sábado, junho 21, 2003

Batalha

Estou lendo "A Ilíada" de Homero.
Apesar do épico ser um tema pouco abordado dentro da minha quilometragem literária (sou tarado mesmo é por biografias, graças a uma dica de um grande amigo do meu pai), resolvi me arriscar e descobrir o que é que tem nessa salada de nomes e círculo de ações, principalmente quando já se conhece o final da estória.

Cheguei ao meio do livro e estou meio entediado com a sequência de lanças encravadas em pescoços e de armaduras sendo arrancadas dos corpos, mas sigo firme na expectativa de que o Aquiles cure logo a dor de corno e resolva tirar o Heitor para dançar.

Ah, é bom deixar claro que a minha coragem não é tão grande assim: estou lendo uma versão em narrativa e não a versão em verso. Acho que 280 páginas de versos meio repetitivos e com letrinha miúda seriam demais para os meus combalidos onze neurônios (considerando somente o time titular, claro).

Pelo que sei da estória, daqui a pouco o Pátroclo vai entrar na briga, aumentar um pouco a população do Hades e ir visitar alguns antepassados depois de se encontrar com o Heitor. Me parece que esse é o grande momento do livro, já que é à partir daí que o Aquiles para de se lamentar e mostra que seus pés são mesmo ligeiros e que ele é mesmo filho de uma deusa.

A grande curiosidade até aqui é o fato do grande personagem do livro (o Aquiles) passar mais da metade do livro tocando lira e batendo papo junto aos navios.
Tenho a impressão de que ele vai fazer por merecer a importância nesta segunda metade.

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