quarta-feira, abril 05, 2006

Preguiça

Se eu fosse umas das vítimas do filme Seven, o assassino certamente ficaria com dúvidas sobre a justificativa para me apagar. Gula, ira ou inveja. Apesar das opções não serem tantas, ele teria que decidir no palitinho o recado que deixaria para o Brad e para o Morgan.
De qualquer maneira, se ele não escolhesse a preguiça, temo dizer que ele teria cometido um erro mais clássico do que o 007 sob a mira de um revólver na abertura de todos os filmes da série.

Isso mesmo. Preguiça é o meu maior pecado.
Tenho preguiça de acordar, preguiça de dormir e, principalmente, preguiça de trabalhar.
Minha mineira ficaria ainda mais tranquila se soubesse que não olho com interesse para outra mulher, entre outras coisas, simplesmente por preguiça de imaginar as desculpas que eu teria que inventar e o trabalho que a pulada de cerca iria me dar.
Mesmo quando estou sozinho em casa e tenho a noite inteira para curtir a balada, chego, tomo banho e logo me bate aquela preguiça de sair. Resultado: fico em casa mesmo e a vontade, seja ela qual for, passa rapidinho, logo depois do segundo naco de Gouda.

Gostaria de não ser assim.
Seria legal ter energia de sobra para trabalhar o dia inteiro e ainda curtir a noite como se fazia quando eu não tinha idade para dirigir ou competência para transar.
Fico imaginando o que será que existe no café daqueles tiozinhos que enchem a cabeleira de gel, colocam uma camisa para fora da calça e vão até o Jóquei para morder uma daquelas meninas de programa à caça de um presente de Natal antecipado.
Me encho de preguiça só de imaginar a cena. E quando isso acontece, a vontade de fazer alguma coisa passa logo. É só sentar no sofá e esperar.
Não falha nunca.

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