quinta-feira, junho 05, 2008

Natural

Era mais uma conversa trivial no trajeto entre unidades da empresa, tão trivial que ninguém tinha coragem de sair do confortável conjunto futebol-mulher-cerveja.
Não sei de onde veio o assunto "casamento". Acho que tinha a ver com atividades fáceis, difíceis e impossíveis.
Minto, tinha a ver com coisas naturais e anti-naturais.

O conceito-relâmpago que criamos dentro do carro dizia que se uma coisa acontece naturalmente, sem dar muito trabalho ou sem gerar muito esforço por parte do executor, então estamos diante de algo natural.
Naturalmente, a caracterização do oposto leva ao anti-natural.

Nessa linha, a principal conclusão deste papo-cabeça foi óbvia: nada mais anti-natural para o ser humano do que a instituição do casamento!

Explicando um pouco melhor essa mágica conclusão: a idéia é bem simples e trata do esforço que cada parceiro tem que fazer diariamente para manter a harmonia da união.
Não dá para encarar um casamento achando que o amor vai solucionar tudo, que é só deixar as coisas acontecerem sozinhas que tudo se encaixa.
Minha breve experiência de quase 3 anos mostra que, em se tratando de casamento, Edison nunca esteve tão certo: sem os 95% de transpiração, tudo vai para o buraco.
E essa transpiração tem que vir todos os dias e quase a todo tempo. Nada de folguinhas de egoísmo e narcisismo.

Portanto, um aviso aos jovens e iludidos casadoiros: se não houver esforço e dedicação diários e intensos, nem adianta vir com amor e paixão. O futuro não tem como ser diferente do inferno rotineiro e da dolorosa separação.
E tenho dito!