Ficando adultos
Dois dos meus mais queridos amigos vão começar 2005 com uma enorme novidade nas suas vidas e nas suas rotinas: ambos vão dividir o teto (e o resto) com as namoradas.
É a confirmação do passar do tempo, do amadurecimento e da mudança das prioridades.
Ainda ontem encontrei com um deles. Aliás, com dois, já que também estava com outro grande amigo que tomou a dianteira e se casou há poucos meses.
Parece que foi ontem que nos encontramos durante a Copa da França, montamos a Diretoria e saímos colecionando bocas e experiências.
Passamos por muita coisa desde então.
Foram algumas namoradas, diversas idas a Floripa, alguns Reveillons memoráveis, mais porres do que eu posso contar, fantasias realizadas, noites mal dormidas e muita, mas muita gente legal que se agregou ao nosso grupo.
Algumas dessas pessoas constituíram grandes amores, outras grandes decepções e outras ainda estão na nossa vida de um jeito ou de outro.
De uma forma geral, deixamos uma boa impressão ao longo do tempo, apesar de eu ter consciência de a unanimidade neste caso é impossível. Sempre vai existir alguém magoado e se sentindo injustiçado.
Infelizmente assim é a vida e nós também podemos nos colocar nessa posição. Afinal de contas, amar é um risco que temos que correr.
A decisão desses meus dois grande amigos me marca de forma definitiva.
Justamente eu que dava a impressão de que seria o primeiro a juntar as escovas de dentes, acabei "sendo ultrapassado" e correndo o risco de ser o último a crescer.
Se não fosse meu amigo francês...
Fico feliz ao sentir que todos eles estão muito conscientes do que estão fazendo.
Existe amor, existe desejo e existe saudade.
Isso em lembra de algo marcante dito pelo Presidente há alguns anos: se ele sente saudade da menina é por que ela vale a pena.
Se é assim que eles se sentem, que a felicidade os acompanhe nessa nova vida.
Que o teto dividido permita apenas a entrada de coisas positivas, alegres e enriquecedoras.
Que Deus faça as escolhas certas para eles e que isso seja motivo de uma felicidade ainda maior.
Que venham os herdeiros e meus sobrinhos.
Pensando bem, já sinto saudades, mesmo antes de saber se meu destino será me afastar deles e deixar de vê-los com frequência.
Vai ser bom para todos nós, mas não dá para não sentir nostalgia da nossa história.
Acrescentando um pouco à máxima do Presidente, só amizades verdadeiras geram saudade.
Um brinde à Diretoria!
Que 2005 seja o ano em que nós finalmente crescemos!
terça-feira, dezembro 21, 2004
sexta-feira, dezembro 17, 2004
Retribuição
O Professor precisa de ajuda.
O cara que sempre me ajudou a reforçar esperanças e simplificar atitudes está vivendo uma indefinição com relação ao futuro e não esconde o sofrimento que isso causa.
Tem a ver com futuro, com família, com amor e com trabalho.
Mais ou menos como a minha situação atual. E como a de milhares de pessoas mundo afora.
A grande diferença é que neste caso talvez eu possa fazer alguma coisa.
Seguindo a nossa tradição de suporte e motivação, tentei fazê-lo entender que as coisas não estavam tão ruins e que o tombo levado na primeira iniciativa não era sinal de que tudo estava perdido.
Até entendo que ele não tenha se animado tanto. Acho que eu agiria da mesma forma. Mas como acho que ele também faria a mesma coisa, segui martelando a esperança no resultado positivo no final.
Não sei se ele comprou a minha idéia, mas a cara melhorou e (espero) o ânimo também.
É uma curiosa coincidência que ambos tenhamos objetivos de mudanças radicais no estilo de vida e que os resultados não estejam aparecendo como desejado.
Não adiantou muito planejar todos os passos que daríamos. A realidade não se importou muito com isso e nossa energia acabou sendo minada.
Mas assim como tenho certeza que nenhum de nós vai desistir, sei que vamos continuar sendo uma fonte inesgotável de incentivo e fortificação.
Mais ou menos como o que o Presidente fez hoje ao admitir que gostaria muito que eu seguisse sendo o seu fiel companheiro nas aventuras paulistas, mas que aceita sem problemas se Deus decidir que o resto da minha vida deve ser passado no cerrado mineiro.
