Para que escrever?
A coisa começou como brincadeira. Mais ou menos como uma forma de agradar a Zita que achava que eu teria algo a dizer.
Ao menos para ela eu sempre dizia algo que prestava.
Já mencionei isso logo quando comecei o blog, mas sempre vale a pena lembrar dos amigos sumidos. Espero que ela esteja legal.
Passei um bom tempo escrevendo como louco. Era uma avalanche de "coisas para dizer" e uma necessidade de estar sempre registrando pensamentos que cheguei a achar que tinha algum talento. Até recebi elogios pelo jeito "leve" de contar meus causos, mas comecei a me cansar do compromisso. É mais ou menos como tudo na minha vida: quando passa a loucura inicial, eu deixo de lado e "boa sorte".
Parte da energia "criativa" se deveu ao hábito pessoal de sempre imaginar coisas para dizer aos amigos. Um conselho, uma piada, um elogio, tudo era ligado aos amigos e às pessoas queridas.
Eu costumava estar no banho ou na aula de natação quando pintava alguma idéia e eu começava a construir as frases na cabeça. O rendimento na aula ia para o vinagre, mas o texto saía. Nem sempre o resultado era dos melhores, mas o que valia era o registro.
Hoje em dia estou um pouco cansado e sem energia para manter o "filhote" vivo.
É engraçado como a postagem foi evoluindo ao longo do tempo: de vários post diários passei a cinco semanais, a três e hoje, no máximo, publico um texto por semana. Talvez me faltem amigos (já que sempre adorei escrever sobre eles), talvez eu tenha percebido que não sou mesmo feito para a coisa ou talvez seja apenas falta de tempo.
O fato é que eu gostaria de fazer algo legal, algo que gerasse sorrisos e alegria em quem lê e não sei se estou conseguindo isso.
Talvez eu precise dar um tempo e acumular mais estórias antes de querer registrá-las.
Talvez eu precise fazer logo aquela viagem de volta ao mundo para ter material para mais uns 2500 posts.
Talvez eu precise me casar e mudar daqui de vez.
Talvez eu precise de dengo...
quarta-feira, junho 30, 2004
quinta-feira, junho 17, 2004
Transplante
Sempre pensei que o namoro e o casamento seriam coisas fáceis de conseguir. Era até ingênuo achar que eu me casaria aos 28, que teria um casal de filhos e a esposa ficaria bonita para sempre.
Nada mais adolescente e católico do que esse modelo familiar quadrado e perfeitinho.
Pensei desse jeito até bem pouco tempo atrás. Até encontrar alguém que realmente me deu vontade de casar.
Nem preciso dizer que essa pessoa chegou sem se importar muito com o que eu havia planejado antes e me pegou com 32 sem desculpas para manter a pós-adolescência.
Não que isso realmente importasse depois que a encontrei, mas por que cargas d´água ela tinha que morar tão longe. Será que era pedir muito encontrar a tal "mulher para casar" aqui em Sampa ou, no máximo, em Mogi??
Para ser bem sincero, ela também não curtiu muito a idéia de namoro à distância, mas o velho charme andino venceu as barreiras e ela não teve escolha a não ser se render e gozar.
Foi aí que eu comecei a frequentar o Triângulo Mineiro, a virar "sócio" do Cinemais do Center Shopping, a entender o significado de Expozebu e a idolatrar um certo Tutu de feijão com receita de família.
Mal sabia eu que o próximo verbo da lista poderia ser "morar".
Por mais que eu curta Sampa e suas maluquices, nunca fui avesso à idéia de me mudar para outra cidade em busca de felicidade e sossego. Mesmo assim nunca havia pensado em me mudar por amor e jamais me havia passado pela cabeça me afastar ainda mais do mar.
O sonho da mudança sempre me levava para o Atlântico e para o Sul. Floripa, Joinville, Blumenau...não importava tanto o nome, mas tinha que ser em Santa Catarina. Mas como a gente só pensa que tem controle sobre a vida que leva, a minha bússula acabou apontando para o Cerrado.
