ela decidiu visitar novamente o palácio e continuar na companhia dele.
Certamente já rolava algo diferente, mas ainda não havia iniciativas de nenhum dos lados.
O Taj
No final do dia eles resolveram fazer a parte que lhes cabia e marcaram um encontro em Varanasi.
Como ela chegaria antes, a idéia era se hospedar e encontrá-lo em um lugar determinado.
Para dar um pouco mais de molho à estória, ele não apareceu. Não se dando por satisfeita, a Nêga descobriu o local onde se hospedavam os turistas e saiu perguntando se o cabeludo estava em um deles.
Depois de muito bater perna, ela descobriu o hotel e foi procurá-lo mas spo encontrou um quarto vazio. Nesse momento ela se lembrou do combinado e voltou ao local marcado para o encontro.
Gostaria de ter estado lá para ver o tamanho do sorriso que ela deve ter aberto ao ver o cabeludo lá parado esperando.
Esclarecida a situação, eles visitaram a cidade, se divertiram um monte e viveram uma micro-estória de amor nas terras de Gandhi.
Foi algo inesperado, surpreendente, mas muito legal para ambos. Por menos romântico que fosse assistir ao banhos populares no Ganges, eles se curtiram mais do que se poderia imaginar.
Tão legal que nas despedida rolaram promessas de lado a lado e, óbvio, trocas de e-mail e telefones. Por que de boba essa Nêga não tem nem a cara.
Banhos no Ganges
Infelizmente havia uma nova bagunçada de vidas prevista naquela estória de amor.
Havia um outro amor que havia sido deixado em stand by e que tinha data certa para voltar. Havia um passado impedindo a entrada do futuro. Havia o Japão no caminho da Dinamarca.
E foi esse legado que impediu um novo capítulo neste conto de amor. O cabeludo não pôde ir atrás da Nêga na Austrália, eles não se reencontraram e não rolou a parte "Antes do pôr do sol" deste episódio.
Digo isso por que vi esse filme no último feriado e satisfiz a curiosidade sobre o que rolaria se o casal se reencontrasse.
Infelizmente isso não aconteceu com a Nêga e o seu cabeludo, mas acho que valeu a pena ter ao menos tentado.
Hoje ela pode contar essa estória com um sorriso nos lábios e certamente com muito carinho pelo cara era intratável ao acordar mas que a encheu de felicidade durante alguns dias no calor da Índia.
E é isso que faz esta vida valer a pena.
Antes do pôr do sol
Subscrever:
Mensagens (Atom)