Providências
Devido aos últimos acontecimentos, já tenho condições de reconhecer um papel importado e de dizer a quantidade de cola quente que aquele tipo de lacre vai precisar para a fixação no envelope.
De tanto pesquisar e analisar convites, posso dizer sem medo que virei um convitólogo amador.
Foi mais por necessidade do que por gosto, mas foi.
Tem sido assim com uma série de assuntos, de decoração de salão a músicas de igreja, de lembrancinhas a cardápios, tudo aquilo que envolve o evento de um matrimônio passou a fazer parte da minha rotina de vida. Mesmo que à revelia.
Até de geladeiras Bosch eu entendo agora!
Tive que virar um profundo conhecedor de medidas e capacidades para poder descobrir se a bendita geladeira (que já ganhamos e que já está em Udi) cabe no espaço reservado no apartamento que queríamos comprar.
Após um final de semana de stress, descobrimos que ela cabe e eliminamos o problema.
Ainda restam outras dúvidas para fechar a compra, mas isso é assunto para outro post.
Nunca pensei que desse tanto trabalho dizer sim na frente de um monte de gente e ficar oficialmente autorizado a dormir e a viajar com a minha mineira sem ter que inventar estórias.
Podia ser mais fácil.
Pensando bem, partindo do princípio que estou lidando com uma família tradicional mineira, não tinha como ser fácil.
Tinha que ser assim mesmo: bem tradicional, cheio de opiniões e com uma série de dolorosas adaptações e concessões.
É mais um processo de mudança interior do que exterior. Tenho que aprender a viver com isso já que depois do casório eu vou passar a ter duas famílias e duas fontes de opiniões e palpites.
Vai ser duro mas eu vou matar esse leão.
Afinal de contas, o mais difícil que era casar já está quase pronto. O resto é detalhe.
Como hoje é terça, tenho que me preparar para as reuniões com a cerimonialista, com a instrumentista e com a decoradora.
Afinal de contas, marido também serve para isso.
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