Mas até que isso não é tão complicado assim.
UDI (apelido carinhoso de Uberlândia) é uma boa cidade para criar os filhos que não tenho e para não ver as peças de teatro que perco toda semana aqui em Sampa. Também dá para comer em um japonês "marromeno" e escutar música sertaneja na Transamérica.
Tenho que ser sincero ao dizer que me mudar para UDI não é o que sonhei para a minha vida, mas sou ainda mais sincero ao confessar que para ficar com ela, vale a pena.
Vale a pena não poder mais descer a Consolação a pé, respirando a fumaça dos ônibus e desviando dos mendigos que dormem em frente ao cemitério.
Vale a pena não ficar entupido na São Gabriel tentando ir para o Originla.
Vale a pena deixar de correr o risco de ter o celular roubado na Praça da República.
Vale a pena casar com a minha mineira.
Sempre pensei que o namoro e o casamento seriam coisas fáceis de conseguir. Era até ingênuo achar que eu me casaria aos 28, que teria um casal de filhos e a esposa ficaria bonita para sempre.
Nada mais adolescente e católico do que esse modelo familiar quadrado e perfeitinho.
Pensei desse jeito até bem pouco tempo atrás. Até encontrar alguém que realmente me deu vontade de casar.
Nem preciso dizer que essa pessoa chegou sem se importar muito com o que eu havia planejado antes e me pegou com 32 sem desculpas para manter a pós-adolescência.
Não que isso realmente importasse depois que a encontrei, mas por que cargas d´água ela tinha que morar tão longe. Será que era pedir muito encontrar a tal "mulher para casar" aqui em Sampa ou, no máximo, em Mogi??
Para ser bem sincero, ela também não curtiu muito a idéia de namoro à distância, mas o velho charme andino venceu as barreiras e ela não teve escolha a não ser se render e gozar.
Foi aí que eu comecei a frequentar o Triângulo Mineiro, a virar "sócio" do Cinemais do Center Shopping, a entender o significado de Expozebu e a idolatrar um certo Tutu de feijão com receita de família.
Mal sabia eu que o próximo verbo da lista poderia ser "morar".
Por mais que eu curta Sampa e suas maluquices, nunca fui avesso à idéia de me mudar para outra cidade em busca de felicidade e sossego. Mesmo assim nunca havia pensado em me mudar por amor e jamais me havia passado pela cabeça me afastar ainda mais do mar.
O sonho da mudança sempre me levava para o Atlântico e para o Sul. Floripa, Joinville, Blumenau...não importava tanto o nome, mas tinha que ser em Santa Catarina. Mas como a gente só pensa que tem controle sobre a vida que leva, a minha bússula acabou apontando para o Cerrado.
Mas até que isso não é tão complicado assim.
UDI (apelido carinhoso de Uberlândia) é uma boa cidade para criar os filhos que não tenho e para não ver as peças de teatro que perco toda semana aqui em Sampa. Também dá para comer em um japonês "marromeno" e escutar música sertaneja na Transamérica.
Tenho que ser sincero ao dizer que me mudar para UDI não é o que sonhei para a minha vida, mas sou ainda mais sincero ao confessar que para ficar com ela, vale a pena.
Vale a pena não poder mais descer a Consolação a pé, respirando a fumaça dos ônibus e desviando dos mendigos que dormem em frente ao cemitério.
Vale a pena não ficar entupido na São Gabriel tentando ir para o Originla.
Vale a pena deixar de correr o risco de ter o celular roubado na Praça da República.
Vale a pena casar com a minha mineira.
sexta-feira, junho 11, 2004
Para o dia dos namorados
Este post vai fugir um pouco da regra auto-imposta de escritos semanais. Acontece que estou com um pouco mais de tempo e queria deixar algumas sugestões para o dia dos namorados que está aí.
