Tenho tido sonhos esquisitos ultimamente.
Começou na última semana de 2007 onde fui brindado com uma história envolvendo um acidente de carro, uma vila do interior, moradores simpáticos, a amnésia da Minha Mineira, o tratamento evitando o choque, minha tristeza ao não ser reconhecido e a surpresa final ao chegar em casa e vê-la com outro.
Pensando bem, o sonho pode ter sido doido, mas a conclusão não: ela realmente não era mais a mesma, não se lembrava de mim e eu não significava mais nada na vida dela. Normal me trocar.
Normal, mas triste, muito triste.
O último episódio aconteceu na última quarta, primeiro dia em que fiquei sozinho em casa, durante as férias da Minha Mineira.
Sonhei que havia encontrado a mulher dos meus sonhos, 100% compatível com cada detalhe que sempre fez parte do meu imaginário, seja na parte física, seja na personalidade.
Ela tinha cabelo preto e liso, meio arrepiado na parte de trás, pele branca de poucas sardas, olhos claros, sorriso perfeito, sobrenome italiano e várias tatoos pelo corpo. Um sonho, mesmo.
O único que atrapalhava essa perfeição toda era eu mesmo: eu continuava casado e nenhuma das (agora) duas mulheres da minha vida sabia o que acontecia do outro lado.
Vivi uma insanidade nas duas vidas e a coisa acabou da forma mais natural: elas se descobriram e eu fiquei com a dor de ter causado dor a quem tinha a missão de me fazer feliz, mesmo que não fosse da forma mais tradicional.
Apesar de moralmente opostos, os sonhos tiveram em comum a minha solidão no final.
Com ou sem culpa, acabei sem ninguém e acordei triste.
Espero que seja verdade o que dizem sobre os sonhos: que eles refletem o contrário do que vai acontecer.
Para o bem da minha sanidade, é bom que seja assim mesmo.
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