O tempo certo
Sempre achei que publicar o convite de casamento no quadro de avisos da empresa fosse uma prática comum e nunca pensei nas consequências que isso poderia trazer.
Só recentemente, quando coloquei no papel todos os dinheiros que estavam envolvidos na festa, na cerimônia e tudo mais é que entendi o receio dos noivos em ter a celebração prejudicada pelo excesso de pessoas.
Além de caro, isso significa mau atendimento e reclamações certas.
Como a brincadeira vai acontecer toda à segura distância de 600km daqui, achei que não havia problemas e publiquei mesmo o convite.
Agora ele está lá, lindão e aberto para quem quiser ver.
O engraçado foi lidar com a diversidade de reações que o tal convite causou.
O que mais ouvi dos homens foram comentários referentes à minha sanidade mental e das mulheres à proximidade de me tornar um homem sério.
Felizmente também pintaram desejos sinceros de felicidade e algumas lições.
Uma delas partiu da secretária da área, que me contou toda a estória do casamento anterior do seu atual marido.
Segundo ele, o sujeito namorava com uma moça bastante desequilibrada que chegou inclusive a tentar o suicídio quando eles terminaram pela primeira vez.
Por pressão das famílias ele voltou atrás e acabou sendo enrolado por uma gravidez pouco honesta: mesmo garantindo que a deixaria se ela engravidasse, a moça insisti, não se preveniu e a encomenda foi feita.
Esse foi um exemplo perfeito de razões para não casar já que o rapaz assumiu o filho, fez seu papel afetivo como se deve, mas não ficou com a menina.
Na minha opinião, bem feito para ela.
Outra experiência válida foi a de uma colega que se casou depois dos 30 e não se arrepende.
Segundo ela, havia a possibilidade de se casar com vinte e poucos, mas eles preferiram seguir vivendo e tomar a decisão como adultos.
Parece que foi a melhor coisa que poderia acontecer já que ambos já estavam em um momento da vida onde o casamento era a coisa mais desejada e a paz a dois, um prêmio bastante visado.
Dos dois relatos eu posso tirar algumas coisas boas da minha situação:
1 - Me caso com a minha mineira pelas razões certas e com um diálogo muito honesto e aberto. Isso deve garantir uma vida boa para ambos e um volume de realizações, conquistas e felicidade bastante grande.
2 - Ambos já vivemos muitas coisas e experimentamos diversos sabores, o que nos dá muita certeza de que é isso mesmo que queremos fazer. Não há dúvidas ou inseguranças. Vai dar certo por que faremos dar certo.
Resta agora um mê exato para o grande dia.
Tudo está certo e ajeitado. Até o castelo já pode nos receber de braços abertos.
Só temos uma tarefa agora: ser extremamente felizes e viver ainda mais a vida!
Para nós, isso é fichinha, afinal de contas, escolhemos o casamento e não fomos escolhidos por ele.
E isso faz toda a diferença!
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