Na verdade, trata-se mais de uma lista de comédias românticas leves do que um "top ten" com relação à qualidade ou aos talentos dramáticos dos atores.
É claro que tem algumas preferências pessoais, mas não teria graça se elas não existissem.
A idéia aqui é romance e como tal, quanto mais açúcar, melhor.
Divirtam-se.
1 - Quatro casamentos e um funeral (Four weddings and a funeral), 1994, de Mike Newell;
Cena preferida: quando o Charles (Hugh Grant) gagueja e se declara para a Carrie (Andie Macdowell).
2 - Escrito nas estrelas (Serendipity), 2001, de Peter Chelsom, site;
Cena preferida: o momento em que o Jonathan (John Cusack) encontra o dolar com o telefone da Sara (Kate Beckinsale).
3 - Como se fosse a primeira vez (50 first dates), 2004, de Peter Segal, site;
Cena preferida: o filme que o Henry (Adam Sandler) faz para a Lucy (Drew Barrymore).
4 - Simplesmente amor (Love actually), 2003, de Richard Curtis, site;
Cena preferida: a declaração de amor do Mark (Andrew Lincoln) para a Juliet (Keira Knightley), esposa do seu melhor amigo, toda escrita em cartazes.
5 - Um lugar chamado Notting Hill (Notting Hill), 1999, de Roger Michell, site;
Cena preferida: a entrevista/declaração de amor do William (Hugh Grant) para a Anna (Julia Roberts).
6 - Uma linda mulher (Pretty woman), 1990, de Garry Marshall;
Cena preferida: a Vivian (Julia Roberts) cantando "Kiss" do Prince dentro da banheira de espuma.
7 - Afinado no amor (The wedding singer), 1998, de Frank Coraci;
Cena preferida: o Rob (Adam Sandler) cantando uma canção de amor para a Julia (Drew Barrymore) em pleno vôo.
8 - 10 coisas que odeio em você (10 things I hate about you), 1999, de Gil Junger, site;
Cena preferida: a declaração de amor em forma de lista da Katharina (Julia Stiles) para o Patrick (Heath Ledger).
9 - Tenha fé (Keeping the faith), 2000, de Edward Norton, site;
Cena preferida: o momento em que o Brian (Edward Norton) e o Jacob (Ben Stiller) vão encontrar a Anna (Jenna Elfman) no aeroporto.
10 - A dama e o vagabundo (Lady and tire tramp), 1955, de Hamilton Luske, Clyde Geronimi e Wilfred Jackson;
Cena preferida: o beijo sem querer na hora de dividir um espaguete.
Este post vai fugir um pouco da regra auto-imposta de escritos semanais. Acontece que estou com um pouco mais de tempo e queria deixar algumas sugestões para o dia dos namorados que está aí.
Na verdade, trata-se mais de uma lista de comédias românticas leves do que um "top ten" com relação à qualidade ou aos talentos dramáticos dos atores.
É claro que tem algumas preferências pessoais, mas não teria graça se elas não existissem.
A idéia aqui é romance e como tal, quanto mais açúcar, melhor.
Divirtam-se.
1 - Quatro casamentos e um funeral (Four weddings and a funeral), 1994, de Mike Newell;
Cena preferida: quando o Charles (Hugh Grant) gagueja e se declara para a Carrie (Andie Macdowell).
2 - Escrito nas estrelas (Serendipity), 2001, de Peter Chelsom, site;
Cena preferida: o momento em que o Jonathan (John Cusack) encontra o dolar com o telefone da Sara (Kate Beckinsale).
3 - Como se fosse a primeira vez (50 first dates), 2004, de Peter Segal, site;
Cena preferida: o filme que o Henry (Adam Sandler) faz para a Lucy (Drew Barrymore).
