O amor vence
Ontem eu fui ver um filme que me fez muito bem.
Não tenho passado por muito momentos onde seja necessária uma injeção de ânimo, mas esse filme foi exatamente isso. Saí da sala com o coração tranquilo, a alma lavada e os olhos idem. Fiz força para não chorar e não dar vexame na frente do casal de amigos que estava comigo.
O "culpado" pela choradeira foi o bobinho "Simplesmente amor".
Digo "bobinho" por que se trata de mais uma comédia romântica americana com o mesmo final feliz que a mulheres adoram ver e o mesmo humor inglês que eu adoro ver. O fato de contar com o Hugh Grant é uma grande qualidade já que aproxima o filme do meu grande favorito, Quatro Casamentos e um Funeral.
O filme é repleto de estorinhas de amor que só não enchem o saco por que são justamente estórias de amor. Acho que até o fã do Jason e Freddy Krueger gosta de saber que em algum lugar alguém pensa em amor de vez em quando.
Me arrisco a dizer que até esse tipo de louco tem uma menina ainda mais louca para atazaná-lo e fazer da sua vida um delicioso inferno.
Não tem como não gostar de estórias de amor.
Não tem como não rir com o inglês bobalhão que só decide correr atrás da mulher da sua vida depois que ela vai embora.
Não dá para não se sentir bem ao ver alguém dando um chute na bunda dos americanos e botando-os para correr só por que sentiu ciúmes da amada.
Não para não comemorar o final do bonitão do filme: ele é um dos únicos que fica sozinho. E tudo por causa de um outro tipo de amor.
Não dá para não vibrar ao ver gordos, magros, feios, bonitos, casados, solteiros e todo tipo de aliens se amando sem parar.
É claro que o sexo entra na mistura (graças a Deus), mas foi o amor que me energizou. Foi o amor que me fez esconder o rosto do Presidente para não ser zoado.
É o amor que me faz pensar tanto em você, Branca.
É o amor que me leva até você enquanto você não vem.
É o amor e sou grato a Ele por isso.
segunda-feira, dezembro 22, 2003
sexta-feira, dezembro 19, 2003
Na boa
Acho que estou ficando velho!!
Ontem rolou a festa de confraternização da empresa.
Por mais que os números não fossem muito favoráveis para quem estava a fim de confraternizar mais com pessoas do sexo oposto (eram seis homens para cada coitada), me espantei com a minha pouca disposição em fazer algo além de admirar decotes, adereços e aberturas de roupas.
Antes que alguém comece a falar inverdades a respeito da minha masculinidade, acho bom ressaltar que continuo gostando muito da fruta (para alívio e felicidade da minha mineira). O problema é que não tenho mais paciência para chegar perto de alguma mulher interessante e puxar papo nem que seja só para passar o tempo.
Na verdade eu nunca fui muito bom nessas coisas de paquera e conquista. Minhas chances sempre foram maiores quando a moça tinha a oportunidade de conviver comigo.
Como me considero até um pouco antipático, não é de se espantar que o "professor" receba muito mais sorrisos e tentativas de puxar conversa. Essa não é a minha e pronto!!
Na tal da festa, além de fugir assintosamente de todas as dezenas de litros de whsiky que passavam com insistências nas bandejas dos garçons, eu me deidiquei a conversar com os poucos amigos, dançar com alguns conhecidos e tirar sarro dos velhos ridículos que acham que roupa de festa é um blazer cinza em cima da roupa de trabalho.
Meu único contato mais próximo com um ente do sexo feminino foi quando a secretária do terceiro andar se jogou em cima de mim para fugir de um tiozinho meio impertinente e quase me matou de rir ao dizer que estava "bebaca".
Como sempre fui devagar, nem pensei que ela queria algo mais e já tratei de levá-la até um canto mais calmo do salão e deixá-la aos cuidados de uma amiga.
Tenho a impressão de que estou mesmo ficando velho!!
Ou será que estou mais concentrado em interesses menos adolescentes??
Que a minha mineira responda!!
Acho que estou ficando velho!!
Ontem rolou a festa de confraternização da empresa.
Por mais que os números não fossem muito favoráveis para quem estava a fim de confraternizar mais com pessoas do sexo oposto (eram seis homens para cada coitada), me espantei com a minha pouca disposição em fazer algo além de admirar decotes, adereços e aberturas de roupas.
