Quase lá
O castelo está quase pronto.
Entre pó, stress, arranhões e bicos, os muros já estão de pé, o fosso já está cheio de jacarés e agora só falta a mudança do Rei e da Rainha.
O reino está em festa e os súditos participam da boda como se fosse a de seus filhos.
Todos estão felizes, mesmo que a Rainha ainda esteja longe, reinando lá no Cerrado.
Tudo está preparado e todo mundo cumpre seu papel a contento.
Do marceneiro ao carteiro, do entregador de pizza ao povo das Casas Bahia, todo mundo faz sua parte para que a inauguração do castelo aconteça no melhor estilo romântico e medieval.
Depois da inauguração, não será mais necessário inventar viagens a Campinas ou coisa que o valha para ficar o dia inteiro na cama, fazendo amor e planos, como nos convêm.
Não vamos mais ter que pegar o carro para deixar alguém em casa por que já está tarde.
Acabou-se a necessidade de maquiar a verdade para não complicar algo tão bom quanto a vontade de estar junto.
O castelo vai significar a liberdade e o início.
O castelo vai abrigar um lar e falta pouco para isso.
O castelo será a casca da nossa felicidade, mas não vai nos limitar. Pelo contrário, ele vai ficar tão aconchegante e caloroso, que nossas viagens vão ser tão gostosas no antes e durante quanto no depois.
Vamos ficar indecisos se queremos ficar tanto tempo longe de casa e isso é o segredo do reino.
Que assim seja e que não seja necessária magia para encantar o nosso lar.
O nosso é quase tão lindo quanto este
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