4 - Simplesmente amor (Love actually), 2003, de Richard Curtis, site;
Cena preferida: a declaração de amor do Mark (Andrew Lincoln) para a Juliet (Keira Knightley), esposa do seu melhor amigo, toda escrita em cartazes.
5 - Um lugar chamado Notting Hill (Notting Hill), 1999, de Roger Michell, site;
Cena preferida: a entrevista/declaração de amor do William (Hugh Grant) para a Anna (Julia Roberts).
6 - Uma linda mulher (Pretty woman), 1990, de Garry Marshall;
Cena preferida: a Vivian (Julia Roberts) cantando "Kiss" do Prince dentro da banheira de espuma.
7 - Afinado no amor (The wedding singer), 1998, de Frank Coraci;
Cena preferida: o Rob (Adam Sandler) cantando uma canção de amor para a Julia (Drew Barrymore) em pleno vôo.
8 - 10 coisas que odeio em você (10 things I hate about you), 1999, de Gil Junger, site;
Cena preferida: a declaração de amor em forma de lista da Katharina (Julia Stiles) para o Patrick (Heath Ledger).
9 - Tenha fé (Keeping the faith), 2000, de Edward Norton, site;
Cena preferida: o momento em que o Brian (Edward Norton) e o Jacob (Ben Stiller) vão encontrar a Anna (Jenna Elfman) no aeroporto.
10 - A dama e o vagabundo (Lady and tire tramp), 1955, de Hamilton Luske, Clyde Geronimi e Wilfred Jackson;
Cena preferida: o beijo sem querer na hora de dividir um espaguete.
terça-feira, junho 08, 2004
O primeiro
A primeira vez foi bem fácil. Não havia muita tensão nem preocupação de nenhum dos lados.
Eu simplesmente me despedi (ou fingi fazer isso) com um beijo no rosto e um abraço leve, coloquei minha mão na nuca dela e quando me afastava, me aproximei novamente e a beijei na boca.
Ela já esperava por aquilo e correspondeu abertamente.
Não sei desde quando eu estaria "autorizado" àquela liberdade, mas o que se seguiu foi muito tranquilo e gostoso.
Estávamos dentro do carro e a noite de Sampa não nos ameaçava em nada. Era até meio irresponsável estar ali, àquela hora, na rua, mas pra gente pouca coisa importava além do gosto da boca um do outro.
Ambos já tínhamos boas estórias de beijos. Ela mais do que eu, é verdade, mas o número acabava ficando irrelevante àquela altura.
Ambos já havíamos passado pela "brincadeira" do primeiro beijo, da primeira experiência, do primeiro amor.
Muita coisa já não era mais novidade, mas ainda assim o nosso primeiro demorou um pouco. Não, demorou não, criou expectativa.
Dois dias antes do primeiro, ainda na mesma semana, rolou um ensaio, uma prévia do tipo de vida que estava sendo preparada para a gente.
Era nosso primeiro jantar, um evento exploratório mais do que nada. Conversamos por horas, sempre tentando parecer interessantes um para o outro. Só depois de algum tempo é que fui perceber que já éramos interessantes para o outro, mas foi bom começar devagar.
No final da noite fui levá-la em casa como manda o figurino. No primeiro ato, um beijo no rosto e um "até amanhã" esperançoso.
Acabei saindo do carro e fui acompanhá-la até o portão. Fui recompensado com outro demorado beijo no rosto e um abraço gostoso. Um segundo ato perfeito.
Como a comissão técnica do céu estava do nosso lado, o portão estava fechado e tínhamos que ir até o lateral. De mãos dadas, descemos a rua sorrindo, trocamos outro beijo no rosto, ainda mais demorado do que o anterior e finalmente nos desgrudamos.
O terceiro ato para nos matar de vontade de um novo jantar.
Toda essa felicidade com beijos no rosto e repetidas despedidas explica um pouco o que sentimos no primeiro beijo.