Acho que é para isso que servem os amigos-irmãos.
Tenho sorte de ter um bom número deles.
O legal é que eles até imaginam o papel que terão no momento em que eu passar a jogar no time dos casados.
O Professor precisa de ajuda.
O cara que sempre me ajudou a reforçar esperanças e simplificar atitudes está vivendo uma indefinição com relação ao futuro e não esconde o sofrimento que isso causa.
Tem a ver com futuro, com família, com amor e com trabalho.
Mais ou menos como a minha situação atual. E como a de milhares de pessoas mundo afora.
A grande diferença é que neste caso talvez eu possa fazer alguma coisa.
Seguindo a nossa tradição de suporte e motivação, tentei fazê-lo entender que as coisas não estavam tão ruins e que o tombo levado na primeira iniciativa não era sinal de que tudo estava perdido.
Até entendo que ele não tenha se animado tanto. Acho que eu agiria da mesma forma. Mas como acho que ele também faria a mesma coisa, segui martelando a esperança no resultado positivo no final.
Não sei se ele comprou a minha idéia, mas a cara melhorou e (espero) o ânimo também.
É uma curiosa coincidência que ambos tenhamos objetivos de mudanças radicais no estilo de vida e que os resultados não estejam aparecendo como desejado.
Não adiantou muito planejar todos os passos que daríamos. A realidade não se importou muito com isso e nossa energia acabou sendo minada.
Mas assim como tenho certeza que nenhum de nós vai desistir, sei que vamos continuar sendo uma fonte inesgotável de incentivo e fortificação.
Mais ou menos como o que o Presidente fez hoje ao admitir que gostaria muito que eu seguisse sendo o seu fiel companheiro nas aventuras paulistas, mas que aceita sem problemas se Deus decidir que o resto da minha vida deve ser passado no cerrado mineiro.
Acho que é para isso que servem os amigos-irmãos.
Tenho sorte de ter um bom número deles.
O legal é que eles até imaginam o papel que terão no momento em que eu passar a jogar no time dos casados.
sábado, dezembro 11, 2004
Doador universal
Para interromper um pouco a sequência de assuntos sérios, queria tratar de um conceito divertido que vi recentemente enquanto assistia ao filme "Sexo, amor e traição".
Apesar de ser uma comédia rasa e despretensiosa, o filme acabou me divertindo e me fazendo rir abertamente em várias ocasiões. Isso sem falar que o filme é estrelado pela Malu Mader, o que por si só já o credencia como um dos clássicos da cinematografia mundial.
O filme
Aliás, coube à própria Malu a incumbência de ensinar a todos o que seria um doador universal em termos sexuais. Segundo a mulher-vinho de sobrancelhas grossas e sotaque nojentamente delicioso, o tal doador universal seria um cara que se comporta com as mulheres da mesma forma que o sangue O positivo o faz com relação aos demais tipos: manda bem com todas.
Apesar de parecer um tanto quanto irreal, acho que até dá para acreditar em pessoas (homens e mulheres) que não necessitem de paixão, envolvimento ou romance para fazer do sexo uma experiência maravilhosa para todos os parceiros. É quase como usar uma fórmula infalível em um assunto onde todos sabemos não existir fórmula alguma.
A musa
As palavras da personagem da Malu tinham endereço certo: o personagem do Fábio Assunção, um cara sem vínculos e guiado por uma racionalidade só visível quando não se veste nada. Em bom português, o tal personagem pensava com a cabeça de baixo e não sentia muita culpa enquanta transava com as mulheres dos amigos.
O plural aqui é proposital pois mais de uma mulher casada se rendeu aos seus encantos sexuais e saiu falando maravilhas da sua performance.
Tentei puxar da memória alguma coisa parecida no meu histórico de vida e só consegui algum traço de similaridade quando abri um pouco o leque e incluí os beijos.
Apesar de não causar tanto frissom quanto o lendário beijo do Léo Jaime, o meu já rendeu elogios de diferentes tipos de moças, da descasada à semi-virgem.
Acho que devo me sentir feliz por ter algo que pode ser considerado como universal para o universo feminino. Apesar de não ser o tal doador universal, acho que consegui deixar uma boa impressão e algumas bolas dentro ao longo da vida.