Antes que alguém comece a falar inverdades a respeito da minha masculinidade, acho bom ressaltar que continuo gostando muito da fruta (para alívio e felicidade da minha mineira). O problema é que não tenho mais paciência para chegar perto de alguma mulher interessante e puxar papo nem que seja só para passar o tempo.
Na verdade eu nunca fui muito bom nessas coisas de paquera e conquista. Minhas chances sempre foram maiores quando a moça tinha a oportunidade de conviver comigo.
Como me considero até um pouco antipático, não é de se espantar que o "professor" receba muito mais sorrisos e tentativas de puxar conversa. Essa não é a minha e pronto!!
Na tal da festa, além de fugir assintosamente de todas as dezenas de litros de whsiky que passavam com insistências nas bandejas dos garçons, eu me deidiquei a conversar com os poucos amigos, dançar com alguns conhecidos e tirar sarro dos velhos ridículos que acham que roupa de festa é um blazer cinza em cima da roupa de trabalho.
Meu único contato mais próximo com um ente do sexo feminino foi quando a secretária do terceiro andar se jogou em cima de mim para fugir de um tiozinho meio impertinente e quase me matou de rir ao dizer que estava "bebaca".
Como sempre fui devagar, nem pensei que ela queria algo mais e já tratei de levá-la até um canto mais calmo do salão e deixá-la aos cuidados de uma amiga.
Tenho a impressão de que estou mesmo ficando velho!!
Ou será que estou mais concentrado em interesses menos adolescentes??
Que a minha mineira responda!!
quarta-feira, dezembro 17, 2003
Olhos verdes
Ele sempre foi um enorme paradoxo na nossa turma da faculdade.
O enorme pode ser interpretado em diversos sentidos quando se fala naquele cara.
Os anos de surfe aliados a uma genética privilegiada garantiam a posição de maior e mais forte do grupo. A justificativa do paradoxo vinha do temperamento gentil e dócil que ele tinha. Na verdade ele segue tendo esse temperamento, mas o casamento, o filho e os empregos estressantes e milionários mudaram um pouco o shape do garoto.
Uma das tiradas mais engraçadas dos tempos da faculdade é que o comparava com um touro de um desenho da Disney: o touro Ferdinando era o mais forte da fazenda e podia colocar medo em qualquer ser vivo só de olhar para ele; felizmente para os outros, o passatempo preferido do Ferdinando era sentir o cheiro das flores e dar passeios pelo campo. Uma verdadeira moça em corpo de gigante.
Era mais ou menos assim que sempre vimos aquele cara.
Além da gentileza de meninão, era a dedicação às paixões que mais chamava a atenção de quem convivia com ele.
Se não era o surfe era o Palmeiras. Se não era o Mack era a Juréia.
Infelizmente meu relacionamento com uma certa sargenta me impediu de conhecer a casa da praia, mas sei que foi lá que a vida dele começou a mudar. Fói lá que ele conheceu uma certa mulher que mudaria a sua vida para sempre e que o faria feliz por um pouco mais de tempo do que sempre.
Pelo que me lembro, ela era irmã de um companheiro de surfe dele.
Não sei bem por que ela frequentava aquela praia distante, mas certamente a comissão técnica do céu tem algo a ver com isso.
Outra coisa que está bem fresca na memória é o fato dela ter nascido com algo proibido para alguém como ele, tão cioso do respeito e do cuidado com os outros.
Para infelicidade inicial dele, ela tinha namorado!!
Não vale a pena citar o que rolou ou deixou de rolar até que eles pudessem ficar juntos sem se esconder de ninguém. O importante é que eles ficaram livres para entregarem a liberdade um para o outro.
O capítulo seguinte desta estória de amor é meio triste para mim: não pude ir ao casamento deles por que estava passando uma "maravilhosa" temporada de trabalho na minha "amada" Manaus.
Como meu desgosto por esta fase da minha vida ainda é grande, este parágrafo vai acabar depois de deixar registrado que todos os nossos amigos estavam lá para testemunhar o primeiro casamento da turma. Muitos outros vieram depois, mas o primeiro sempre fica marcado na memória de todos. Para o bem ou para o mal.
A chegada do primeiro herdeiro veio para coroar algo que já era bom.
Oivi-lo descrever a paternidade com um "legal" meio abobalhado não necessitava de tradução ou complemento. Tudo estava dito naquela única palavra.
Nunca tive certeza se ele sabia da admiração que sinto pelo que é e pelo que realizou, mas talvez esta seja a oportunidade prefeita de deixar isso para que todos vejam.
