quarta-feira, maio 06, 2009

Um número

Ontem tivemos a nossa primeira experiência com o sistema de saúde americano. Foi o primeiro passo na tentativa de ficarmos juntos até a chegada do Antonio e depois dela.
E, sinceramente, poderia ter sido melhor, bem melhor.

Quer dizer, não posso reclamar do que foi feito já que reafirmamos a certeza de que o herdeiro está bem, ouvimos seu coração e vimos que as coisas lá dentro estão em ordem, mas sentimos um choque bem grande quando ninguém parou para nos paparicar, perguntar como estava a vida ou mesmo oferecer um cafezinho.
Foi como uma linha de montagem de automóveis onde cada um faz o que é pago para fazer e nada mais. Nada mais mesmo.
Tudo pareceu muito mecânico, quadrado, americano ao extremo. Funcional, mas impessoal.

Acho que se acostumar com essa impessoalidade será o maior desafio que a Minha Mineira terá se conseguirmos que ela fique aqui no Norte até a data da minha volta.
E perto disso, o tal "fantasma" do parto normal é fichinha.

segunda-feira, maio 04, 2009

Conversa

Dia desses eu tive uma conversa ao "pé do ouvido" com o Antonio.
Na verdade foi mais um monólogo já que meu querido herdeiro ainda se encontra acomodado nas profundezas cálidas da barriga da mãe e verbalizar uma resposta é algo bastante complicado.
Mas, voltando à conversa, ela começou para tentar acalmar a já citada mãe, no caso, a Minha Mineira, que estava cismada com a falta de movimentação no interior do seu ventre, no caso, a pança em si.
Coloquei a mão embaixo do que um dia foi um umbigo, encostei meu rosto e comecei a chamá-lo com uma suavidade que um nunca acreditei ser capaz. Chamei, chamei e ele respondeu com uma sucessão de chutes e cambalhotas que acabaram com qualquer temor e preocupação. Pelo menos até a próxima encucação.
Acho que estou começando bem nesse negócio de paternidade.