Sorte da minha mineira!
Para interromper um pouco a sequência de assuntos sérios, queria tratar de um conceito divertido que vi recentemente enquanto assistia ao filme "Sexo, amor e traição".
Apesar de ser uma comédia rasa e despretensiosa, o filme acabou me divertindo e me fazendo rir abertamente em várias ocasiões. Isso sem falar que o filme é estrelado pela Malu Mader, o que por si só já o credencia como um dos clássicos da cinematografia mundial.
O filme
Aliás, coube à própria Malu a incumbência de ensinar a todos o que seria um doador universal em termos sexuais. Segundo a mulher-vinho de sobrancelhas grossas e sotaque nojentamente delicioso, o tal doador universal seria um cara que se comporta com as mulheres da mesma forma que o sangue O positivo o faz com relação aos demais tipos: manda bem com todas.
Apesar de parecer um tanto quanto irreal, acho que até dá para acreditar em pessoas (homens e mulheres) que não necessitem de paixão, envolvimento ou romance para fazer do sexo uma experiência maravilhosa para todos os parceiros. É quase como usar uma fórmula infalível em um assunto onde todos sabemos não existir fórmula alguma.
A musa
As palavras da personagem da Malu tinham endereço certo: o personagem do Fábio Assunção, um cara sem vínculos e guiado por uma racionalidade só visível quando não se veste nada. Em bom português, o tal personagem pensava com a cabeça de baixo e não sentia muita culpa enquanta transava com as mulheres dos amigos.
O plural aqui é proposital pois mais de uma mulher casada se rendeu aos seus encantos sexuais e saiu falando maravilhas da sua performance.
Tentei puxar da memória alguma coisa parecida no meu histórico de vida e só consegui algum traço de similaridade quando abri um pouco o leque e incluí os beijos.
Apesar de não causar tanto frissom quanto o lendário beijo do Léo Jaime, o meu já rendeu elogios de diferentes tipos de moças, da descasada à semi-virgem.
Acho que devo me sentir feliz por ter algo que pode ser considerado como universal para o universo feminino. Apesar de não ser o tal doador universal, acho que consegui deixar uma boa impressão e algumas bolas dentro ao longo da vida.
Sorte da minha mineira!
quarta-feira, dezembro 01, 2004
Para a frente e para trás
Há algumas semanas atrás o Projeto Uberlândia deu os primeiros sinais efetivos de vida: fui chamado para uma entrevista em uma grande empresa da cidade.
Na verdade, eu fui chamado para conversar com a empresa que faz a seleção e a contratação de pessoas para essa grande empresa, mas para mim dava tudo na mesma. O fato é que eu tinha uma entrevista agendada.
Isso foi motivo de comemoração para a minha mineira e acho que ganhei algumas boas noites de carinho como prêmio pelo meu aparente sucesso.
Como eu já me julgava preparado para encarar as diferenças de mercado de trabalho entre Uberlândia e São Paulo, achei que seria uma simples questão de verificar minha adequação à vaga, discutir benefícios e assinar o contrato. Eu já esperava um salário menor e uma estrutura menos "generosa" do que a atual.
Pois é. Eu esperava mas não estava preparado para o que encontrei.
Antes de detalhar o que rolou, acho que vale a pena descrever a conversa que tive depois com o Professor.
Eu estava angustiado com as condições de trabalho e levei isso para nossas conversas de escovação de dentes. Eu nem estava pensando se a empresa tomaria a decisão de me contratar e já estava lamentando as minhas perdas com a mudança.
Para minha total surpresa, o Professo foi extremamente simples no comentário. Ele me perguntou o que era mais importante naquele ponto da minha vida, a carreira ou a minha mineira. Respondi o óbvio - a minha mineira - e caí na real sobre o que realmente estava envolvido naquela questão.
Percebi que alguns amigos meus jamais fariam aquele tipo de concessão, mas eu não era esses meus amigos.
Notei que toda a minha vida foi levada tendo como prioridade algo mais íntimo e recompensador do que o trabalho.
Aceitei que o dinheiro sempre havia sido um mal necessário na minha vida e que ter um pouco menos dele na mão todos os meses não seria o final do mundo.
Além de me aliviar o peso dos ombros, o Professor ainda me saiu com mais uma: eu não era obrigado a permanecer naquele emprego para sempre, mas o importante era colocar um pé em Uberlândia e conseguir o objetivo de estar mais perto da minha mineira.
Era brilhante de tão simples. E eu, com todo o meu conhecimento enciclopédico e analítico, jamais havia percebido isso.
A fórmula era simples: dar um passo atrás na carreira significaria dois passos a frente naquilo que realmente era importante para mim. E posteriormente a carreira poderia voltar a avançar e a acompanhar os outros aspectos da vida.
Pensando bem, acho que nem vou comentar os detalhes da proposta que recebi.
Isso fica meio sem peso depois de tudo que contei, ainda mais por que a empresa não me chamou por achar que eu não me encaixava no perfil.
Pelo menos agora eu acho que estou um pouco mais preparado para dar o tal passo atrás e não sofrer tanto com o processo. Vai ser duro ter muito menos din din no bolso para gastar, mas vai valer a pena.
Só fica uma pergunta que ainda não consegui responder: será que eu sacrificaria tanto a minha carreira a ponto de ir para Uberlândia sem emprego?
Quem sabe a resposta venha nos próximo capítulos?
Há algumas semanas atrás o Projeto Uberlândia deu os primeiros sinais efetivos de vida: fui chamado para uma entrevista em uma grande empresa da cidade.
Na verdade, eu fui chamado para conversar com a empresa que faz a seleção e a contratação de pessoas para essa grande empresa, mas para mim dava tudo na mesma. O fato é que eu tinha uma entrevista agendada.
Isso foi motivo de comemoração para a minha mineira e acho que ganhei algumas boas noites de carinho como prêmio pelo meu aparente sucesso.
Como eu já me julgava preparado para encarar as diferenças de mercado de trabalho entre Uberlândia e São Paulo, achei que seria uma simples questão de verificar minha adequação à vaga, discutir benefícios e assinar o contrato. Eu já esperava um salário menor e uma estrutura menos "generosa" do que a atual.
Pois é. Eu esperava mas não estava preparado para o que encontrei.
Antes de detalhar o que rolou, acho que vale a pena descrever a conversa que tive depois com o Professor.
Eu estava angustiado com as condições de trabalho e levei isso para nossas conversas de escovação de dentes. Eu nem estava pensando se a empresa tomaria a decisão de me contratar e já estava lamentando as minhas perdas com a mudança.
Para minha total surpresa, o Professo foi extremamente simples no comentário. Ele me perguntou o que era mais importante naquele ponto da minha vida, a carreira ou a minha mineira. Respondi o óbvio - a minha mineira - e caí na real sobre o que realmente estava envolvido naquela questão.
Percebi que alguns amigos meus jamais fariam aquele tipo de concessão, mas eu não era esses meus amigos.
Notei que toda a minha vida foi levada tendo como prioridade algo mais íntimo e recompensador do que o trabalho.
Aceitei que o dinheiro sempre havia sido um mal necessário na minha vida e que ter um pouco menos dele na mão todos os meses não seria o final do mundo.
Além de me aliviar o peso dos ombros, o Professor ainda me saiu com mais uma: eu não era obrigado a permanecer naquele emprego para sempre, mas o importante era colocar um pé em Uberlândia e conseguir o objetivo de estar mais perto da minha mineira.
Era brilhante de tão simples. E eu, com todo o meu conhecimento enciclopédico e analítico, jamais havia percebido isso.
A fórmula era simples: dar um passo atrás na carreira significaria dois passos a frente naquilo que realmente era importante para mim. E posteriormente a carreira poderia voltar a avançar e a acompanhar os outros aspectos da vida.
Pensando bem, acho que nem vou comentar os detalhes da proposta que recebi.
Isso fica meio sem peso depois de tudo que contei, ainda mais por que a empresa não me chamou por achar que eu não me encaixava no perfil.
Pelo menos agora eu acho que estou um pouco mais preparado para dar o tal passo atrás e não sofrer tanto com o processo. Vai ser duro ter muito menos din din no bolso para gastar, mas vai valer a pena.
Só fica uma pergunta que ainda não consegui responder: será que eu sacrificaria tanto a minha carreira a ponto de ir para Uberlândia sem emprego?
Quem sabe a resposta venha nos próximo capítulos?
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