sexta-feira, junho 30, 2006

Terapia

Não me lembro bem quando começou, mas sempre que eu me sentia angustiado ou deprimido, a música me recebia de braços abertos e me acolhia com seu jeito terno de quem nunca tem problemas e sempre está feliz.
Se ela fosse um ser vivo, talvez não tivesse mesmo, mas não tenho essa sorte e sempre tenho que processar e segurar as barras que pintam na minha vida e na vida das pessoas que amo.
E quando a coisa extrapola meus limites, eu tenho a música.

Ontem foi um dia desses e quem substituiu Mozza no papel de aplacador de angústias foram os sulinos do Acústico MTV Bandas Gaúchas.
Era um DVD comprado há meses e que pedia emocionadamente para ser tocado.
Aproveitei o bode e mandei ver.
E foi bom para mim, foi muito bom para mim.
Esqueci um pouco os motivos da tristeza e sonhei um pouco.

Não quis colocar o ex-líder dos Smiths em Manchester por temer as lágrimas.
Já aconteceu de eu começar a me lembrar do passado e de ficar com mais saudade do que deveria.
E nada pior do que agir como um museu e achar que o passado é que era bom e que do futuro só se podem esperar tristezas.

Hoje já estou melhor e depois de uma conversa com meu chefe, senti um pouco mais de esperança na melhoria de um dos aspectos desta minha vida repleta de comédias.
O outro também está a caminho e depende de uma série de acertos com a minha mineira.
Mas as coisas vão melhorar e a música sempre estará lá para garantir isso.

Por que se não melhorarem, haja choradeira e DVDs dos Smiths!

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