Para que escrever?
A coisa começou como brincadeira. Mais ou menos como uma forma de agradar a Zita que achava que eu teria algo a dizer.
Ao menos para ela eu sempre dizia algo que prestava.
Já mencionei isso logo quando comecei o blog, mas sempre vale a pena lembrar dos amigos sumidos. Espero que ela esteja legal.
Passei um bom tempo escrevendo como louco. Era uma avalanche de "coisas para dizer" e uma necessidade de estar sempre registrando pensamentos que cheguei a achar que tinha algum talento. Até recebi elogios pelo jeito "leve" de contar meus causos, mas comecei a me cansar do compromisso. É mais ou menos como tudo na minha vida: quando passa a loucura inicial, eu deixo de lado e "boa sorte".
Parte da energia "criativa" se deveu ao hábito pessoal de sempre imaginar coisas para dizer aos amigos. Um conselho, uma piada, um elogio, tudo era ligado aos amigos e às pessoas queridas.
Eu costumava estar no banho ou na aula de natação quando pintava alguma idéia e eu começava a construir as frases na cabeça. O rendimento na aula ia para o vinagre, mas o texto saía. Nem sempre o resultado era dos melhores, mas o que valia era o registro.
Hoje em dia estou um pouco cansado e sem energia para manter o "filhote" vivo.
É engraçado como a postagem foi evoluindo ao longo do tempo: de vários post diários passei a cinco semanais, a três e hoje, no máximo, publico um texto por semana. Talvez me faltem amigos (já que sempre adorei escrever sobre eles), talvez eu tenha percebido que não sou mesmo feito para a coisa ou talvez seja apenas falta de tempo.
O fato é que eu gostaria de fazer algo legal, algo que gerasse sorrisos e alegria em quem lê e não sei se estou conseguindo isso.
Talvez eu precise dar um tempo e acumular mais estórias antes de querer registrá-las.
Talvez eu precise fazer logo aquela viagem de volta ao mundo para ter material para mais uns 2500 posts.
Talvez eu precise me casar e mudar daqui de vez.
Talvez eu precise de dengo...
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