segunda-feira, junho 16, 2003

Talento

Tenho uma irmã cineasta.
Desta vez não me refiro a amigas por quem tenho um mega-carinho fraternal. A cineasta é minha irmã de sangue mesmo. É impossível negar a semelhança que temos, seja na parte física (tadinha dela) seja no temperamento. Somos mesmo irmãos.

Para salvar a família da mediocridade de Engenharias e Direitos, ela resolveu fazer Cinema. Não, na verdade o que ela estuda é Audio Visual na ECA.
Como era de se esperar, depois que um filme termina ela não mais comenta se o Gael García está bonito ou se a Winona Ryder é uma canastrona. Depois que ela passou a frequentar pré-estréias no Espaço Unibanco ou palestras do Diretor de "Cidade de Deus", o lance é falar sobre o roteiro de "Amores Brutos", sobre o elenco de "As if" e sobre a memorabilia do Matrix.
Ainda bem que os poucos neurônios que me restam permitem que eu converse um pouquinho sobre isso. Mas só um pouquinho.

Tive poucas oportunidades de dizer o quanto me orgulho e gosto dela, mas certamente não vou para o túmulo ser ter dito que a amava e ouvido que o sentimento era recíproco. Por que diabos ela tinha que ser tão parecida comigo?

Uma última correção: por mais barbudo e mulambento que o tal de Gael García apareça na tela, ela sempre vai dizer que ele está lindo e que é "tudo"!!

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