Era melhor antes
O ano novo mal começou e já estou aqui reclamando de alguma coisa.
Pensando bem, não é um reclamação. Não adianta mesmo reclamar. É mais uma constatação: depois de passar o Reveillon com meus mais queridos amigos e suas respectivas, caí na real e vi que antes era mais legal.
Falo isso com conhecimento de causa, afinal de contas, mais de uma vez ouvi de amigos que eu fico muito mais legal quando estou sozinho.
Isso deve ter a ver com ciúme, com posse e com coisas do gênero.
Deve ser complicado ver alguém que chegou depois tomar conta do pedaço e se tornar o principal foco da atenção do amigo.
É preciso muita força para não sair minando a recém chegada e associá-la às pragas do Egito ou ao time do Corinthians. Pensando bem, peço desculpas às pragas.
O caso deste Reveillon foi basicamente com o Diretor Financeiro.
A sua escolhida possui personalidade forte demais para este hemisfério e infelizmente não há nada a fazer. Se ele a escolheu, azar dele, mas é azar nosso ter que aturar nariz empinado e discurso empostado de quem errou na profissão e parece achar que a culpa é dos outros. Tudo bem que não é sempre assim, mas ver as lágrimas que a tal moça causou na minha mineira me deixou bem puto da cara.
Foi complicado não mandá-la procurar minas terrestres na Tailândia pós-tsunami.
Mas tudo tem remédio. O desta situação podem ser as minhas férias e a consequente saída de circulação por alguns dias. Até a volta a coisa deve ter acalmado e eu não devo mais ligar para as críticas blasé aos programas de auditório vindas de uma pessoa que corre para não perder nenhum segundo da novela das oito.
Que era melhor antes, não há dúvida, mas não me resta outra coisa a fazer a não ser segurar meu instinto assassino e torcer para que eles sejam felizes.
E torcer também para que os meus amigos voltem a me achar divertido quando eu estiver acompanhado. Não há outro remédio para eles.
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