sábado, agosto 13, 2005

Homem não chora

Não sei bem o que acontece.
É assim desde o primeiro programa: basta a Angelita aparecer para cantar no Fama que eu já fico com os olhos cheios de água e o bico começa a tremer.
E aí é um tal de esconder o rosto, pensar no trabalho (ou em qualquer outra broxante o bastante) e fingir que não é comigo.

Parando para pensar nas razões desse derretimento, não consigo chegar a conclusão alguma. Pensei que pudesse ter algum tipo de solidariedade com o grande Erich e suas estórias de Piracicaba (a Angelita é de lá), mas achei gay demais e abortei a idéia.
Depois fiquei com a impressão que tivesse algo a ver com a forma doce como ela canta. Novamente achei melhor não evoluir muito a idéia sob risco de arrumar confusão com a minha mineira e seu jeito cool de sentir ciúme.
Acabei desistindo de arrumar razões e resolvi assumir que sou um pseudo-bronco que adora segurar as emoções, mas que está enfrentando cada mais dificuldades para fazer isso.
Deve ser a proximidade do casório.
Algo me diz que vou chorar como criança e que vou gerar infinitas interpretações por parte dos convidados. De felicidade pela nova vida até tristeza pelas coisas que vão ficar só na memória, todo mundo vai tentar adivinhar e até acho que muitos vão acertar.
Mas só eu e ela vamos saber.

E vou voltar ao site da Globo para votar e tentar manter a minha geradora de lágrimas ao menos mais uma semana no programa.

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