Nem me lembro quanto tempo fiquei sem abraçar a minha irmã até que o meu casório viesse e proporcionasse a "redenção" para ambos.
A sua mudança para a terra natal não ajudou em nada a nossa aproximação e nem a minha viagem em 2004 adiantou: ela não estava em casa quando a visitei e não conseguimos nem conversar.
Muito tempo e muita mágoa depois, tive a felicidade de vê-la no casório e, obviamente, a minha querida Lelê era um dos principais motivos dessa felicidade.
Eu só não a abracei e beijei como devia por que havia outra pessoa merecendo a minha atenção e era complexo demais inverter as atenções.
Acho que ambas entenderam bem as minhas razões.
Com a nova viagem que estamos prestes a fazer vem uma nova chance de redenção, bem mais simples do que as anteriores, mas ainda assim uma situação delicada.
Agora existe mais um sobrinho para receber meu amor. O irmão da Lelê precisa ser apresentado ao tio "do Brasil" e precisa receber um abraço apertado e um pouquinho do dengo que sobrar da "primeira sobrinha".
Sim, por que de falta de dengo meus sobrinhos não vão sofrer.
Acho que ambos, eu e minha irmã, estamos mais maduros e dispostos a resolver as nossas diferenças.
Quer dizer, resolver aquelas que permitem a nossa convivência, por que dos nossos temperamentos ninguém pode cuidar.
Eu serei sempre o quadradinho e ela será a rebelde, com ou sem causa.
Nem me importo muito com isso, apenas aceito a realidade.
E espero que ela também aceite a idéia de que para ver a minha avó vale tudo, até visitar os tios, que de queridos substitutos dos pais, passaram a desafetos mútuos.
Um grande problema, mas com solução bem simples.
Basta seguir aceitando as diferenças e aproveitar a parte boa.
Do resto, a terra natal toma conta.
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