Admiro a luta que ele encarou para ter a mulher que amava. Admiro o tipo de vida que ele escolheu. Admiro a coragem de ter sido o primeiro a se casar e o primeiro a ser pai.
Admiro o brilho infantil que ainda sai daqueles olhos verdes, mesmo depois da partida de alguns cabelos, do surgimento de algumas rugas e da chegada de alguns quilos.
Admiro a alegria que sinto quando estamos juntos e admiro a possibilidade de chamá-lo de amigo.
Te admiro, bicho. Ponto final.
Ele sempre foi um enorme paradoxo na nossa turma da faculdade.
O enorme pode ser interpretado em diversos sentidos quando se fala naquele cara.
Os anos de surfe aliados a uma genética privilegiada garantiam a posição de maior e mais forte do grupo. A justificativa do paradoxo vinha do temperamento gentil e dócil que ele tinha. Na verdade ele segue tendo esse temperamento, mas o casamento, o filho e os empregos estressantes e milionários mudaram um pouco o shape do garoto.
Uma das tiradas mais engraçadas dos tempos da faculdade é que o comparava com um touro de um desenho da Disney: o touro Ferdinando era o mais forte da fazenda e podia colocar medo em qualquer ser vivo só de olhar para ele; felizmente para os outros, o passatempo preferido do Ferdinando era sentir o cheiro das flores e dar passeios pelo campo. Uma verdadeira moça em corpo de gigante.
Era mais ou menos assim que sempre vimos aquele cara.
Além da gentileza de meninão, era a dedicação às paixões que mais chamava a atenção de quem convivia com ele.
Se não era o surfe era o Palmeiras. Se não era o Mack era a Juréia.
Infelizmente meu relacionamento com uma certa sargenta me impediu de conhecer a casa da praia, mas sei que foi lá que a vida dele começou a mudar. Fói lá que ele conheceu uma certa mulher que mudaria a sua vida para sempre e que o faria feliz por um pouco mais de tempo do que sempre.
Pelo que me lembro, ela era irmã de um companheiro de surfe dele.
Não sei bem por que ela frequentava aquela praia distante, mas certamente a comissão técnica do céu tem algo a ver com isso.
Outra coisa que está bem fresca na memória é o fato dela ter nascido com algo proibido para alguém como ele, tão cioso do respeito e do cuidado com os outros.
Para infelicidade inicial dele, ela tinha namorado!!
Não vale a pena citar o que rolou ou deixou de rolar até que eles pudessem ficar juntos sem se esconder de ninguém. O importante é que eles ficaram livres para entregarem a liberdade um para o outro.
O capítulo seguinte desta estória de amor é meio triste para mim: não pude ir ao casamento deles por que estava passando uma "maravilhosa" temporada de trabalho na minha "amada" Manaus.
Como meu desgosto por esta fase da minha vida ainda é grande, este parágrafo vai acabar depois de deixar registrado que todos os nossos amigos estavam lá para testemunhar o primeiro casamento da turma. Muitos outros vieram depois, mas o primeiro sempre fica marcado na memória de todos. Para o bem ou para o mal.
A chegada do primeiro herdeiro veio para coroar algo que já era bom.
Oivi-lo descrever a paternidade com um "legal" meio abobalhado não necessitava de tradução ou complemento. Tudo estava dito naquela única palavra.
Nunca tive certeza se ele sabia da admiração que sinto pelo que é e pelo que realizou, mas talvez esta seja a oportunidade prefeita de deixar isso para que todos vejam.
Admiro a luta que ele encarou para ter a mulher que amava. Admiro o tipo de vida que ele escolheu. Admiro a coragem de ter sido o primeiro a se casar e o primeiro a ser pai.
Admiro o brilho infantil que ainda sai daqueles olhos verdes, mesmo depois da partida de alguns cabelos, do surgimento de algumas rugas e da chegada de alguns quilos.
Admiro a alegria que sinto quando estamos juntos e admiro a possibilidade de chamá-lo de amigo.
Te admiro, bicho. Ponto final.
sábado, dezembro 06, 2003
Planos de futuro
Tenho falado muito de futuro ultimamente.
Antes de agora, quando me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse, não havia muita razão para mudar o discurso tradicional: eu queria trabalhar, estudar, ganhar dinheiro, comprar coisas, curtir a vida e encontrar alguém para amar.
