sábado, junho 11, 2005

Début

Em alguns rituais humanos, a primeira vez tem um significado todo especial, uma magia que não se repete depois, uma expectativa que não encontra similar.
Foi assim na experiência do beijo, na descoberta do sexo e na primeira vez que quase me matei em uma batida de carro.
Foi assim também na primeira vez que fiz amor com a minha mineira dentro da nossa casa. Mesmo que ainda seja só o piso e as paredes, aquela será a nossa casa e hoje foi a nossa primeira vez.

Mesmo que eu não prime por uma imaginação privilegiada, até que a produção que fiz surtiu o efeito desejado. E como ela está a 600km de conseguir acompanhar minhas maquinações para datas especiais, ficou mais tranquilo preparar tudo com calma.
Aproveitei que hoje era véspera do Dia dos Namorados e que completávamos 3 anos e cinco meses juntos para fazer uma pequena supresa: correndo o risco de ser atropelado pela lista de presentes, comprei uma TV e um DVD para a nossa casa.
Comprei também um celular para que a gente possa conversar evitando o miserento do interurbano.

Antes de montar os apetrechos, levei minha mãe até lá e demos um tapa na sujeira mais pesada da sala e do banheiro. A cozinha ficou para uma próxima.
Depois ajeitei a TV, o DVD e o celular de um jeito que ela precisasse estar dentro da sala para ver toda a montagem. Levei também um colchão, duas garrafas de vinho (tinto) e duas taças. Os apetrechos para banho e higiene pessoal ficaram no outro quarto só para complementar os acertos.
A idéia era que ela visse o apê pronto (pós-pintura e colocação do piso) pela primeira vez e já encontrasse os presentes de namorado.

Depois de uma manhã cheia de compromissos pré-casório, fomos até o apê com o pretexto de visitá-lo. Até então ela apenas desconfiava do que eu havia preparado.
O resultado não poderia ter sido melhor. Aliás, poderia ter melhorado sim, se não estivéssemos novamente pressionados pelo tempo.
Mas como isso é inevitável a esta altura do campeonato, curtimos um monte e o sorriso não deixou o rosto da minha mineira até o momento em que a deixei na casa da tia.

Tudo funcionou bem, como espero que nossa vida seja.
A produção, apesar de simples, deu resultado. Ela gostou, eu gostei, fizemos amor e planos. E amor e planos é o que mais precisamos neste momento.
Por que do resto a gente corre atrás.

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