domingo, outubro 17, 2004

Fim de caso

Uma vez me peguei em uma livraria procurando o livro "Fim de caso" de Graham Greene.
Tinha ouvido falar bem do escritor enquanto estava perdido em Londres e achei que poderia ser legal conhecer esse livro.


Graham Greene Posted by Hello

O grande problema foi a minha falta de tato ao escolher a oportunidade para procurar o tal livro: eu estava recém começando meu namoro com a Rê e isso não caiu muito bem para ela. Segundo um raciocínio que só fui entender depois, eu deveria procurar qualquer coisa que tratasse de relacionamentos começando não do fim deles.

No final das contas e do relacionamento, não li o livro nem vi o filme e não pude entender a visão do escritor sobre o final de estórias que normalmente começam com juras de eternidade, concessão e sacrifício em nome do outro.


Fim de caso Posted by Hello

Não sei se gosto de chamar meus namoros de casos. Isso me remete a coisas passageiras e sem importância e nenhum deles foi assim.
Posso não ter me apaixonado loucamente por todas as minhas namoradas, mas certamente eu não passei a chamá-las assim pensando em ter outra companhia na semana seguinte.
Se não era para sempre, pelo menos eu acreditava que duraria e que eu seria feliz no processo.

Até que na maioria deles isso aconteceu de verdade. Por mais reticente que eu tenha sido em alguns, acho que dei sorte e namorei meninas que tinham algo a acrescentar à minha vida naquele momento. Umas mais outras menos, é certo, mas todas acabaram sendo legais de alguma maneira.
Já devo ter falado sobre isso em algum momento da vida deste blog, mas acho legal voltar ao tema e comparar o que já aconteceu com aquilo que estou vivendo neste momento.

O primeiro fim foi "cantado": a gente estava amadurecendo, eu havia acabado de voltar de um processo de abertura de horizontes, ela queria manter o status quo e eu já não achava que o sacrifício valia a pena.
Já não era mais legal me submeter aos desmandos do pai e ao ciúme "sargento" dela.
Simplesmente desisti do relacionamento sem declarar abertamente.
Como era de se esperar, ela declarou e a gente foi ver o que mais havia na vida.

O segundo foi surpreendente de duas maneiras: a primeira é que eu sofri mais do que esperava e muito mais do que eu admitia publicamente.
A segunda é que ela decidiu tudo sozinha, sem ao menos curtir uma crise ou uma discussão. Não teve nem graça.
Aquela mineira não me deixou fazer parte da vida dela e eu achava que por isso estava imune a lágrimas e baixo astral. Não estava e todos os meus perceberam isso.
Do jeito que veio, ela se foi: no controle de tudo.

Não sei se posso considerar a terceira nesta mesma categoria. Foi tudo tçao fugaz que alguns nem diriam que foi um namoro.
De qualquer maneira, como eu a considerei minha namorada, acho que devo considerar também o rompimento.
Terminamos por telefone sob a alegação de que a família se opunha e que ela não queria comprar a briga.
Mais uma vez havia uma família colocando pedras no meu caminho e mais uma vez em perdia na comparação.

Com a seguinte, a já mencionada Rê, eu estava bem mais seguro sobre os rumos do relacionamento. Nem assim eu consegui controlar a coisa quando começamos a nos afastar. Foi quase que natural e mais ou menos uma inversão do que rolou com a mineira: eu não sabia o que fazer com ela e não estava disposto a ser a solução para a neuras que ela tinha.
Não a deixai entrar na minha vida e até fiquei aliviado quando ela saiu.

O quinto rompimento....esse eu não quero viver.
Não tenho nada a dizer sobre ele e não quero pensar em como eu ficaria se ele acontecesse.
Neste caso, não reconheço a existência do fim. Só quero começar de novo, continua e insistentemente. Quero renovar nosso lance até que não consigamos nos reconhecer no espelho. Aqui sim quero que reine Vinícius. Este que quero que seja eterno.
Este vai ser eterno e definitivo!


Que seja eterno enquanto dure... Posted by Hello

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