Hoje em dia, por mais soltas que pareçam as idéias, me é muiot mais fácil saber o que vou fazer. Quer dizer, não sei lá muita coisa, mas não estou muito preocupado com isso.
Meus amigos-irmãos estão sintonizados com meu momento e percebem que meu olhar pede que eles me perguntem. É mais ou menos como se eu quisesse que todos soubessem, mas sem perder o charme da discrição.
As perguntas são, invariavelmente sobre o futuro com a minha mineira.
Recentemente, meu melhor amigo ficou de queixo caído quando eu falei bem sério que tinha a intenção de deixar Sampa para buscar a confirmação prática de algo que já sei no coração.
Por mais que eu já tivesse falado que poderia fazer isso, o fato de ter usado cores tão sérias, quebrou as pernas do brother.
Por mais que ele deseje a minha felicidade e saiba que os motivos são bastante justos, não foi possível esconder o desejo de "reverter a situação", de virar o jogo e fazer a mudança focar São Paulo e não Minas.
Sei que ele fez isso por que gosta de mim, mas fui muito consciente quando decidi que o primeiro passo será para fora.
Quando falo em primeiro passo me refiro a uma tentativa.
Assim como não dá para ter 100% de que tudo vai continuar funcionando com a minha mineira, não dá para saber se vou conseguir encontrar o que fazer longe da minha "cidade natal".
Sinceramente, não estou preocupado com isso. Estou muito tranquilo e sem pressa. Vou dar um passo de cada vez e não quero saber de milimetrar os detalhes do ano que vem.
Ao contrário, quero terminar este ano em grande estilo, visitar minha vó do lado de lá dos Andes, voltar e ver no que dá.
Hoje é sábado, estou aqui em Ubercity, sozinho em casa, mexendo no computador enquanto minha cara-metade está estudando. Me sinto como em um ensaio do que pode vir e me sinto muito bem.
Ontem um grande amigo, quase um amigo-irmão, me disse que só existe uma coisa que é obrigatória nesse processo: a geladeira da casa nova.
Se essa for a maior das minhas preocupações, 2004 vai ser muito fácil de ser vivido.
Tenho falado muito de futuro ultimamente.
Antes de agora, quando me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse, não havia muita razão para mudar o discurso tradicional: eu queria trabalhar, estudar, ganhar dinheiro, comprar coisas, curtir a vida e encontrar alguém para amar.
Hoje em dia, por mais soltas que pareçam as idéias, me é muiot mais fácil saber o que vou fazer. Quer dizer, não sei lá muita coisa, mas não estou muito preocupado com isso.
Meus amigos-irmãos estão sintonizados com meu momento e percebem que meu olhar pede que eles me perguntem. É mais ou menos como se eu quisesse que todos soubessem, mas sem perder o charme da discrição.
As perguntas são, invariavelmente sobre o futuro com a minha mineira.
Recentemente, meu melhor amigo ficou de queixo caído quando eu falei bem sério que tinha a intenção de deixar Sampa para buscar a confirmação prática de algo que já sei no coração.
Por mais que eu já tivesse falado que poderia fazer isso, o fato de ter usado cores tão sérias, quebrou as pernas do brother.
Por mais que ele deseje a minha felicidade e saiba que os motivos são bastante justos, não foi possível esconder o desejo de "reverter a situação", de virar o jogo e fazer a mudança focar São Paulo e não Minas.
Sei que ele fez isso por que gosta de mim, mas fui muito consciente quando decidi que o primeiro passo será para fora.
Quando falo em primeiro passo me refiro a uma tentativa.
Assim como não dá para ter 100% de que tudo vai continuar funcionando com a minha mineira, não dá para saber se vou conseguir encontrar o que fazer longe da minha "cidade natal".
Sinceramente, não estou preocupado com isso. Estou muito tranquilo e sem pressa. Vou dar um passo de cada vez e não quero saber de milimetrar os detalhes do ano que vem.
Ao contrário, quero terminar este ano em grande estilo, visitar minha vó do lado de lá dos Andes, voltar e ver no que dá.
Hoje é sábado, estou aqui em Ubercity, sozinho em casa, mexendo no computador enquanto minha cara-metade está estudando. Me sinto como em um ensaio do que pode vir e me sinto muito bem.
Ontem um grande amigo, quase um amigo-irmão, me disse que só existe uma coisa que é obrigatória nesse processo: a geladeira da casa nova.
Se essa for a maior das minhas preocupações, 2004 vai ser muito fácil de ser vivido.
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