Não dava vontade de se desgrudar, de se despedir. No que nos dizia respeito, o mundo poderia acabar em barranco. Já estávamos encostados. E melhor, estávamos encostados um no outro.
Não precisei inventar "mileuma" como o Adam Sandler em "Como se fosse a primeira vez". Para minha sorte, só precisei de uma tentativa.
Para a nossa sorte, ela se lembrava de mim no dia seguinte.
A primeira vez foi bem fácil. Não havia muita tensão nem preocupação de nenhum dos lados.
Eu simplesmente me despedi (ou fingi fazer isso) com um beijo no rosto e um abraço leve, coloquei minha mão na nuca dela e quando me afastava, me aproximei novamente e a beijei na boca.
Ela já esperava por aquilo e correspondeu abertamente.
Não sei desde quando eu estaria "autorizado" àquela liberdade, mas o que se seguiu foi muito tranquilo e gostoso.
Estávamos dentro do carro e a noite de Sampa não nos ameaçava em nada. Era até meio irresponsável estar ali, àquela hora, na rua, mas pra gente pouca coisa importava além do gosto da boca um do outro.
Ambos já tínhamos boas estórias de beijos. Ela mais do que eu, é verdade, mas o número acabava ficando irrelevante àquela altura.
Ambos já havíamos passado pela "brincadeira" do primeiro beijo, da primeira experiência, do primeiro amor.
Muita coisa já não era mais novidade, mas ainda assim o nosso primeiro demorou um pouco. Não, demorou não, criou expectativa.
Dois dias antes do primeiro, ainda na mesma semana, rolou um ensaio, uma prévia do tipo de vida que estava sendo preparada para a gente.
Era nosso primeiro jantar, um evento exploratório mais do que nada. Conversamos por horas, sempre tentando parecer interessantes um para o outro. Só depois de algum tempo é que fui perceber que já éramos interessantes para o outro, mas foi bom começar devagar.
No final da noite fui levá-la em casa como manda o figurino. No primeiro ato, um beijo no rosto e um "até amanhã" esperançoso.
Acabei saindo do carro e fui acompanhá-la até o portão. Fui recompensado com outro demorado beijo no rosto e um abraço gostoso. Um segundo ato perfeito.
Como a comissão técnica do céu estava do nosso lado, o portão estava fechado e tínhamos que ir até o lateral. De mãos dadas, descemos a rua sorrindo, trocamos outro beijo no rosto, ainda mais demorado do que o anterior e finalmente nos desgrudamos.
O terceiro ato para nos matar de vontade de um novo jantar.
Toda essa felicidade com beijos no rosto e repetidas despedidas explica um pouco o que sentimos no primeiro beijo.
Não dava vontade de se desgrudar, de se despedir. No que nos dizia respeito, o mundo poderia acabar em barranco. Já estávamos encostados. E melhor, estávamos encostados um no outro.
Não precisei inventar "mileuma" como o Adam Sandler em "Como se fosse a primeira vez". Para minha sorte, só precisei de uma tentativa.
Para a nossa sorte, ela se lembrava de mim no dia seguinte.
terça-feira, junho 01, 2004
No que dá para ser bom
Sou bom com nomes, muito bom aliás, mas nem tão bom assim com expressão de sentimentos.
Normalmente sou o primeiro a dizer "eu te amo", mas não consigo manter uma rotina de carinhos e gestos de cuidado. Faço isso à vezes mas não faz parte de mim a repetição. Às vezes sinto que a minha mineira sente falta disso mas se acostumou a não receber de volta as centenas de beijos e abraços que me dá.
Espero que ela saiba que isso não significa que não a amo.
Pensando bem, acho melhor deixar isso bem claro antes que seja tarde.
Sou bom com coleções. Não importa do que, o que importa é ter várias e várias edições ou pares de uma mesma coisa.
Tenho centenas de selos, milhares de revistas, uma boa dezena de livros, quase mil CDs, fitas cassete a rodo e uma grande lista de corações partidos.
Acabei me especializando em magoar pessoas. Quase sempre foi sem querer. Não, na verdade sempre foi meio sem querer, por conta de algo que eu achava certo e que hoje em dia não me faz muito sentido.
Modéstia à parte, colecionei um bom número de mulheres apaixonadas que acabaram desgostosas pela minha indiferença e por um jeito esquisito de evitar compromisso.
Sou bom para dar conselhos. Sempre acabo brincando de psicólogo amador, mesmo que eu tenha 450 pés atrás com qualquer um dos psico-profissionais. O fato de ter namorado uma moça dessa "raça" não me ajuda muito a gostar mais deles.
Mas voltando ao que sou bom...para muitos dos meus amigos eu acabo sendo o "cara para levar os problemas". Não sei bem de onde veio isso mas é comum que eu consiga perceber alguma coisa que eles não viram e que às vezes acaba ajudando nos problemas mais ou menos sérios.
O diabo é que não sou dos mais hábeis para seguir meus próprios conselhos. Isso deve ser absurdamente comum, mas pra mim soa quase como sacrilégio. Brigar com alguém por causa de um comportamento besta e repetir ad infinitum o mesmo comportamento é bem típico da confusão que é a minha vida.
Sou bom com beijos, mas aí é narcisismo demais para a minha cabeça. Nem adianta tentar escrever algo sobre isso por que não vai sair nada. Fica para a próxima.
Está aí outra coisa que não faço bem: falar bem de mim mesmo.
Deixo isso para os meus.
Sou bom com nomes, muito bom aliás, mas nem tão bom assim com expressão de sentimentos.
Normalmente sou o primeiro a dizer "eu te amo", mas não consigo manter uma rotina de carinhos e gestos de cuidado. Faço isso à vezes mas não faz parte de mim a repetição. Às vezes sinto que a minha mineira sente falta disso mas se acostumou a não receber de volta as centenas de beijos e abraços que me dá.
Espero que ela saiba que isso não significa que não a amo.
Pensando bem, acho melhor deixar isso bem claro antes que seja tarde.
Sou bom com coleções. Não importa do que, o que importa é ter várias e várias edições ou pares de uma mesma coisa.
Tenho centenas de selos, milhares de revistas, uma boa dezena de livros, quase mil CDs, fitas cassete a rodo e uma grande lista de corações partidos.
Acabei me especializando em magoar pessoas. Quase sempre foi sem querer. Não, na verdade sempre foi meio sem querer, por conta de algo que eu achava certo e que hoje em dia não me faz muito sentido.
Modéstia à parte, colecionei um bom número de mulheres apaixonadas que acabaram desgostosas pela minha indiferença e por um jeito esquisito de evitar compromisso.
Sou bom para dar conselhos. Sempre acabo brincando de psicólogo amador, mesmo que eu tenha 450 pés atrás com qualquer um dos psico-profissionais. O fato de ter namorado uma moça dessa "raça" não me ajuda muito a gostar mais deles.
Mas voltando ao que sou bom...para muitos dos meus amigos eu acabo sendo o "cara para levar os problemas". Não sei bem de onde veio isso mas é comum que eu consiga perceber alguma coisa que eles não viram e que às vezes acaba ajudando nos problemas mais ou menos sérios.
O diabo é que não sou dos mais hábeis para seguir meus próprios conselhos. Isso deve ser absurdamente comum, mas pra mim soa quase como sacrilégio. Brigar com alguém por causa de um comportamento besta e repetir ad infinitum o mesmo comportamento é bem típico da confusão que é a minha vida.
Sou bom com beijos, mas aí é narcisismo demais para a minha cabeça. Nem adianta tentar escrever algo sobre isso por que não vai sair nada. Fica para a próxima.
Está aí outra coisa que não faço bem: falar bem de mim mesmo.
Deixo isso para os meus.
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