Eles vieram, me encheram de alegria, se foram e me encheram de saudade.
Foi exatamente nessa ordem que as coisas aconteceram. Eles, a Minha Mineira e o Feijão (ainda sem sexo), me visitaram aqui no Norte, mudaram completamente a minha rotina, bagunçaram as minhas contas e eu adorei todo o processo.
Foi quase como estar de volta a Sampa, ao nosso Castelo, e dividindo cada momento do dia, como fazíamos antes de Janeiro. Até o cardápio era mais ou menos o mesmo, por mais que tenhamos acrescentado algumas improvisações e adaptações.
Vivemos como o casal normal e cada vez mais próximo que somos.
E conversamos muito entre nós e com o Feijão, já que daqui a pouco ele chegará de vez e começará a se manifestar, mesmo que a gente não tenha como aprender o idioma dele agora. Contamos a ele nossos planos, nossos problemas e nossa vontade de abraçá-lo logo. Mas dissemos para ele não ter pressa de chegar e continuar sugando a mamãe como bom Alien que é, até chegar a hora a certa de abrir o berreiro e, assim como os bahianos, não nascer, mas sim estrear.
E assim como eles vieram, se foram. Não foi para sempre, mas foi tão duro quanto se tivesse sido.
Tentei não chorar no dia, e também no dia seguinte, mas hoje é meio difícil segurar, mesmo que a lembrança venha no meio do expediente. É complicado fingir que está tudo bem quando falta um pedaço tão grande de mim.
Mas, seguindo a minha maior especialidade, eu vou sobreviver. Para vê-los e abraçá-los de novo daqui a pouquinho.
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