Da França
Recentemente um amigo querido voltou depois de dois anos e pouco de um exílio mais ou menos auto-imposto em uma cidadezinha do sul da França.
Ele esteve em Epinal a mando da empresa e não conseguiu voltar até que a mesma empresa desse o sinal verde e arrumasse um lugarzinho para ele.
Foi meio tragi-cômico ver a situação esquisita causada pela empresa: ele não pediu para ir, teve que largar um monte de coisas por aqui (MBA e apartamento em construção, entre outras coisas) e quando quis voltar, a empresa disse que não havia vagas. Seria desesperador se não fosse revoltante.
Com tudo isso, ele ficou mais tempo do que era previsto, comeu mais queijos, bebeu mais vinhos e teve menos mulheres.
É exatamente esse ponto que quero explorar neste momento: ele nunca foi dos mais atirados em termos de paquera e das poucas namoradas que sei que ele teve, pouquíssimas devem ter sido conquistadas devido a alguma abordagem verborrágica ou simpatia extrema. Tenho a impressão que ele é uma versão extrema de mim, que não agrado a ninguém logo de cara e preciso de tempo e papo para me mostrar interessante.
Partindo do princípio que ele precisa de uma certa "ajudinha" da menina, acabamos ficando em um beco sem saída em um país como o nosso, onde muita gente acha que só o homem pode demonstrar interesse pela mulher, nunca o contrário.
Ainda bem que existem mulheres com a última namorada oficial que ele teve.
Ela foi meio que "encomendada" por um casal de amigo e veio do Rio com a firme intenção de laçá-lo mesmo que fosse necessário o uso da força.
Como ela era muito bonita e interessante, acho que não foi difícil convencê-lo a se entregar.
O problema parte exatamente daí: depois dela, ficou difícil conjugar tantos pontos favoráveis e seus contatos com mulheres acabaram ficando para lá de bissextos.
Não vem ao caso a frequência de transas da vida dele. O que nos interessa no momento é a companhia e o sentimento.
Trocando em miúdos: a turma inteira está mobilizada para arrumar uma namorada para ele!!
Alguns de nós se esforçam mais do que outros, mas acho que todos gostariam de vê-lo feliz com alguém novamente. Não que ele não seja feliz agora. Acho até que ele está bem assim, mas não há ninguém que consiga sustentar por muito tempo que uma vida com alguém que se ama não seja melhor do que ir a bares com amigos e ficar em casa vendo os jogos do Brasileiro pela TV.
Algumas candidatas já surgiram mas até agora nada.
Acho que vou ter que colocar o meu dedo nessa mistura para que o caldo entorne um pouco mais. Vou ter que assumir o meu ancestral papel de cupido (além do de psicólogo) para colocar as coisas no lugar e não deixar ninguém da turma sem companhia.
Talvez possa surgir algo dos contatos da minha mineira no Planalto Central, mas eu aposto minhas fichas em algo mais para o Sul, aberta preferência do nosso amigo "europeu".
Espero que o que estejamos fazendo seja certo e dê resultado e espero também que ele nos ajude e tome ao menos um mínimo de atitudes, Na verdade, ele não precisa fazer muita coisa. Ser um pouco mais simpático e animado seria o suficiente.
Será que pedir muito??
Sei que sim, mas não custa nada sonhar, né?
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