quarta-feira, março 01, 2006

Beautiful day

Meus joelhos chegaram destruídos, meu humor estava um lixo e meu estômago estava nas costas. Ainda assim valeu a pena. Ainda assim foi bom reencontrar o U2.
Novamente foi em solo 'sagrado',mas desta vez eu abusei do contato. Praticamente me deitei no gramado e sonhei com outros shows, estes muito mais esportivos e tricolores.

A coisa toda funcionou tão bem que nem parecia que o 'lazarento' do Accioly ainda estava envolvido na organização.
Do esquema de compra de ingressos para o segundo dia, até a estrutura montada para deixar o povo se preocupando apenas com o show, tudo foi de primeira, impecável mesmo.
De ruim, só o ânimo do público com o bom show do Franz Ferdinand.
Os escoceses se esforçaram muito e eu até pulei em várias músicas, mas o que mais se ouvia ao final de cada música eram convites para que eles terminassem logo e saissem.
A noite era da Irlanda, não da Escócia.

E apesar do carisma milimetricamente coreografado do Sr. Hewson, o U2 voltou ao Brasil e novamente arrebentou.
Todo mundo cantou quase tudo. Até as mais novas deixaram o povo animado.

Eu estava praticamente no Paraíso: minha mineira estava lá, meus amigos-irmãos estavam lá e até a querida Mi de Blumenau estava lá. Só faltava a minha irmã-cineasta. Mas esperar que ela saisse da Hot Area e da frente do palco para se juntar a mim no meio do campo era amor demais. Ninguém seria louco a esse ponto e ela sempre se mostrou bem sã.
Mesmo assim, tudo foi perfeito e eu cantei como nunca.

De vez em quando tinha que suspender a minha mineira por sobre o mar de cabeças para que ela colocasse os olhos na banda, mas nem isso me desanimou.
Só parei de pular quando meus meniscos começaram a fazer mais barulho do que a guitarra do Edge. Aí sim era hora de parar e ir embora.
Mas quando eu estava fazendo isso, veio o segundo bis e com ele "All I want is you".
Desejei que o Presidente estivesse ali com a gente para relembrar uma certa noite em Campos onde a gente achava que nunca havia sido tão felizes, mas ele já estava longe, assustado com o crowd e havia perdido o momento.

Talvez ele tenha sido mais sábio, já que quase morremos amassados na saída, mas nem isso fez o evento não valer a pena.
Saí feliz como em poucas ocasiões na minha vida. O casório é hors-concours, claro. Melhor que isso, só se a banda fosse inglesa, viesse de uma certa cidade chamada Manchester e o vocalista atendesse não por um apelido, mas pelo seu sobrenome.
Aí sim seria perfeito, mas como muita gente costuma dizer, a perfeição não existe e o tempo não volta jamais.

Sendo assim, me contento com a felicidade do segundo encontro com o U2 e com mais um momento dividido com a minha mineira.
Foi só mais um da longa série que ainda vamos ter pela frente.
É só esperar.

Sem comentários: