quarta-feira, novembro 14, 2007

Pede para sair

Acabei de voltar do cinema. Fui ver “Tropa de elite” e ainda estou “adrenado”.
Saí do cinema como o povo do BOPE: com cara de mau e querendo matar.
Obviamente isso passou logo depois do primeiro beijo da Minha Mineira, mas a memória do filme vai ficar por muito mais tempo.
Tive a sorte de não ler muitos comentários antes de ver o filme. Me poupei de críticas ao “fascismo” e ao “maniqueísmo” do filme.
Ao invés disso, tive a oportunidade de elaborar meu próprio parecer sobre o filme e achei que tudo fazia sentido.

Explicando um pouco melhor: não quero dizer que concordo com tortura, violência policial e tudo mais, mas, do ponto de vista de quem arrisca a vida para combater o crime, o filme faz sentido.
Pode não ser o único caminho nem a única “verdade”, mas segue fazendo sentido.
Fica uma certa idéia do BOPE como uma terceira via, um caminho de perfeição ética e honestidade (bem longe dos outros extremos: o crime organizado e o Estado corrupto), algo difícil de acreditar no país de Renan, mas ainda assim me vi torcendo para que o Capitão Nascimento pudesse voltar inteiro para a esposa e o filho recém nascido.
Eu e esse lado romântico que não me abandona nem em filme de matança, viu!

Sem perder tempo com um discurso vazio, o filme não é tão bem feito quanto “Cidade de Deus”, mas vale a pena como diversão e como breve exercício de reflexão.
Sim, por que acreditar que é possível mudar o mundo ou a cabeça das pessoas deste mundão é algo bastante além da ingenuidade.

E o melhor de tudo: o filme é policial, como milhares já feitos em Hollywood, mas tem cara de Brasil, por incrível que isso possa parecer.

Eu recomendo!

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