sábado, outubro 30, 2004

Presente, passado e futuro

Até que para ter sido meu potencial último aniversário comemorado em Sampa, o barulho da última quinta foi bem divertido.
Por alguns instantes eu senti o tradicional medo do fracasso, mas depois que chegou o primeiro convidado tudo ficou melhor e eu pude cair na cerveja.
O curioso é que esse primeiro corajoso a chegar ao bar foi justamente um cara que conheci há muito pouco tempo, mas que fez questão de me prestigiar. Acho que alguma coisa eu ando fazendo certo quando me relaciono com as pessoas.

Correção: por alguma razão esotérico-celestial, eu não consegui me matar de beber e parei na terceira Erdinger. Foram duas loiras, uma mulata, uma coca (light lemon, meu mais recente vício) e um sanduíche no pão ciabatta. Nada mais. Nenhum outro aditivo químico, físico ou psicológico se misturou ao meu sangue naquela noite.

O boteco se revelou bastante agradável e mesmo com uma certa falta de espaço, as pessoas se acomodaram bastante bem e niguém teve muitas razões para reclamar.
É claro que surgiram contratempos (cervejas chocas, garçons demasiadamente blasé, convidados impacientes), mas tudo acabou muito bem.

Como era de se esperar, se formaram grupos de acordo com a origem das pessoas.
A faculdade estava lá representando o passado. Quase todo o círculo interno estava lá, com direito a esposas e filhas encomendadas. Tudo muito carinhoso e cúmplice.
Eles pareciam tão felizes quanto eu.

No presente estava a Diretoria e o pessoal da "firma".
Todos muito bem animados e colocando o papo em dia, afinal de contas, um dos Diretores (o de Relações Públicas) estava de volta de uma demorada lua-de-mel no Velho Continente. Havia muita coisa para contar e depois tenho que me atualizar.
Nos dois grupos foram sentidas ausências importantes: não havia Presidente, não havia Primeira Dama e não havia o Professor. Senti falta deles mas entendo que não foi por falta de vontade e carinho que eles não estavam lá. Quem sabe da próxima?

O futuro se mostrou apenas na voz. A minha mineira me ligou várias vezes e em todas mostrou aquilo que me motiva a deixar as coisas que eu amo e buscar uma vida nova.
Me senti muito próximo dela, quase como se ela estivesse ao alcance de um beijo.
Na verdade ela estava, mas acho que me fiz entender.

Senti muita falta também dos meus companheiros de sangue, dos velhos e da minha irmã cineasta. Também entendo os motivos de cada um, mas isso não diminui a falta que eles me fizeram e nem a que farão no futuro.

A ausência do pessoal da FCAV já era esperada. Mesmo depois de dois anos juntos, a gente nunca conseguiu uma intimidade que justificasse a participação nesses eventos.
Mesmo assim, teria sido legal vê-los por lá.

Resumindo um pouco a bagunça, entre ausências sentidas e conversas animadas, acho que foi uma boa comemoração. Se foi a última na minha cidade, serviu bem ao propósito. Fiquei feliz e fiz minha gente feliz. O resto não importa.

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