sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Meus quinze anos

Em algum dia de Março eu completo quinze anos.
Infelizmente não são 15 anos de vida. Acho que não teria graça viver aquela "cabascência" de novo.
Felizmente não são 15 anos de namoro. Ninguém sobreviveria tanto tempo ao meu lado.
Na verdade não é nada tão trágico e definitivo. Trata-se apenas do 15º aniversário do dia em que conheci meus amigos de faculdade.

Antes de cometer uma injustiça, tenho que lembrar que um desses meus amigos leva três anos de vantagem com relação aos demais: a gente fez colegial juntos, o que leva o aniversário para a maioridade, mas ísso é papo para outra hora.
O que quero lembrar aqui é a razão de já terem se passado 15 anos e de eu ainda curtir a companhia de cada um daqueles caras.

Uma das possíveis razões é a relação com as piadas.
Nenhuma pessoa que conta a mesma piada há mais de dez anos e ainda te faz rir pode ser menos do que especial.
Acho que até as esposas seriam capazes de contar as piadas com o mesmo estusiasmo e nível de detalhe que a gente faz desde o começo.
Conseguir fazer com que elas achem graça daquelas barbaridades é digno de Oscar.

Infelizmente não temos nenhuma festa memorável no nosso histórico estudantil.
As únicas que rolaram foram no último ano e eu fui impedido de ir por ordem da "sargento" que eu chamava de namorada.
Essa mesma "sargento" me privou de risadas sensacionais durante os micos na Juréia e nos bailes de Iguape, mas também não quero gastar espaço para falar de algo que não me traz alegria.
A hora agora é de festa, de celebração e de bons fluidos. O que passou passou.

Lembrando dos papéis de cada um na turma lembro que não éramos lá muito comuns.
É claro que havia o galã, o semi-neurótico, o gênio e o grandão inofensivo, mas o resto de nós não podia receber outro adjetivo a não ser o quase insosso "normal".
A maioria de nós era normal e não recebia estereótipos.
Isso mudava um pouco quando resolvíamos estudar juntos. Aí as habilidades de cada um vinham à tona: um fazia as colas microscópicas, outro "debugava" a matéria e esclarecia as mentes dos demais, outro ficava desesperado e os demais jogavam videogame.
É impressionante como, depois de tantas partidas de Mario, tantas esfihas, tantos litros de coca e tantas pizzas, todos tenhamos conseguido chegar ao fim do curso.
Acho que era para ser. Era para continuarmos juntos até o fim.

Como não sou ninguém para contrariar desígnios divinos, aproveito para dizer aos membros do clube que, aconteça o que acontecer, vai ser bem difícil eles se livrarem de mim.
Pior: vai ser bem difícil um se livrar de outro!!

Que venham outros 15 anos e que as piadas sigam as mesmas!!!

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