Rumos
Hoje estou meio down.
Não senti vontade de ir à academia, voltei pra casa e sentei ao lado da minha mãe para ver um capítulo novo (ao menos pra mim) do seriado que foi o um favorito durante anos: Beverly Hills 90210.
Um pouco antes de voltar a me maravilhar com a Jennie Garth (a Kelly), fiquei pensando nos caminhos que minha vida pode tomar nos próximos meses e no preço que cada escolha tomada pode cobrar da minha vida mansa.
Por um instante pensei que talvez fosse melhor não ter escolha alguma, mas isso logo sumiu da cachola. Tenho que dar graças pelos pontos de escape que tenho à minha disposição e que estão lá prontinhos para serem agarrados.
Minha certa insegurança presente tem uma certa ligação com o “crescimento” dos meus amigos mais próximos.
O melhor deles acabou de comprar um apartamento e deve se mudar para lá no começo do próximo ano. Se que vamos continuar irmãos, mas sei também que algumas coisinhas vão mudar. Não vai dar mais para quebrar móveis ou vomitar no tapete persa. À partir de agora tudo vai ficar mais caro e os porres homéricos vão demandar um cuidado todo especial para não acabar em móveis arremessados pela janela.
Outro dos meus grandes companheiros já mora sozinho e está pensando em pedir para a namorada se mudar para lá. Não seria a primeira vez, mas agora seria bem diferente. Agora seria mesmo um casamento e não uma pressão de um namoro muito longo.
Tenho uma série de decisões para tomar e um monte de caminhos para seguir.
Um fator especialmente complicador é que minhas decisões não podem ser tomadas de forma isolada. Tenho que levar muito em consideração a opinião e a decisão de outra pessoa de vital importância para a minha vida.
Minhas decisões se baseiam em algumas opções excludentes e deve ser isso que me incomoda. Não estou muito a fim de perder nada ao escolher, mas não vejo muitas chances de isso não acontecer. Terei que escolher um caminho e deixar os demais de lado.
Tenho que pensar para onde quero ir no trabalho e na vida pessoal.
Devo mudar um pouco a minha natureza e contar os cobres que virão com o caminho escolhido.
Não dá mais para ignorar o dinheiro, vil metal, horrendo mas necessário.
Não dá mais para continuar a viver como adolescente, irresponsável e inconseqüente.
Acho que a vida daqui pra frente vai ser um pouco mais definida e sem graça.
Ainda bem que eu tenho algumas estórias para contar.
Hoje o Brandon foi embora.
Por mais banal que isso possa parecer, acho que pode ser um sinal.
Se até o pessoal do Barrados no Baile cresce e segue seu rumo, acho que vou ter que pensar em fazê-lo também.
Vou ter que dar um jeito de organizar idéias e escolher o que for melhor.
Vou ter que controlar o instinto e fazer as coisas uma de cada vez. Nada de atropelos, nada de excesso de ansiedade, nada de atropelos. Tudo a seu tempo, tudo no seu lugar.
Que venha o Caos. Mas que venha organizado!
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