Agora danou-se
Agora não tem mais jeito. Com a marcação da data, a minha entrada definitiva na vida adulta vai ter que acontecer na marra
Não sei se devia, mas bateu um certo medo de dar esse tal passo. Não sei se já estou devidamente preparado para deixar meus brinquedos. Talvez nunca esteja.
Talvez essa seja mesmo a resposta: como nunca vou me sentir preparado, a idéia é fazer a coisa quando se tem convicção de que a pessoa vale a pena e de que a vida será melhor depois. Isso nunca foi problema para mim. Desde sempre eu soube que essa mineira era ideal para mim. Afinal de contas, nunca encontrei alguém que me acompanhasse na cerveja, no futebol, no sentimento, no sexo e nas viagens. Definitivamente ela é a "número 1" no equilíbrio dos tais cinco fatores e é com ela que eu quero ficar.
Se vamos envelhecer juntos como o Adam Sandler e a Drew Barrymore em "Afinado no amor" eu não sei, mas a intenção é essa.
Afinado no amor
Tive mais uma prova de que as coisas devem mudar durante as minhas recentes férias.
Apesar de adorar a estrada como poucos, frequentemente senti que algo faltava. Eu olhava para o lado e via o banco vazio. Não é preciso ser gênio para ver que era ela que faltava. Mesmo que normalmente ela esteja ali dormindo, saber que ela está ali faz toda a diferença. Mesmo que o banco fique todo cheio de fiapos de algodão da meia, é mais legal quando ela está lá. Mesmo que o pedágio fique todo por minha conta, vale a pena.
Apesar da ausência, acabei curtindo muito as férias, revendo grandes amigos e respirando ares diferentes. Tanto que voltei relaxado como nunca. Dificilmente eu volto à empresa sem saber quais serão os pepinos, como aconteceu desta vez. Eu simplesmente cheguei sentei e só então me voltei para o trabalho. Acho que foi por isso que a coisa rendeu.
Não sei bem o que esperar da vida depois que rolar a mudança radical.
O único que vivo neste momento é o stress dos preparativos. Vai ter coisa assim lá em Udi. Algumas delas me parecem desnecessárias, mas como a idéia é fazer direito da primeira vez, acabo deixando rolar.
Vamos ver se contamos com a Comissão Técnica do Céu e com o carinho dos amigos para energizar o evento. Nunca tive dúvidas disso, assim como nunca duvidei que a minha vida mudaria no momento em que a beijei pela primeira vez.
Acho que foi naquela ocasião que disse pela primeira vez a frase que me acompanha até hoje: agora danou-se.
quinta-feira, janeiro 27, 2005
quinta-feira, janeiro 06, 2005
Férias again
Chegou a hora de sair de cena novamente e descansar a carcaça judiada pelos abusos do Reveillon.
No próximo sábado saio de Sampa e vou rumo ao interior do meu amado estado de Minas Gerais. Vou atrás de história, comida e sossego. Quero me preocupar apenas com o cardápio do almoço, com o número de fotos tiradas e com a quantidade de igrejas que vou conseguir visitar até ter um piti.
Na volta, tudo será registrado no Seguindo Gulliver, a minha comédia de erros particular.
Hasta luego, amigos.
Chegou a hora de sair de cena novamente e descansar a carcaça judiada pelos abusos do Reveillon.
No próximo sábado saio de Sampa e vou rumo ao interior do meu amado estado de Minas Gerais. Vou atrás de história, comida e sossego. Quero me preocupar apenas com o cardápio do almoço, com o número de fotos tiradas e com a quantidade de igrejas que vou conseguir visitar até ter um piti.
Na volta, tudo será registrado no Seguindo Gulliver, a minha comédia de erros particular.
Hasta luego, amigos.
segunda-feira, janeiro 03, 2005
Era melhor antes
O ano novo mal começou e já estou aqui reclamando de alguma coisa.
Pensando bem, não é um reclamação. Não adianta mesmo reclamar. É mais uma constatação: depois de passar o Reveillon com meus mais queridos amigos e suas respectivas, caí na real e vi que antes era mais legal.
Falo isso com conhecimento de causa, afinal de contas, mais de uma vez ouvi de amigos que eu fico muito mais legal quando estou sozinho.
Isso deve ter a ver com ciúme, com posse e com coisas do gênero.
Deve ser complicado ver alguém que chegou depois tomar conta do pedaço e se tornar o principal foco da atenção do amigo.
É preciso muita força para não sair minando a recém chegada e associá-la às pragas do Egito ou ao time do Corinthians. Pensando bem, peço desculpas às pragas.
O caso deste Reveillon foi basicamente com o Diretor Financeiro.
A sua escolhida possui personalidade forte demais para este hemisfério e infelizmente não há nada a fazer. Se ele a escolheu, azar dele, mas é azar nosso ter que aturar nariz empinado e discurso empostado de quem errou na profissão e parece achar que a culpa é dos outros. Tudo bem que não é sempre assim, mas ver as lágrimas que a tal moça causou na minha mineira me deixou bem puto da cara.
Foi complicado não mandá-la procurar minas terrestres na Tailândia pós-tsunami.
Mas tudo tem remédio. O desta situação podem ser as minhas férias e a consequente saída de circulação por alguns dias. Até a volta a coisa deve ter acalmado e eu não devo mais ligar para as críticas blasé aos programas de auditório vindas de uma pessoa que corre para não perder nenhum segundo da novela das oito.
Que era melhor antes, não há dúvida, mas não me resta outra coisa a fazer a não ser segurar meu instinto assassino e torcer para que eles sejam felizes.
E torcer também para que os meus amigos voltem a me achar divertido quando eu estiver acompanhado. Não há outro remédio para eles.
O ano novo mal começou e já estou aqui reclamando de alguma coisa.
Pensando bem, não é um reclamação. Não adianta mesmo reclamar. É mais uma constatação: depois de passar o Reveillon com meus mais queridos amigos e suas respectivas, caí na real e vi que antes era mais legal.
Falo isso com conhecimento de causa, afinal de contas, mais de uma vez ouvi de amigos que eu fico muito mais legal quando estou sozinho.
Isso deve ter a ver com ciúme, com posse e com coisas do gênero.
Deve ser complicado ver alguém que chegou depois tomar conta do pedaço e se tornar o principal foco da atenção do amigo.
É preciso muita força para não sair minando a recém chegada e associá-la às pragas do Egito ou ao time do Corinthians. Pensando bem, peço desculpas às pragas.
O caso deste Reveillon foi basicamente com o Diretor Financeiro.
A sua escolhida possui personalidade forte demais para este hemisfério e infelizmente não há nada a fazer. Se ele a escolheu, azar dele, mas é azar nosso ter que aturar nariz empinado e discurso empostado de quem errou na profissão e parece achar que a culpa é dos outros. Tudo bem que não é sempre assim, mas ver as lágrimas que a tal moça causou na minha mineira me deixou bem puto da cara.
Foi complicado não mandá-la procurar minas terrestres na Tailândia pós-tsunami.
Mas tudo tem remédio. O desta situação podem ser as minhas férias e a consequente saída de circulação por alguns dias. Até a volta a coisa deve ter acalmado e eu não devo mais ligar para as críticas blasé aos programas de auditório vindas de uma pessoa que corre para não perder nenhum segundo da novela das oito.
Que era melhor antes, não há dúvida, mas não me resta outra coisa a fazer a não ser segurar meu instinto assassino e torcer para que eles sejam felizes.
E torcer também para que os meus amigos voltem a me achar divertido quando eu estiver acompanhado. Não há outro remédio para eles.
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