Por que gosto de comédias românticas
Dia desses eu assisti novamente ao filme "Simplemente amor".
Acabei usando o fato da minha mineira não ter visto o filme para massagear um pouco mais meus sentimentos românticos.
O engraçado é que ela achou curioso um cara como eu gostar tanto desse tipo de filme. Acho que coisas como "Matrix" e "Guerras nas estrelas" combinam mais com a minha "fama de mau".
Mal sabem eles que isso não passa de fama.
Apesar de me colocar em uma posição vulnerável a críticas por parte dos "estudiosos" e "acadêmicos", o que gosto mesmo no cinema é ver coisas agradáveis, moças bonitas, cenas românticas e finais felizes. Não gosto de pensar demais e de sair do cinema com cara de conteúdo. Acho que cinema não é para isso. Um livro talvez tenha que causar esse tipo de efeito, ou um programa de TV ou um artigo de jornal. Não um filme. Não algo que tem como função primordial o entretenimento.
Gosto de pensar, de debater e de discutir, mas não gosto de ver filmes que me obriguem a fazer isso. Prefiro sair do cinema com o olhar meio mareado e com a alma renovada de esperança em algo melhor.
Gosto de pensar que o amor que o Hugh Grant viveu em "Quatro casamentos e um funeral" é real, palpável e testemunhável.
Gosto de me sentir gaguejando como o John Cusack em diversos filmes quando tenta conversar com a mulher dos seus sonhos.
Gosto de parecer patético como o Jason Lee e seus eternos papéis de nerd adolescente.
Gosto da Winona Ryder, da Julia Roberts e da Kate Beckinsale.
Quando era mais novo, assistir aos primeiros filmes da Brat Pack foi catártico.
Os amores mal sucedidos e as brigas eternas me pareciam um sonho de consumo. Eu precisava arrumar alguém para amar e dividir aquilo comigo. Não precisava ser a Molly Ringwald ou a Ally Sheedy. Uma moça real e simples serviria.
Infelizmente só pude ter a minha versão do "Primeiro ano do resto de nossas vidas" alguns anos depois. Tive que "ralar" muito para viver minha parcela de paixões e decepções.
Não sei se a minha mineira percebeu, mas algumas lágrimas acabaram escapando dos meus olhos durante a cena dos cartazes. Era a segunda vez que eu via o filme mas não pude deixar de me imaginar fazendo aquilo por algum amor. Poucas vezes via algo tão simples significar tanta coisa, principalmente o "enough" que o cara soltou depois de ter escancarado o coração.
Outro dia esse meu gosto peculiar acabou servindo de combustível para as brincadeiras da amiga de uma amiga.
Tenho que admitir que é meio brega esse tipo de gosto, mas não é algo que eu possa mudar. Na verdade, é algo que eu não quero mudar.
Gosto de comédias românticas e pronto!!!
E Deus abençoe John Hughes!!!
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