quinta-feira, maio 29, 2003

Lágrimas

Não me lembro de algum dia ter chorado por alguma mulher.
Ainda tenho na memória o dia em que chorei ao final do filme "Sociedade dos poetas mortos", a lágrima que caiu quando o Agassi ganhou um jogo praticamente perdido em Roland Garros contra o Medvedev e agradeceu da sua forma tradicional, fazendo uma reverência ao público atrás de cada linha da quadra e a alegria emocionada que compartilhei com o Guga em todas as conquistas na França.
Eu sou assim: guardo as lágrimas para marcar mais os momentos felizes e não consigo derramá-las em sinal de tristeza ou decepção.

Graças a Deus ainda não chorei de raiva ou de stress e vou continuar a me esforçar para que essa tranquilidade permaneça e mim.
Também não chorei pela morte de um parente. A última morte que aconteceu próxima a mim foi do meu avô materno, mas isso foi antes de eu entender o que era estar vivo.

Algumas mulheres já me decepcionaram e me entristeceram muito mas nenhuma delas me fez chorar.

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