terça-feira, abril 05, 2005

Nem tudo é 100%

Acho que comecei a entender o que significa o matrimônio.
Me parece mais claro agora que nem tudo é paixão, rosas e carinho.
Está mais claro que também as tais "saúde e pobreza" tradicionalmente mencionadas pelo padre nos casamentos e que fazem a união realmente valer a pena.
Sim, por que viver na riqueza e no bem bom é fácil. Complicado é passar perrengue e segurar a barra de uma doença.

A recente cirurgia da minha mineira é uma prova cabal disso.
Nosso encontro quinzenal ficou resumido a reuniões com fornecedores do casório, conversas histéricas sobre a morte do avô e momentos de extrema preguiça no quarto e na sala de TV. Nada de sexo, de beijos ou de qualquer coisa tradicionalmente agradável.
Me senti casado e me lembrei do que o Zeca e o Professor disseram sobre obrigações inadiáveis como fazer café às cinco e meia da manhã e decidir sobre a educação dos filhos.
Mais interessante do que me sentir casado, foi não achar que a coisa estava ruim.
Pelo contrário. Me pareceu que tudo estava normal e que aquilo era algo a ser vivido.
Como se fosse uma ida ao cinema, sabe?
Era apenas mais uma parte do viver em companhia.

Acho que estou começando a me acostumar com a idéia de me casar e mudar de vida.

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